A inteligĂȘncia que impulsiona as vendas

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O sucesso em vendas nĂŁo acontece ao acaso. Ele Ă© consequĂȘncia direta de uma estratĂ©gia bem sucedida – que envolve, claro, planejamento, execução, conhecimentos, habilidades e atitudes e diversos outros ingredientes que variam de empresa para empresa, segmento para segmento.

Isso significa que definir rumos e segui-los à risca, ao mesmo tempo em que se tem a capacidade de mudar a rota quando necessårio, é parte fundamental do plano de alcançar o tão sonhado sucesso.

Mas nem sempre o que se vĂȘ no mercado Ă© a elaboração de uma rota que de fato serĂĄ seguida por todos que fazem os resultados acontecerem. Às vezes, sem notar, empresas pegam uma estrada diferente aqui, outra lĂĄ e quando vĂȘm jĂĄ nĂŁo sĂŁo mais as mesmas – e os resultados tambĂ©m nĂŁo sĂŁo como eram antes.

E isso acontece por diversos motivos: vontade de inovar, impressão de que o caminho novo pode ser mais interessante, dinheiro sobrando para investir em algo diferente e assim por diante. Só que com o tempo as ciladas começam a aparecer, o que parecia uma ótima opção se mostra um erro e as chances de arrependimento são grandes. Provando que ter uma estratégia, acreditar nela e trabalhar para garantir que ela seja executada com maestria pode ser o caminho mais curto para o sucesso.

Sabendo disso, e pensando em ajudĂĄ-lo a fazer da sua organização uma fĂĄbrica de inovação e sucessos de vendas, preparamos um guia que vai revelar o que vocĂȘ precisa fazer para manter-se altamente relevante para clientes e mercado, como crescer de forma sustentĂĄvel, criando e aprovietando oportunidades a partir do seu modelo de negĂłcios, e como evitar as armadilhas das falsas oportunidades. Tudo isso respeitando seu core business, que pode ser traduzido como a razĂŁo de sua empresa existir.
O resultado? Uma organização sólida, que sabe de onde veio e para onde vai e vendendo muito!

Acompanhe, aprenda e prepare-se para fazer das mudanças na sua empresa oportunidades para vender cada vez mais e melhor – e não o contrário!

A importĂąncia do foco

Um bom exemplo para ilustrar como uma potencial grande inovação pode fracassar por desprezar o core business Ă© a Skingen inteligĂȘncia GenĂ©tica. Criada em fevereiro de 2012 pelo grupo BoticĂĄrio para atuar com tratamentos terapĂȘuticos contra o envelhecimento da pele, essa seria a primeira tacada do grupo fora do varejo, em que Ă© referĂȘncia. A Skingen surgiu “para dar mais um passo para se tornar um dos maiores players focados em beleza e moda no mundo”, disse Artur Grynbaum, presidente do Grupo, na Ă©poca do lançamento.

No entanto, um ramo diferente do qual o Grupo estava ambientado, e uma operação complexa, fizeram com que as portas da empresa fossem discretamente fechadas hå pouco mais de um ano.

O Grupo BoticĂĄrio, que jĂĄ se mostrou capaz de replicar seu modelo de varejo em novas marcas como Eudora, Beauty Box e Quem Disse, Berenice?, falhou ao tentar desbravar um territĂłrio desconhecido, fora do seu core.
À nossa redação, a empresa afirmou em nota que “durante o primeiro ano de atuação, premissas importantes do modelo de negĂłcio nĂŁo se materializaram, comprometendo o potencial de retorno dos investimentos. Dadas as diferenças no modelo de negĂłcio (canais de vendas, aspectos regulatĂłrios e ciclo de vida dos produtos, entre outros), quando comparado aos de suas outras unidades, o Grupo BoticĂĄrio decidiu focar seus investimentos no varejo de perfumaria e cosmĂ©ticos, atividade na qual conta com 36 anos de expertise e quatro unidades de negĂłcio com excelentes resultados e perspectivas de crescimento”.

O que levar em consideração na hora de inovar

Mas nĂŁo Ă© porque uma empresa teve resultados ruins tentando inovar que vai acontecer o mesmo com a sua. O importante nesse momento Ă© pensar sempre nas particularidades da sua empresa, e passar as ideias revolucionĂĄrias pelo crivo dessas cinco perguntas:

  1. O que faz com que sua empresa seja Ășnica?
  2. Todos na sua empresa falam a mesma língua e remam para a mesma direção? Sua equipe sabe qual é a missão da sua empresa?
  3. VocĂȘs tĂȘm um conjunto de Regras NĂŁo NegociĂĄveis simples, que os tornam ĂĄgeis? – Vamos falar sobre isso nas prĂłximas pĂĄginas.
  4. O modelo de negĂłcios de vocĂȘs Ă© sĂłlido o suficiente para que possam suportar uma mudança drĂĄstica no mercado?
  5. VocĂȘs sĂŁo capazes de replicar seu maior sucesso para outras ĂĄreas relacionadas ao seu foco? Por quĂȘ?

Dica – Promova um debate com a equipe baseado nestas cinco perguntas. Depois, reĂșna as melhores ideias em uma planilha como a abaixo e crie um documento para orientar futuras decisĂ”es relacionadas a mudanças e inovaçÔes.

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Essas perguntas, ao mesmo tempo em que trazem uma reflexão inicial, resumem o tema central desta edição.

A Teoria dos Modelos Replicåveis é objeto de estudo de Chris Zook e James Allen, sócios da Bain & Company (firma de consultoria de atuação global) e autores de livros como Lucro a partir do core business e O poder dos modelos replicåveis.
Na contramĂŁo do clĂĄssico mantra corporativo que prega a necessidade de saber se reinventar, os autores defendem que a “simplicidade, o foco e o domĂ­nio da arte da mudança contĂ­nua quase sempre levam a melhor em relação a estratĂ©gias de mudança radical e de reinvenção constante”. E, para eles, isso se constrĂłi a partir de uma gestĂŁo focada em seu core business.

Decifrando o Core Business

O core business pode ser definido como o conjunto de produtos, capacidades, clientes, canais de venda, segmentos, tecnologias, filosofia, ĂĄrea de atuação e outros elementos que moldam a essĂȘncia do que a empresa Ă© ou almeja ser. Em outras palavras, o core business Ă© o motivo que te faz sair da cama todas as manhĂŁs.

 

A lĂłgica da teoria de Zook e Allen, comprovada em diversas obras, estudos de caso e mais de 25 anos de vivĂȘncia no mercado, defende que empresas que atrelam ao seu core toda possibilidade de expansĂŁo, inovação ou mudança, sĂŁo historicamente mais bem sucedidas.

A Amazon, gigante global do varejo online, Ă© um grande exemplo de empresa que consegue aproveitar ao mĂĄximo boa parte dos itens que formam o core.

A missĂŁo da Amazon Ă© “ser a empresa mais centrada no cliente na Terra”. Para isso, tem em seu site um poderoso canal de vendas, que oferece uma ampla variedade de produtos e um sistema inteligente que reconhece as preferĂȘncias do cliente, indica produtos e facilita ao extremo a realização da compra. Em alguns paĂ­ses, clientes Amazon chegam a receber suas compras no mesmo dia em que fizeram o pedido.

Perceba como os itens Capacidades, Canais de Venda, Clientes e Posicionamento ficam evidentes com essa breve anĂĄlise.

Claro que este Ă© um exemplo extremo e que pode ser que na sua empresa nem todos os itens sejam tĂŁo desenvolvidos. PorĂ©m, Ă© um ponto de partida para vocĂȘ entender a importĂąncia do core e, claro, de dominar o seu, que Ă© particular e Ășnico.

 

BOX – O core business da equipe de vendas: quando o mix afeta o desempenho

Jå que estamos falando em foco e em core business, é importante destacar também o papel da equipe de vendas no sucesso do seu negócio.

Aqui na VendaMais somos grandes defensores da venda de todo o mix de produtos/serviços de uma organização. Afinal, a saĂșde da sua empresa depende que sua equipe de vendas mantenha essa missĂŁo em dia.

No entanto, quando os gestores colocam na mĂŁo de uma mesma equipe produtos para canais ou pĂșblicos distintos, mesmo que dentro do core da empresa, a equipe pode acabar perdendo o foco e tende a desenvolver suas prĂłprias preferĂȘncias para vender o que lhe Ă© mais conveniente.

A respeito disso vale lembrar como o grande varejo costuma trabalhar. Se vocĂȘ entrar em uma loja com a intenção de comprar uma geladeira, dificilmente serĂĄ atendido pelo mesmo vendedor que atua na ĂĄrea de estofados, certo?

Com isso em mente, fica a reflexĂŁo: serĂĄ que seus vendedores nĂŁo estĂŁo sobrecarregados com o mix a ponto de fazer com que tenham que “sair” do seu core de vendas para suprir as necessidades de oferta do mix?

A equipe de vendas de uma empresa que tem suas obrigaçÔes relacionadas ao mix bem mapeadas trabalha com mais facilidade e gera mais resultados.

EstĂĄ na hora de dominar o seu core

Erros como o que aconteceu no O Boticårio podem ser facilmente evitados. Para começar, é preciso dominar muito bem sua identidade corporativa, o que pode parecer simples a princípio, mas se revela uma tarefa cheia de desafios na hora de colocar em pråtica.
Segundo a consultora LĂ­gia Fascioni, autora do livro DNA Empresarial: identidade corporativa como referĂȘncia estratĂ©gica, a primeira armadilha Ă© definir a identidade baseando-se apenas no que a alta cĂșpula pensa ser a identidade. “Este Ă© um erro clĂĄssico, pois trabalha-se com base numa visĂŁo parcial, um pouco distorcida e frequentemente idealizada. Outro erro Ă© achar que existe uma resposta certa para a pergunta ‘quem Ă© a sua empresa?’. No afĂŁ de parecerem politicamente corretas, muitas empresas assumem como suas caracterĂ­sticas que nĂŁo sĂŁo”, lamenta.
Para evitar falhas como essas, experimente fazer este teste*:

8 perguntas para identificar se toda a empresa estĂĄ alinhada ao core

  1. Descreva o sistema de atividades de seu principal produto/serviço e pergunte-se: onde a diferenciação é forte, eståvel e onde precisa melhorar?
  2. Quais são as fontes båsicas de diferenciação de minha empresa? Serå que elas estão ganhando ou perdendo força?
  3. SerĂĄ que toda a equipe gerencial concorda com a resposta? SerĂĄ que os empregados da linha de frente preparariam a mesma lista? Se nĂŁo, por quĂȘ?
  4. Peça para que cada membro da sua equipe detalhe os itens da imagem “O que forma seu core business”, que estĂĄ na pĂĄgina X desta reportagem, de acordo com o que considera correto.
  5. Pergunte a cada um dos principais gestores, em conversas individuais, quais são os elementos mais diferenciados e importantes da empresa e como podem justitificar sua escolha de maneira que possa ser medida, em comparação com os concorrentes.
  6. Quais serão os principais fatores de diferenciação? Serå que estamos bem posicionados em åreas onde estão as lacunas?
  7. Qual Ă© o potencial de nossa diferenciação plena e do Modelo ReplicĂĄvel que a explora? Para onde podem ser mais bem estendidos? – VocĂȘ vai entender melhor essa ideia logo mais.
  8. Olhe para suas Ășltimas iniciativas de crescimento, faça uma anĂĄlise honesta dos nĂ­veis de sucesso e tente determinar os pontos em comum dos sucessos e fracassos. Isso Ă© um mapa para a criação de modelos replicĂĄveis de sucesso.

*Perguntas extraidas do livro O poder dos modelos replicĂĄveis – a construção de negĂłcios duradouros em um mundo em constante transformação

Como criar Modelos ReplicĂĄveis a partir de um sucesso

A partir do momento em que se tem o desenho do core de sua empresa em mãos, chega a hora de analisar as possibilidades de expansão e diversificação dos negócios.
Se vocĂȘ olhar o modelo de negĂłcios do Google facilmente perceberĂĄ que todos os produtos da empresa estĂŁo apoiados em seu nĂșcleo central: uma poderosa ferramenta de busca. O mesmo vale para O BoticĂĄrio, com exceção do Skingen, claro. E na sua empresa? Seu grande sucesso funciona como base para os outros produtos ou serviços?
Para saber isso, ter respostas claras para os trĂȘs questionamentos abaixo Ă© fundamental:

  1. Qual Ă© a essĂȘncia de nosso sucesso?
  2. Como alinhar nosso pessoal com o foco em nossos principais pontos fortes?
  3. Como ter a certeza de que estamos melhorando e nos adaptando?

A partir disso, vocĂȘ poderĂĄ pensar em criar seu modelo replicĂĄvel de sucesso. Os trĂȘs exemplos que ilustram as divisĂ”es pensadas por Zook e Allen servem de orientação neste momento.

 

Os trĂȘs nĂ­veis de Modelos ReplicĂĄveis

 

1. Perfil do negĂłcio: Trabalha isolado para impulsionar o crescimento do nĂșcleo

Tipo de core: Ășnico, estrutura simples

Exemplo:

IKEA: A rede sueca é mundialmente conhecida por vender móveis domésticos de baixo custo. Seu core busca incessantemente a redução de custos para a manutenção dos preços competitivos que a consagram. A empresa nunca entrou em outros mercados, mesmo que promissores. Sempre manteve o foco em desenvolver seu modelo criando novos produtos, agregando serviços e segmentando cada vez mais sua base de clientes.

2. Perfil do negĂłcio: NegĂłcios que se expandem para adjacĂȘncias e modificam seus modelos

Tipo de core: Ășnico, expansĂŁo para adjacĂȘncias

Exemplo:

VendaMais: Nós começamos como uma newsletter chamada Técnicas de Venda, que era enviada por fax para os assinantes. Em 20 anos de história, criamos uma revista, dezenas de produtos, organizamos eventos e prestamos serviços de treinamento e consultoria em vendas. Um leque bastane diversificado, mas sempre apoiado em nosso core, que é amparado pela Missão de fazer o Brasil vender melhor.

3. Perfil do negĂłcio: NegĂłcios com core mĂșltiplo, gerenciando um portfĂłlio

Tipo de core: mĂșltiplo, multisetorial

Exemplo:

Procter & Gamble: Possui um sistema gerencial coerente, que Ă© replicado em suas diversas marcas, inseridas nos mais diversos segmentos.

Em qual deles seus planos se encaixam?

As armadilhas do crescimento

O professor Antonio AndrĂ© Neto, coodenador acadĂȘmico do MBA em GestĂŁo EstratĂ©gica de NegĂłcios da Fundação GetĂșlio Vargas (FGV), recomenda que a empresa seja cautelosa quando pensar em suas estratĂ©gias de crescimento.

Segundo ele, quando uma empresa diversifica muito o seu portfĂłlio, corre o risco de acabar sendo fraca em todos. “Ao diversificar, o importante Ă© buscar uma correlação entre os produtos/serviços que jĂĄ vende e o perfil de seus clientes. Deve existir uma sinergia”, defende.

Na mesma linha de raciocĂ­nio, o mega investidor e um dos homens mais ricos do mundo, Warren Buffett, diz que “muitas das grandes fortunas do mundo se baseiam em um Ășnico e maravilhoso negĂłcio. Se compreender esse negĂłcio, vocĂȘ nĂŁo precisarĂĄ de muitas empresas”.

Ou seja, ao pensar em ampliar seu core Ă© importante que vocĂȘ jĂĄ tenha a base de clientes ou uma rede de distribuidores que possam comercializar a novidade. “A diversificação Ă© a proteção contra ignorĂąncia. Mas nĂŁo Ă© muito lĂłgica para quem sabe o que estĂĄ fazendo”, reforça Buffett.

Em resumo, considere os seguintes aspectos para projetar a chance de sucesso de algo novo:

  • A ideia envolve os clientes atuais?
  • AtĂ© que ponto a ideia se afasta do core da empresa?
  • A ideia Ă© parte do Modelo ReplicĂĄvel?
  • A plataforma de base alcançou a liderança econĂŽmica em seu mercado primĂĄrio?

A consultora LĂ­gia recomenda manter a coerĂȘncia com seu DNA, sua essĂȘncia. “Sempre leve em consideração seus atributos essenciais na tomada de decisĂ”es. Se o trabalho de autoconhecimento foi bem feito, nĂŁo Ă© tĂŁo difĂ­cil. Basta nĂŁo contradizer esses atributos”.
Se estiver respaldado por essas quatro perguntas, seu plano pode ir em frente. Ao menos do ponto de vista do seu core.

Defina as Regras NĂŁo NegociĂĄveis e esteja claro de que todos sabem disso

E é possível ir ainda mais além!

Estruturas complexas e engessadas podem ser um fator determinante para impedir que uma inovação saia do papel, ou que um correção de rumo seja feita.

Nesse contexto, Ă© fundamental que a empresa crie o que Zook e Allen chamam de conjunto de Regras NĂŁo NegociĂĄveis, que devem ser simples, claras e objetivas, para que todos os membros da organização – dos executivos aos da linha de frente – conheçam, entendam e tenham como base em sua rotina operacional.

As Regras NĂŁo NegociĂĄveis nada mais sĂŁo do que um manual do usuĂĄrio para o colaborador. Elas traduzem a estratĂ©gia da empresa por meio de reflexĂ”es em instruçÔes simples, Ășteis e motivadoras para exemplificar como a empresa se diferencia e agrega valor.

A Toyota, que Ă© um dos grandes exemplos em modelo de gestĂŁo na atualidade, Ă© gerida por um conjunto de regras que sĂŁo como o DNA do Sistema de Produção Toyota. Uma das regras prega que todas as atividades repetitivas sejam estudadas e especificadas. AtĂ© mesmo a sequĂȘncia de instalação de parafusos nos assentos dos carros e a melhor forma de apertĂĄ-los tĂȘm um sistema claro para que possa ser facilmente replicado.

A montagem dos carros é um dos pontos fortes do core da Toyota. Daí a razão para que todos os mínimos processos nessa årea sejam esmiuçados e estudados constantemente.

VocĂȘ faz o mesmo com seus grandes sucessos? Todas as etapas de produção, atendimento, pĂłs-venda sĂŁo especificadas e conhecidas por todos os membros da equipe? Seu sucesso depende desses cuidados – por mais simples que eles possam parecer.

BOX: Os valores da Apple e suas regras nĂŁo negociĂĄveis

Os Valores de sua empresa podem servir de inspiração para a criação de suas regras não negociåveis. Na Apple é assim. Olha só no que eles acreditam:

  • Acreditamos que estamos na Terra para fazer grandes produtos;
  • Estamos o tempo todo focados na inovação;
  • Acreditamos no simples, nĂŁo no complexo;
  • Acreditamos que devemos dominar e controlar as tecnologias bĂĄsicas por trĂĄs de nossos produtos;
  • Participamos apenas dos mercados para os quais podemos fazer contribuiçÔes importantes;
  • Acreditamos em dizer nĂŁo a milhares de projetos para nos concentrarmos realmente nos poucos que sĂŁo de fato relevantes e significativos para nĂłs;
  • Acreditamos na colaboração profunda e na polinização cruzada de nossos grupos, o que nos permite inovar mais que os concorrentes;
  • NĂŁo nos satisfazemos com nada aquĂ©m da excelĂȘncia;

Temos a honestidade de admitir nossos erros e a coragem de mudar quando erramos.

Valores/regras nĂŁo negociĂĄveis fortes que ajudam a garantir que absolutamente tudo que Ă© feito na empresa seja facilmente identificado por ter “estampado” essas marcas caracterĂ­sticas.

BOX: A lealdade dos clientes como Regra NĂŁo NegociĂĄvel

A Enterprise Rent-A-Car Ă© a maior empresa de aluguel de carros do mundo, e Ă© reconhecida pela excelĂȘncia na prestação de serviços. Buscar a lealdade dos clientes Ă© a Regra NĂŁo NegociĂĄvel mais forte deles.
Para eliminar a subjetividade dessa questĂŁo, a empresa desenvolveu um sistema de avaliação que consiste em fazer uma Ășnica pergunta aos locatĂłrios: vocĂȘ ficou completamente satisfeito com o aluguel?
A empresa compila as avaliaçÔes måximas e divulga em suas milhares de lojas. As que tiverem pontuação abaixo da média passam por treinamento e ficam impedidas de promover seus funcionårios.
Por meio de uma regra bastante simples, a Enterprise tem conseguido elevar a lealdade de seus clientes ao mesmo tempo em que desenvolve e motiva seus colaboradores.

Transforme sua empresa em uma måquina de inovação e de sucessos em vendas!

Como vocĂȘ pode perceber nesta reportagem, empresas com o core business bem definido e estruturas prontas para replicar modelos estarĂŁo sempre Ă  frente no que diz respeito Ă  solidez e inovação, e sĂŁo as mais visadas pelos melhores profissionais.
Como diz Chris Zook, “os sistemas de aprendizado e adaptação nĂŁo devem mais ser meros acessĂłrios, mas, sim, componentes essenciais e nĂŁo negociĂĄveis das estratĂ©gias em mercados dinĂąmicos.”

Checklist final

Temos certeza que nesse momento sua cabeça estå fervilhando de ideias e de reflexÔes sobre como colocar tudo isso em pråtica. Por isso, encerramos esta matéria com um passo a passo que vai facilitar a criação.

  1. Defina, em conjunto com sua equipe e a partir do que leu aqui, o core business de seu negĂłcio;
  2. Faça uso das nove perguntas para identificar se toda a empresa estå alinhada ao core;
  3. Preencha a planilha “Guia para orientar futuras decisĂ”es” e, a partir das informaçÔes que reuniu, crie um documento para orientar a tomada de decisĂŁo no futuro;
  4. Analise se sua equipe de vendas estå trabalhando o mix corretamente. Serå que não hå uma sobrecarga de produtos/serviços na mão dos vendedores?;
  5. Se estiver cogitando criar um projeto novo lembre-se de avaliar se:
  • A ideia envolve os clientes atuais?
  • AtĂ© que ponto a ideia se afasta do core da empresa?
  • A ideia Ă© parte do Modelo ReplicĂĄvel?
  • A plataforma de base alcançou a liderança econĂŽmica em seu mercado primĂĄrio?

6.  Defina quais sĂŁo as regras nĂŁo negociĂĄveis que orientam sua empresa e certifique-se de que todos estĂŁo seguindo-as.

Levando isso tudo em consideração as próximas investidas de vendas de sua empresa estarão mais respaldadas pelo planejamento e pela estratégia. E o sucesso serå muito mais natural.

VM PLUS

Leia na seção VM Plus de nosso site a entrevista completa com Lígia Fascioni. Ela fala sobre como atrelar a identidade de sua empresa aos planos de crescimento, då exemplos de empresas que perderam o foco ao crescer e fala sobre quais os riscos disso.

Para saber mais

Livros

Lucro a partir do core business – Chris Zook e James Allen
O poder dos modelos replicĂĄveis – Chris Zook e James Allen
AlĂ©m das fronteiras do core business – Chris Zook
DNA Empresarial: identidade corporativa como referĂȘncia estratĂ©gica – LĂ­gia Fascioni

 

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