Como planejar meu futuro de uma maneira simples?
Vou aproveitar este princípio de ano para ensinar aos vendedores um exercício que os ajudará a alcançarem suas metas, tanto profissionais quanto pessoais. Para isso, vou contar algo que me aconteceu há alguns meses.
Eu estava prestes a embarcar no barco que nos levaria até o local do mergulho, quando vi uma placa anunciando o aluguel de câmeras subaquáticas profissionais. Peguei uma e o instrutor de mergulho foi me ensinando a usá-la enquanto nos dirigíamos ao coral. Quando voltei de Nassau, nas Bahamas, e revelei o filme, levei um susto.
Veja, eu tive uma infância difícil. Meus pais diziam que eu nunca iria ser nada na vida, minha mãe desdenhava meu sonho de entrar para a faculdade. Consegui uma bolsa, mas quase reprovei no primeiro ano. Aí, um amigo me deu um cassete do livro The strangest secret, de Earl Nightindale – o que mudou minha vida. Substituí todas as mensagens negativas que ouvi desde criança por outras positivas, que escrevia em cartões e lia em voz alta. Passei a ser um dos melhores alunos da instituição. Um dia, o professor de psicologia mencionou um estudo sobre como a maioria das pessoas pensa com imagens – aquilo me fez pensar.
Uma tarde, Denise, minha futura esposa, estava trabalhando em uma colagem para uma aula de artes, e pensei: “Se eu pudesse usar imagens para representar minhas afirmações positivas nos cartões, em vez de frases, o resultado poderia ser ainda melhor”. Então, começamos a colecionar imagens de coisas que queríamos ter, lugares em que desejaríamos ir, o que gostaríamos de alcançar em nossas vidas, etc. Recortávamos imagens de revistas e as colávamos juntas em folhas de caderno ou em envelopes plásticos. Éramos pobres, não podíamos comprar uma televisão, então imaginávamos que nossos cadernos de imagens eram nossa “amanhãvisão”. Costumávamos dar uma olhada neles toda noite, antes de ir para cama, quando sabíamos que o subconsciente é mais impressionável.
Passaram-se os anos, e folhear os cadernos começou a ser menos frequente, ficamos ocupados, veio um filho e outro. Esqueci da “amanhãvisão” até o dia que revelei aquele filme de Nassau.
Um de meus objetivos era aprender a mergulhar. Na “amanhãvisão”, ele era representado por uma foto de um grande peixe colorido, com um mergulhador ao fundo. Aproveitei uma série de palestras marcadas no Havaí para ter aulas de mergulho e, desde então, sempre que posso, caio na água. Mas nunca tinha tirado uma foto subaquática, até aquela viagem para as Bahamas. Olhei minha foto e a imagem que tinha separado há anos – elas mostravam o mesmo peixe, que hoje sei identificar como Anjo Ciliaris (Holacanthus ciliaris), em um cenário muito parecido. Folheei os cadernos de recorte para ver que muito do que estava ali eu tinha realizado: escrever um livro, ter uma casa nas montanhas, esquiar com os filhos e palestrar na Europa e Austrália. Impressionante!
Nos últimos 30 anos, especialistas como Louise Hay, Anthony Robbins e Depak Chopra têm falado sobre o poder da visualização criativa. Ao olharmos para o nosso futuro por meio daquelas imagens, minha esposa e eu programamos nossos cérebros para procurar e identificar as oportunidades, pequenas e grandes, que iriam nos aproximar daqueles objetivos.
Hoje, os cadernos estão sob a minha mesa, aguardando novas páginas. Essa técnica simples pode ajudá-lo a alcançar suas metas e sonhos. Dê um mapa a sua vida e seu intelecto vai acabar encontrando um caminho até lá, mesmo que esteja escondido em um coral, em algum mar distante.
