Amor e gestão

Na crescente luta por maior competitividade, produtividade e um lugar ao sol, estamos nos esquecendo de pequenos atos que fazem uma grande diferença no ambiente de trabalho. O que é a arte de viver? Você já reparou que um simples passeio pela rua nada mais é do que um encontro de destinos, histórias de vidas que vêem e vão?

Viver hoje é uma grande correria. Desejamos tudo para ontem, para agora. Uma simples espera na linha telefônica já pode ser a causa de uma grande irritação, uma sensação de agonia. Definitivamente, desaprendemos a esperar, queremos desesperadamente mais tempo. Recentemente, a Fundação Dom Cabral divulgou uma pesquisa realizada com 626 executivos e o resultado foi alarmante. Nada menos que 74,5% dos funcionários estão infelizes com o trabalho e a empresa em que atuam.

Essa infelicidade toda poderia ser sensivelmente reduzida com apenas duas questões importantes: amor e gestão. Temas tão diferentes, tão interdependentes, mais próximos do que imaginamos.

Na crescente luta por maior competitividade, produtividade e um lugar ao sol, estamos nos esquecendo de pequenos atos que, se praticados, podem fazer uma grande diferença no ambiente de trabalho:

    1. Tolerar: tolerância genuína ao erro, às diferenças, aos obstáculos, ao novo, às mudanças. Compreender que a sua velocidade nem sempre será a mesma do seu próximo.

    2. Aceitar: aceitar a si próprio com suas qualidades, deficiências, limitações, potencialidades. Olhar mais para si e parar de julgar o próximo. Aceitar a vida como ela é e não ficar brigando diariamente com o cotidiano, complicando o fácil, tornando tudo mais difícil.

    3. Perdoar: primeiro perdoar a si mesmo por não ser o Super-Homem ou a Mulher-Maravilha que você pensa que é. Por não conseguir ter tudo no tempo em que você quer. Perdoar ao próximo, porque assim como você, ele também comete erros e está na roda-viva organizacional. Míopes, não enxergamos ou distinguimos pressa de ansiedade, agilidade de falta de educação. Perdoar é uma dádiva, uma das melhores armas contra o estresse ou depressão é estar em dia com seu próprio coração e suas convicções.

    4. Ouvir: ouvir atentamente, valorizar seu interlocutor. Como é bom falar com alguém que realmente escuta, valoriza o outro. Não às ferramentas tecnológicas, mas olhando nos olhos, demonstrando interesse, sendo sincero. Incrível que a maioria dos grandes líderes não eram excepcionais somente nas técnicas, mas também na capacidade de se relacionar. A base do relacionamento é falar e ouvir. Lembre-se que temos dois ouvidos e uma boca e não deve ser à toa.

    5. Compartilhar: compartilhar vitórias, sucessos e fracassos. Dificilmente alguém erra ou faz tudo sozinho. Compartilhar sentimentos com a equipe, dividir responsabilidades, ser o criador da constelação e não só a estrela principal.

    6. Doar: doar seu tempo e suas habilidades a outras causas. Parar de pensar que tudo gira em torno de si, olhar ao próximo e perguntar: ?Como posso ajudar??. E fazer! Boas intenções todos temos, mas não basta somente doar dinheiro. Precisamos aprender a doar um pouco de nosso tempo, conhecimentos e aptidões, sem esperar nada em troca.

    7. Amar: Amar é uma palavra forte, por vezes constrangedora. Como é difícil amar, mas pode ser fácil tolerar, aceitar, perdoar, ouvir, compartilhar e doar. Sem quase nem perceber você já está amando o que ou quem quer que seja.

Foram sete os atos que me vieram à mente. Coincidência ou não, dizem que sete é o número de Deus. Tenha Deus no coração! Não estou falando de religião, mas de religiosidade. Afinal, o apóstolo João definiu de forma bem simples que ?Deus é amor?. Só temos de praticar mais amor na gestão. Gestão tem a ver com gente, alma, coração, fé e dedicação. Assim, com certeza, daremos nossa contribuição para melhorar o atual ambiente do mundo corporativo.

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