Qualquer pessoa pode absorver características dos grandes empreendedores. É nesse ponto que se faz necessário diferenciar a personalidade empreendedora da conduta empreendedora Pode haver um ponto em comum entre o empresário Abílio Diniz e o cantor Roberto Carlos; o empresário Antonio Ermírio de Moraes e o jogador de futebol Cafu; o arquiteto Oscar Niemeyer e o diretor de cinema Walter Salles Jr.; Luiza Helena Rodrigues (diretora dos Magazines Luiza) e o técnico da seleção de vôlei Bernardinho?

Um apenas não, mas sete. Todos eles são verdadeiros empreendedores e para isso souberam superar os sete erros comuns à carreira de quem quer ver seu negócio ir à frente. São eles:

1. Comodismo.
2. Medo de mudanças.
3. Prepotência.
4. Transferir a culpa para os outros.
5. Falta de planejamento.
6. Desperdício de tempo.
7. Trabalhar sem paixão.

A tese é do consultor Luiz Fernando Garcia, detalhada em seu livro Gente que faz, lançado pela Editora Gente. O autor também é palestrante, administrador de empresa, especialista em Mercadologia e atuante no SEBRAE.

Segundo o especialista, alguns estudos internacionais sobre empreendedorismo associam essa capacidade à carga genética. Algo entre 3% e 5% da população mundial nasceria para se tornarem grandes realizadores, atributo que desenvolverão naturalmente se forem estimulados na infância e na adolescência a ter iniciativa e autonomia.

Mais de 90% da população então nunca será um empreendedor? Para Garcia, qualquer pessoa pode absorver características dos grandes empreendedores. É nesse ponto que se faz necessário diferenciar a personalidade empreendedora da conduta empreendedora.

O livro evidencia que a conduta correta pode ser baseada no desenvolvimento e aplicação de 12 atitudes:

1. Saber que realizar não é um mar de rosas.
2. Ser o que realmente é e não aquilo que gostaria de ser.
3. Aprender a flexibilizar, sem perder o rumo.
4. Construir planos de retirada, nunca de fuga.
5. Buscar o redirecionamento constantemente.
6. Desenvolver iniciativa.
7. Ter sempre as visões de tudo em que você está se metendo.
8. Saber ouvir as pessoas e dizer o que precisa ser feito.
9. Desenvolver o lócus de controle, ou seja, ser responsável por aspectos que precisam melhorar em si mesmo e que só dependem da própria pessoa.
10. Encontrar motivação.
11. Desenvolver sua própria motivação de realização.
12. Vigiar seus próprios mecanismos de defesa.

Segundo o especialista, há uma maneira bem fácil de pôr em prática essas atitudes. Tudo começa com o uso de um caderno Orientado para Resultado (OR). Um instrumento desenvolvido por Garcia que auxilia a quem deseja ser um empreendedor e vencer no mundo dos negócios a refletir sobre projetos de vida, organizando primeiro no papel, de forma objetiva e sistematizada, para depois partir para a ação. O instrumento aumenta em até 60% a capacidade de realizar metas e ajuda a programar o usuário a dizer não, colocar foco e a agir guiado por objetivos.