Avaliação não é julgamento, é engrandecimento

Quais são os seis grandes pilares para avaliar si mesmo e sua equipe?

Bons profissionais são identificáveis naturalmente no meio da multidão. Parece que têm um brilho próprio contagiante, já reparou? Eles sempre se destacam, seja pelo bem-estar físico ou pelo reconhecimento das pessoas.
É lógico que ninguém precisa provar nada para ninguém nem ser o melhor em tudo. Basta ser o melhor que você puder no mundo em que vive e para as pessoas que lhe são importantes. Mas há uma questão que persegue o universo dos profissionais: a tal da avaliação. Ela é temida, odiada, evitada e questionada pela maioria dos profissionais. Isso me faz lembrar a época de escola, quando tinha de levar o boletim para casa. Era um Deus nos acuda!

Estou convencido de que, quanto mais monitoradas são as pessoas, mais elas produzem. Quanto mais você avalia e informa, mais elas crescem. As avaliações servem para descobrir fraquezas, detectar potencialidades e até mesmo para prospectar algumas oportunidades profissionais. É como se fosse um check-up periódico, que vai mostrar como está a saúde do profissional. Mas não são todos os profissionais que gostam, entendem ou aceitam ser monitorados e avaliados.

A pessoa de sucesso aproveita cada ponto da avaliação para crescer, pontuar suas atitudes, decisões, avaliar a qualidade das suas ações e reescrever suas metas. Ela chega a um ponto que fica até chata, às vezes, de tanto querer follow-up. É muito disciplinada e os resultados não negam o desempenho. É o tipo de profissional que todo mundo quer ter na equipe.

Pergunte ao seu gestor quais foram suas recentes experiências com avaliações. Como um de seus liderados o definiria? Mais importante que avaliar é gerenciar os resultados. Peça que ele coloque em um papel alguns itens de que jamais abriria mão em uma avaliação de desempenho, assim você terá uma noção exata da sua experiência nesse tema.

Existem seis grandes pilares de uma boa avaliação:

  1. Habilidade numérica.
  2. Espírito empreendedor.
  3. Processo decisório.
  4. Visão e postura empresarial.
  5. Competência interpessoal.
  6. Características de personalidade.

Para que você possa entendê-los conceitualmente e colocar em prática, pontuarei cada um deles a seguir, exceto habilidades numéricas – em função de ser uma ciência exata:

Espírito empreendedor

  • Orientação para realização – Ou seja, desejo contínuo de estabelecer objetivos desafiadores e inovadores.
  • Autodesenvolvimento – Capacidade de buscar continuamente novos conhecimentos visando o desenvolvimento pessoal.
  • Flexibilidade – Para perceber e reagir adequadamente às mudanças.
  • Preocupação com impacto pessoal – Tendência de refletir cuidadosamente quanto às próprias ações, palavras, aparência e modo de comportamento antecipadamente, para atingir um efeito desejado.

Processo decisório

  • Firmeza e determinação – Capacidade de decidir com segurança, consciente da possibilidade de erro, mas disposto a corrigir prontamente os rumos sempre que necessário.
  • Exposição a riscos – Disposição para assumir posturas, emitir pareceres ou tomar decisões quando necessário.
  • Senso de realidade – Habilidade para analisar circunstâncias que envolvam determinada situação, com equilíbrio e ponderação, minimizando perspectivas excessivamente otimistas ou pessimistas que distorçam a realidade dos fatos.
  • Senso de oportunidade – Identificar a maneira e o momento certo de agir e decidir, buscando a maximização dos resultados.

Visão e postura empresarial

  • Disciplina – Manter posturas coerentes com as crenças e os valores organizacionais e na relação com autoridade, sendo capaz de ponderar e agir conforme parâmetros predeterminados, sem rigidez que comprometa os resultados finais desejados.
  • Foco na qualidade – Posturas, comportamentos e ações voltados à busca efetiva de qualidade.
  • Conhecimento do negócio – Capacidade para entender os objetivos da empresa, os fatores e as variáveis de mercado que afetam os concorrentes, fornecedores, produtos alternativos, legislação e clientes.
  • Planejamento – Projetar situações futuras, envolvendo a resolução de problemas ou o estabelecimento de planos, prevendo variáveis.
  • Organização – Capacidade para dispor e manter, de forma ordenada, dados, informações, documentos, instrumentos de trabalho e outros recursos com flexibilidade, de modo a tornar o sistema de trabalho apto a responder adequadamente às diversas situações.
  • Controle – Capacidade para estabelecer indicadores, seja formal ou informalmente, acompanhando e agindo sobre os resultados obtidos, visando proporcionar o controle necessário do desenvolvimento das operações.
  • Visão sistêmica – Compreender e interagir com os sistemas da organização, por meio da busca de informações e participações ativas que promovam a compreensão sobre a forma que as várias funções interagem.

Competência interpessoal

  • Espírito de equipe – Predisposição para compartilhar propósitos e defender objetivos comuns nas relações de trabalho, dando maior ênfase aos interesses organizacionais do que aos individuais.
  • Habilidade de negociação – Conciliar interesses, satisfazendo as partes e assegurando a realização de resultados eficazes.
  • Sensibilidade interpessoal – Entender e interpretar as preocupações, os motivos e as sensações das pessoas e reconhecer os pontos fortes e limitações dos outros.
  • Visão integradora cliente/fornecedor – Compreender, agir e fomentar o espírito de parceria, incentivando relações entre clientes e parceiros, internos e externos, integrando e orientando as pessoas para os resultados desejados, mostrando-se disponível para gerar decisões consensuais.
  • Liderança – Desenvolver pessoas através de posturas participativas, troca de experiência, treinamento e feedback claro sobre seus desempenhos, além de outras atitudes que promovam o estabelecimento e a manutenção de clima favorável à discussão franca e honesta sobre pontos fortes e fracos.
  • Sociabilidade – Estabelecer relacionamento de maneira fácil, desenvolvendo e mantendo uma rede de contatos que possa fornecer informações, ajuda e acesso a outros.

Características de personalidade

  • Criatividade – Capacidade para criar e descobrir formas de melhorias no seu ambiente de trabalho, essenciais ao resultado da área e importantes para a empresa.
  • Ritmo de execução – Desenvolver atividades com equilíbrio entre o tempo de execução e a necessidade de entregar resultados.
  • Equilíbrio emocional – Disposição para manter o autocontrole, mesmo em situações de alta pressão.
  • Comunicação – Capacidade de apresentar ideias, de forma oral e escrita, com clareza e objetividade. Capacidade de síntese. Saber ouvir e interpretar o que está sendo comunicado.
  • Tenacidade – Disposição para enfrentar e superar problemas, buscando atingir objetivos.
  • Persuasão – Organizar, expor e vender ideias de forma convincente.
  • Proatividade – Agir, de forma eficaz, diante das tendências e dos fatos antes que eles ocorram.
  • Julgamento – Capacidade de coletar dados pertinentes a um problema, analisá-los e chegar a conclusões lógicas, com base nas evidências disponíveis.

Agora é com você!

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