Fuja da mediocridade

Não se engane, apenas pensar positivamente não te levará a lugar algum

Ao redigir uma de suas e-zines, em novembro passado, Raúl Candeloro narrou as impressões que teve ao ler o livro 10x (Ed. Boa Prosa), de Grant Cardone. Dezenas de comentários retornaram com dúvidas, sugestões e elogios dos leitores.

A obra de Cardone defende uma teoria simples, mas bem fundamentada: para ter resultados excepcionais você precisa fazer 10 vezes o que está fazendo hoje. Para Raúl, essa afirmação vai de encontro (ou complementa, dependendo do ponto de vista) à linha daqueles que defendem que ficar pensando positivamente vai levar você ao sucesso. “Não se engane, você precisa fazer, pensar e trabalhar muito se quiser obter resultados expressivos”, afirma Candeloro.

O autor do livro defende que o grande problema da maioria das pessoas é que elas pensam na média. Querem passar por média na escola, querem encontrar o equilíbrio entre o máximo resultado e o menor esforço (com ênfase no menor esforço), querem ser Top 10 (e não Top 1).

Para Grant Cardone, é muito melhor você entender e se planejar para fazer 10 vezes o que achou que seria necessário. De acordo com o raciocínio dele, se você acha que com 10 telefonemas vai conseguir realizar uma venda, é melhor se programar para fazer 100. Se você usa mídias sociais e acha que postar duas vezes por dia vai trazer resultados, é melhor começar a postar 20 vezes. Se acha que fazer uma apresentação por mês é suficiente, então é melhor começar a fazer 10. E assim por diante. Cardone chama isso de “massive action” (ação massiva, em uma tradução livre).

Na opinião de Raúl Candeloro, resultados medíocres têm duas causas principais:

  1. Falta de planejamento/inteligência: o que você está fazendo está errado ou é ineficiente.
  2. Falta de ação: você não está fazendo o necessário para obter resultados excepcionais.

“É muito importante não confundir atividades com resultados”, alerta Candeloro. “Não adianta fazer 10 vezes mais coisas se elas não são inteligentes, não agregam valor, não diferenciam o seu trabalho, não permitem que você seja criativo ou, pior, não ajudam você a se realizar plenamente.” Para evitar isso, ele nos dá algumas dicas rápidas sobre o assunto:

  1. Libere (ou bloqueie) alguns momentos do seu dia: se você tem uma agenda e todas as horas e todos os dias estão ocupados, alguma coisa está errada. Essa é a vida de uma formiga. Quando ela morre, ninguém nem nota – vem outra formiga e a substitui. Trabalho inteligente, criativo, que produz verdadeira satisfação precisa de momentos calmos para usar inteligência com foco. Se você não bloquear momentos do dia para trabalhar com o cérebro, com inteligência, então por definição está fazendo justamente o contrário. (E tem gente que ainda faz isso com orgulho!)
  2. Diminua o ritmo: essa é uma luta constante na vida de todos. Parece que está todo mundo a mil por hora. Por um lado isso provoca uma sensação de avanço e de realização, mas é como aqueles passeios de trem que cruzam cinco países da Europa em dois dias. Você não consegue prestar atenção em absolutamente nada. Entendo que existam momentos de alta intensidade e dedicação forte ao trabalho, mas tenho visto muita gente no que chamo de Síndrome da Esteira: corre, corre e não chega a lugar algum. Pior: fazendo uma série de coisas que não dão resultado simplesmente por que ninguém parou para pensar de verdade em como fazer aquilo com excelência. Diminuir o ritmo tem muitas vantagens (lembre da tartaruga x lebre). Como disse Napoleão: “Devagar, que tenho pressa”. Inteligente mesmo é a pessoa que consegue melhores resultados, não a que tem mais coisas para fazer anotadas na agenda.
  3. Simplifique: a quantidade de trabalho desnecessário que vemos nas empresas brasileiras hoje é monumental. São relatórios que ninguém lê, reuniões desnecessárias, correria de última hora provocada por falta de planejamento, falta de comunicação interna etc. Toda empresa deveria ter um pôster nas paredes das salas escrito: “Não complique: simplifique”. Melhor ainda, na linha da simplificação: somente “simplifique”. Comece a tirar coisas da sua mesa, da sua agenda, a eliminar reuniões desnecessárias, a pensar o tempo inteiro em como evitar problemas antes que aconteçam. Seja um campeão/campeã da simplificação. Como disse Saint-Exupéry, “a perfeição é alcançada não quando você não pode colocar mais nada, mas sim quando não precisa tirar mais nada”.

Voltando a e-zine em questão, Raúl lançou um desafio para seus assinantes: “Qual a atitude que você precisa melhorar em 2013, para vender mais e o que vai fazer para melhorá-la?”. A seguir, reproduzo algumas que, na redação da VendaMais, julgamos serem úteis aos leitores (todas as respostas foram postadas no Facebook):

“Deixarei a atitude de ser Top 10 e buscar ser o Top 1, sempre fazer 10x mais do que acho ser suficiente para alcançar o sucesso!!!!!”
Henrique Fernandes

“Desejo melhorar a capacidade de aprender com os erros. É comum os vendedores ficarem desanimados quando cometem erros, principalmente em uma reunião de negócios. Para 2013, quero errar mais, minha meta é triplicar o número de erros para dobrar meus acertos!”
Isaac Marins

“A atitude é prospectar mais para aumentar a base de clientes e, consequentemente, faturar mais. Como? Organizando e otimizando o tempo.”
Dan Roussel Rievers

“Vou ter mais disciplina. Usarei a agenda, estudarei mais sobre o assunto e aplicarei tudo o que estudar sobre disciplina.”
Evanildo Schultz Manske

“Prospectando produtos, em regiões diferentes, para buscar mais investidores. Eles, sim, estão em todos os lugares, muitas vezes onde você menos imagina. Focar, focar, focar sempre para vender.”
Vera Vasconcelos

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