Mentiras e inverdades sobre a chamada Geração Y

Em primeiro lugar, quero fazer uma afirmação contundente: a chamada geração Y é muito parecida com você. Digo isso porque há muita gente querendo vender a falsa ideia de que pessoas com menos de 25 anos são diametralmente diferentes de nós. Acreditar nisso é uma ingenuidade.

Já fazem muitos anos que o ser humano é, basicamente, o mesmo. Nossos ancestrais:

  1. Tinham medo do escuro;
  2. Amavam suas mães;
  3. Temiam os mais fortes;
  4. Faziam julgamentos precipitados ou injustos;
  5. Tendiam a pensar primeiro em si mesmos e depois nos outros.

Nós somos assim. Nossos filhos e netos também.

Talvez a única grande diferença entre a nossa geração e as que nos sucederam é que pessoas mais novas já nasceram em um mundo em que a tecnologia é dominante.

Se antes tínhamos que ficar sentados ao lado de um telefone esperando alguém nos ligar, hoje podemos estar em qualquer lugar que o celular nos localiza.

No passado, havia os arquivos “cardex”, nos quais armazenávamos as fichas com informações sobre os clientes. Hoje, existem os softwares que armazenam esses dados e nos permitem consultá-los em qualquer lugar onde estejamos.

No passado, as informações sobre o histórico de relacionamento com o cliente ficavam armazenadas em nossas cabeças ou registradas em inúmeras folhas e blocos que íamos arquivando de acordo com uma ótica muito pessoal. Hoje, há os fantásticos sistemas de CRM.

Mas no que tange ao desafio de gerenciar a geração Y, acho que devemos ter em mente que:

  1. As pessoas pouco mudaram nas 100 últimas gerações;
  2. Liderança continua sendo algo fundamental para fazer que as equipes funcionem (não importa se há preponderância de pessoas mais velhas ou mais novas nessas equipes);
  3. As pessoas não são multifuncionais. Ninguém – seja novo, ou seja velho – consegue fazer muitas coisas complexas ao mesmo tempo;
  4. Dinheiro continua não motivando (como já se afirmava há mais de 50 anos). O que faz com que as pessoas se entusiasmem são os desafios que enfrentam;
  5. Dizer que os jovens não temem ser demitidos é bobagem. Continuamos a ter medo da demissão da mesma forma que tememos o escuro da noite;
  6. A melhor forma de lidar com as pessoas é conhecendo-as. Sempre obteremos melhores resultados das pessoas que conhecemos melhor.

Caso você queira se aprofundar mais na questão de como liderar a geração Y, me mande um e-mail que eu envio um interesse texto da prof. Sylvia Vergara (da FGV) sobre o assunto.

JB Vilhena é presidente do Instituto MVC e coordenador acadêmico do MBA em gestão comercial da FGV. Proferiu palestra na ASTD, o maior evento mundial na área de Treinamento & Desenvolvimento.
Visite o site: www.institutomvc.com.br
E-mail: [email protected]

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