Motivação até debaixo d’água

Mesmo nos momentos em que tudo parece perdido, ter atitude pode fazer a diferença e ajudar a recuperar a motivação. Motive-se e aja para vencer

O otimismo é a atitude que evita que as pessoas caiam na apatia, desespero e tristeza mesmo quando tudo parece estar indo pelo ralo. Mas há diferença entre ser um otimista ingênuo e um realista. O ingênuo aposta na terapia do abraço. Já o realista avalia a situação de forma ampliada, buscando as reais causas do problema que está enfrentando para corrigi-las.

O otimista considera que o fracasso se deve a algo que ele mesmo pode mudar. Já o pessimista não olha para suas deficiências, atribuindo suas derrotas apenas a fatores externos e obstáculos que é incapaz de ultrapassar. Daí, para se fazer de vítima, é um pulo.

Diante de um insucesso no trabalho ou até mesmo quando se vê sem trabalho, o otimista reage de forma proativa e esperançosa. Procura ajuda, ouve conselhos e se concentra na remoção das dificuldades. Já o pessimista considera a situação irremediável. Sua única reação é pensar que nada do que fizer poderá mudar a situação. Acha que a adversidade sempre se deve a alguma deficiência pessoal insuperável ou a uma conspiração que o mundo tramou contra ele.

Em tempos pós-olímpicos, nos quais se discute o preparo psicológico dos atletas brasileiros, vale lembrar a história de um nadador que hoje, na era Phelps, tornou-se para nós um quase anônimo. Matt Biondi, uma das estrelas da delegação americana nas Olimpíadas de 1988, chegou aos jogos com a esperança de igualar a proeza do então imbatível Mark Spitz, que em 1972 ganhara sete medalhas de ouro.

Nas duas primeiras provas, Biondi ficou em terceiro e segundo lugar, para deleite de alguns comentaristas, que apostaram que a partir dali sua motivação iria por água abaixo e ele passaria a ter uma atuação ainda mais desastrosa.

A reação de Biondi, contrariando expectativas, não foi de desânimo, e sim de superação. Nas cinco provas restantes, ele garantiu a medalha de ouro com atuações avassaladoras. Quando o caldo parecia entornar e a frustração ameaçava tomar conta do ambiente, Biondi optou por se concentrar totalmente no seu foco e ir em frente, consagrando-se como o maior medalhista dos Jogos de Seul.

Se ele tivesse amarelado diante da situação, seu nome simplesmente seria apagado da história das Olimpíadas como tantos outros. Foi a atitude que fez a diferença. É a atitude que faz a diferença. Não deixe que um revés acabe com sua motivação. Tenha atitude para levantar a cabeça, seguir em frente e buscar suas medalhas.

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