Como a Cervejaria Sul Brasileira amplia o mix de produtos e se prepara para atuar em todo o Brasil Como a Cervejaria Sul Brasileira amplia o mix de produtos e se prepara para atuar em todo o Brasil
A antiga Cervejaria Sul Brasileira agora chama-se Indústria Nacional de Bebidas. Para o grande público, apenas INAB. Fundada em 1996, no interior do Paraná, a empresa ganhou mercado fabricando a linha de cervejas Colônia. Com a ampliação do mix de produtos, agora responde também pela produção de refrigerantes, água mineral, sucos e chás.
Em nove anos, a empresa cresceu e construiu uma marca. Hoje chega a 19 Estados brasileiros, mas tem a meta de cobrir todo o território nacional até o final de 2006. Como o escritório central da INAB fica em Florianópolis, SC, para fortalecer a distribuição foi adotado o processo de parceria com fábricas que produzam seus produtos, também uma forma de expandir a cobertura e evitar gastos excessivos com frete.
Para Saul Brandalise Neto, presidente da INAB, o sucesso alcançado está sustentado na qualidade. ?Pesquisas apontam que nossa cerveja não tem rejeição, mas sim uma ótima aceitação. O que é excelente, porque a qualidade dos produtos chega quase a ser uma obsessão para nós.? Ele destaca que o controle qualitativo não atua por estatÃstica, mas em tempo real. ?Para passar de uma fase da produção para outra, são feitas diversas análises. No caso de qualquer problema, o processo é imediatamente interrompido.? Com foco na necessidade dos consumidores e nos nichos de mercado, a INAB ampliou seu mix de produtos, que antes era focado em diferentes tipos de cerveja. Hoje trabalham também com refrigerantes, água mineral, sucos e chás. Sobre os dois últimos, Neto faz sua aposta. ?O consumo de sucos e chás, em comparação ao resto do mundo, ainda é muito pequeno no Brasil. Portanto, é um mercado que ainda tem muito a crescer se acompanhar a tendência mundial?.
Grandes nomes
Investindo em tecnologia, produção e mão-de-obra, uma das estratégias mais ousadas da INAB foi trazer para o seu time grandes nomes da concorrência para desempenhar funções fundamentais ao seu desenvolvimento contÃnuo no mercado. Entre eles, Alexandre Rodrigues (especialista em chás e sucos) e Rinaldo Dalaqua (que atua no ramo cervejeiro há 30 anos).
Mas a contratação que mais chamou atenção foi a de José Valien Royo, famoso garoto-propaganda de uma cerveja concorrente. Para tirar da mente do consumidor a imagem que está atrelada a Royo, a idéia é dar personalidade própria ao personagem Zé da Colônia. ?Hoje ele é o Charles Chaplin da propaganda. Além disso, tem muito potencial como vendedor de cerveja?, justifica Dalaqua, agora diretor de vendas da INAB.
Sobre a parceria com o apresentador Carlos Massa, Dalaqua frisa que 85% do consumo de cerveja no Brasil vêm das classes C, D e E. Daà a importância de anunciar os produtos num programa que vá ao encontro desse público. ?O Ratinho é uma pessoa de sucesso, tanto pessoal quanto profissional. Esses dois atributos são transferidos para o produto, tornando-o mais valorizado para a camada consumidora?.
Novos produtos e concorrência
Dalaqua dá as dicas para quem pretende lançar um produto no mercado. A primeira condição para dar certo é ter qualidade. Para isso, é preciso trabalhar com profissionais e matérias-prima de ponta. E vai além. ?Não estamos posicionados no mercado de preço. Isso porque cada vez que entrar alguém vendendo mais barato, deixaremos de vender. Por isso a intenção é sempre trabalhar valor, apresentando um produto de qualidade que satisfaça o consumidor.?
Sobre a concorrência, é taxativo ao afirmar a polÃtica da boa convivência. ?Queremos o bem de todos os nossos concorrentes. Trabalhamos num mercado muito grande, no qual sempre há espaço para quem tem um bom produto?, reforça Dalaqua.