Olhe para o umbigo dos outros

Um dos princípios que nos rege é o do prazer. O novo e o diferente nos causam desconforto, então buscamos nos aproximar de pessoas que pensam como nós para não termos que discutir coisas novas com ninguém, vivemos em lugares já conhecidos que não nos tragam perigos, lemos o que é de nosso pleno conhecimento porque é disso que entendemos e falamos o tempo todo, buscamos o que nos é familiar para que não tenhamos o duro desgaste de brigar com o novo. E o mundo ainda nos diz para olhar para o nosso umbigo, pois, aparentemente, é com a gente que está o grande segredo.

Olha, também acho que muitas respostas estão próximas, mas acabamos ficando obtusos quando nos focamos apenas em nós mesmos. Além disso, envelhecemos antes do tempo quando não fazemos coisas novas e não nos “provocamos” a agir e pensar de forma diferente.
Há alguns anos, observei que estava indo aos mesmos restaurantes, lendo os mesmos estilos de livros, viajando para os mesmos lugares, gostando das mesmas comidas, contando as mesmas piadas, conversando com as mesmas pessoas… Enfim, estava vivendo no “Mundo do Mesmo”.

Foi quando eu, minha esposa e minha filha resolvemos colocar nossas coisas em oito malas e ir para outro país, viver outra realidade, outra vida, com outros assuntos, amigos, livros, costumes, roupas e uma outra vida em família. Resolvemos olhar para o umbigo dos outros e aprender com isso.

Como aprender com o umbigo alheio

Neste ano que em que estamos vivendo em outro país, optamos por criar desconforto e aprender com ele, observando e vivenciando boas lições no âmbito pessoal e profissional.

Está sendo uma experiência ímpar, pois, provocado, passo a observar mais as coisas que me rodeiam e procuro olhar dos maios variados ângulos, já que não tenho o compromisso de acertar ou errar, mas de aprender.

Se hoje me pedissem dicas para observar e aprender com novas experiências, eu daria três:

  • Defina o que você vai observar e o que vai fazer com isso. Sempre que visitar uma empresa, negocie limites e deixe bem claro qual e como será a troca de informações.
  • Tenha a capacidade de manter uma analogia com as metodologias e/ou técnicas observadas para ajustá-las à sua realidade. Leve em consideração as diferenças de mercado, as legislações, etc. Lembre que você está lá para entender, e não copiar.
  • Meça e analise as diferenças de desempenho através de números confiáveis. Pesquise antes sobre o que você vai observar e procure saber quem são os responsáveis pelas boas práticas observadas, o que e como fazem, para – aí sim – determinar quais ações você poderá usar para a melhoria dos seus resultados. Tudo deve ser registrado e anotado, não esqueça nada; algumas observações que deixamos de lado podem ser úteis quando se cria algo novo.

Nos próximos artigos, vou relatar observações e lições que aprendemos por aqui. Sempre com o objetivo de provocá-lo a sair do “Mundo do Mesmo” e olhar um pouco para o umbigo dos outros. Vale a pena!

Claudio Diogo é especialista em vendas e consumo, autor do livro V.E.N.D.E.R. Mais e Melhor e um dos palestrantes de vendas mais requisitados do Brasil. Visite: www.tekoare.com.br
E-mail: [email protected]

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