Quando o lĂ­der explica, todo mundo entende

O que Blaine Lee e Bernardinho têm a ensinar sobre gestão de pessoas e 5 dicas para você começar a se aprimorar. Para ser um líder, é preciso comunicar para a mente, coração e mãos das pessoas. Quando ouvi essa frase do grande guru Blaine Lee, em uma conferência da HSM Group, no final do ano passado, ficou claro que a semente que sempre trouxe comigo de forma empírica não estava indo por caminhos tortuosos. Só faltava mesmo fundamentá-la um pouco melhor, com atitudes no dia-a-dia, que muitas vezes se tornam truncadas pela simples razão de existirem quando se tenta entrar no cotidiano da prática da liderança de equipes não-lineares.

Temos de entender que a realização só é feita e só acontece por meio das pessoas. E elas precisam de informações para ter noções e assumirem adequadamente as suas responsabilidades.

Aliás, a responsabilidade é uma via de mão dupla e tem uma importância muito grande, em todos os processos das empresas. Mas ninguém percebe isso quando você não comunica. E não estou falando de cartazes, e-mails, memorandos internos ou jornais-murais, os quais, diga-se de passagem, têm suas funções para a comunicação corporativa e são muito eficazes.

Decisões compartilhadas
Como líderes, ao comunicarmos qualquer informação, desde a mais irrelevante àquela que vai mudar toda a estratégia de trabalho, precisamos estar cientes de que devemos olhar nos olhos de cada um, explicar o porquê das coisas, fazer com que entendam a importância que existe em todo o processo. Haverá uma grande diferença no resultado final, caso essa comunicação venha recheada de ruídos, sombras ou tempestades. E como fazer isso sem parar os processos, sem fazer com que as pessoas percam em produtividade, sem interromper o trabalho que estão realizando, muitas vezes, apenas para comunicar que o horário dela vai mudar a partir do dia seguinte?

Simplesmente perguntando a que horas fica melhor para ela trocar uma idéia com você, dizendo que tem algo importante para decidirem juntos, mas que isso não pode atrapalhar a sua performance do dia. Certamente seu colaborador vai cooperar para encontrar um horário rapidamente e estará na sua sala muito antes do previsto. E o que era para ser um comunicado pode se tornar uma solução, quando você faz com que as pessoas participem das decisões e opinem sobre elas.

Poderes e atribuições
Se você quer ter muito sucesso, ame as pessoas e pense nelas. Faça com o coração, porque elas perceberão a sinceridade quando estiverem em sintonia com os seus sentimentos. Lembre-se de que sem envolvimento não existe comprometimento. E o que isso significa? Significa deixar o ego do lado de fora, ter consciência de que a vaidade só atrapalha, saber que um líder não pode se esconder quando as coisas vão mal. Embora você deva ser transparente, acessível e lembrar de que as pessoas gostam de carinho e que também têm egos, você não precisa passar a mão na cabeça delas. Apenas falar a verdade e ter conhecimento dos seus riscos pode ser uma boa. Conhecer seus limites, poderes e atribuições e fazer com que a equipe os conheça melhor do que você mesmo para poder servi-los é, sem dúvida, um excelente ponto de partida para que tenhamos ordens claras com execuções precisas. Afinal, como sempre enfatiza o grande Bernardinho: ?Líder é aquele que tem princípios e valores que inspiram as pessoas?. E a comunicação ajuda a criar um ambiente com clima positivo no trabalho. Às vezes, é melhor trabalhar de forma inteligente do que trabalhar mais.

Como nosso guru Blaine Lee de bobo nĂŁo tem nada, faço das palavras dele as minhas para o final deste artigo: “Saber e nĂŁo fazer Ă© nĂŁo saber. NĂłs, lĂ­deres, queremos a cabeça (a inteligĂŞncia), o coração (as emoções que geram comprometimento) e as mĂŁos (que executam)?. Tá vendo sĂł como Ă© fácil?, quando alguĂ©m explica, todo mundo entende.

5 dicas para lĂ­deres aplicarem com suas equipes de trabalho
1. Estimular a autoconfiança.
2. Satisfazer necessidades, nĂŁo vontades.
3. Fornecer aos liderados o que eles precisam e nĂŁo o que querem.
4. Servi-los e nĂŁo querer que eles o sirvam.
5. Brigar muito mais por eles para brigar muito menos com eles.

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