Quem disse que competir é ruim?

A oferta do mercado é grande, mas a procura pela competência é ainda maior. Há, sim, lugar para todos, desde que sejam bons profissionais. Só esses sobreviverão. No mercado corporativo, a disputa está se acirrando à velocidade da luz. Ela aumenta a cada semana, a cada minuto. Com tantos cursos superiores disponíveis, há muitos estudantes se perguntando, diariamente: valerá a pena? Haverá absorção desse mercado para todos?

Reavaliando alguns conceitos e deixando o otimismo de lado, penso que, embora o crescimento do mercado não acompanhe o número de profissionais disponíveis, ele continua sendo um elo diretamente proporcional. Basta observar a estagnação que existia no mercado da educação há alguns anos, quando tínhamos poucas opções de escolha de trabalho. Quem quisesse trabalhar em uma grande empresa ou estudar em uma grande universidade, precisava arrumar as malas e despedir-se da família em prol de um sonho, de busca do mercado grande e profissional, que girava apenas em torno das grandes capitais brasileiras.

Em muito pouco tempo, menos de uma década, as coisas mudaram muito. Embora alguns novos profissionais tenham adquirido a doença da estagnação, foi justamente esse ?mal? que atingiu principalmente aqueles que já estavam no mercado, abrindo um ?vácuo? e possibilitando que bons profissionais viessem para cá e tomassem, justamente, o lugar daqueles que deixavam a desejar em matéria de profissionalismo. Ainda hoje o fenômeno acontece, embora em proporções menores, em razão do ?toque de acordar?, felizmente já percebido em todas as áreas.

Quem disse que competir é ruim? É claro que ninguém gosta de perder, mas quando a parada é dura, a vitória tem muito mais sabor. E é isso o que vem acontecendo. O mercado está aí e as portas estão abertas. Acesso ao diploma, muito em breve, todos terão, o que vai contribuir para a melhora da educação no País. Mas o que cada profissional vai fazer da sua vida só vai depender da vontade individual. Certamente muitos pendurarão seus diplomas na parede, outros atravessarão desertos sedentos e sairão vitoriosos e, ainda que sejam alguns poucos, só conseguirão empregos para pessoas desqualificadas ou se prevalecerão do direito à prisão especial.

Quanto maior a concorrência maior o esforço de cada um de nós em sermos bons e respondermos para o mercado que há espaço para cada um de nós mostrarmos nossas potencialidades. Se aprendemos com os ?invasores?, não importa, o importante é aprender com os melhores para que possamos superá-los. O que mais falta no mercado hoje é qualificação profissional e gente com vontade de suar, trabalhar e se comprometer com o futuro. É preciso abraçar o mundo e acreditar que todas as estrelas nasceram para brilhar, embora algumas brilhem mais que as outras. Esse é o processo natural da vida, e não seremos nós, educadores, que vamos mudar.

A oferta é grande, mas a procura pela competência é ainda maior. Há, sim, lugar para todos, desde que sejam bons. Só esses sobreviverão. E a resposta? Você não vai encontrá-la na faculdade nem na escola nem com seus colegas nem com os seus antigos professores. Procure no mercado, só ele a terá. E não esqueça do velho ditado: ?Quem procura acha?.

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