Rubinho

Ao ter como meta profissional ?trabalhar? na ?empresa? Ferrari, Rubens Barrichelo selou seu destino e teve que aceitar um plano de carreira que limitava seu crescimento profissional. Por mais que o mercado já tenha demonstrado por diversas vezes a força das empresas ?desconhecidas? ou que lutam para alcançar seu espaço ao sol, ainda é grande o número de profissionais que são seduzidos pelas outras empresas que já possuem uma história e durante seu trajeto construíram grandes marcas.

O brilho dessas marcas institucionais ou até mesmo dos produtos torna-se de tal maneira tão forte que impede o raciocínio lógico do profissional para avaliar qual o impacto que terá em sua carreira fazer parte de uma empresa como essa; e o quanto ali naquela marca que ele escolheu como local de trabalho, representará em um desenvolvimento profissional mais ou menos rápido em sua carreira.

Eu acredito que nós brasileiros somos muito felizes, pois todos o domingos, um dos maiores exemplos deste tipo de escolha profissional é transmitido para todo o Brasil. Para ser mais exato, quinzenalmente aos domingos na parte da manhã.

Ao ter como meta profissional ?trabalhar? na ?empresa? Ferrari, Rubens Barrichelo selou seu destino e teve que aceitar um plano de carreira que limitava seu crescimento profissional.

Independente do talento e potencial que possui, ao ingressar nesta ?multinacional? italiana, teve que aceitar ser sempre o segundo piloto, o número 2 e abdicar das chances de sucesso que o destino reservaria.

Seu companheiro robótico, muito semelhante com esses maus líderes que vemos por aí em tantas empresas, nunca admite ou valoriza as ajudas e sacrifícios que recebe do colega brasileiro que resultam em sucessos e ?bônus? para si no final do ano.

Diminuído por este comportamento, por esta escolha profissional, não é raro as entrevistas em que o irmão de seu companheiro, Ralph Schumacher, enxovalha-o publicamente chegando a ponto de dizer que Rubinho não é competente o suficiente para até mesmo ser companheiro de Michael na escuderia.

Mas em sua baia de trabalho, Rubinho é um bom profissional, é um bom piloto.

Sempre quando têm a oportunidade, quando seu ?gestor? em uma falta de escolha devido às circunstâncias permite, ele mostra a que veio, mostra seu talento. E como ele brilha nas apresentações.

Mas foi uma escolha dele trabalhar na Ferrari. Ele poderia estar em qualquer outra, às vezes empresas aonde os recursos mecânicos não são tão diferentes assim e sua presença lá já o faria retomar a possibilidade de ser o verdadeiro campeão, o nº 1.

No mercado de trabalho, todos nós vemos isso constantemente. Profissionais com um tremendo potencial que optaram por estagnar o próprio desenvolvimento profissional em detrimento de um suposto status em pertencer a uma dessas empresas.

Uma vez quando questionado como por duas vezes na vida conseguiu virar a mesa contra grandes companhias Steve Jobs, fundador da Apple disse: ?O sucesso na vida não depende receber boas cartas mas de jogar bem com as cartas ruins?.

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