Sai um pedido, vem um cliente

Quais são as ideias da Dídio para se diferenciar no mercado de pizzas?

Atuar em uma cidade como São Paulo fazendo pizzas para entrega certamente exige formas inovadoras para conquistar a clientela. Não só a inovação, mas a criatividade e a iniciativa também estão entre os ingredientes que fazem dessa fórmula um sucesso. Se a expressão “terminar em pizza” remete a algo que deu errado, não é exatamente o que pensa o senhor Elídio Biazini, que há 16 anos fundou a rede Dídio Pizza. Logo no início, o objetivo dele foi trabalhar de forma profissional e diferenciada, em um tempo que o mercado era muito informal e a maioria das pizzarias delivery operava nas garagens das casas dos empreendedores.

“Todos os dias acordo pensando de que forma seremos mais visíveis, como se destacar num mercado tão concorrido, e continuo o tempo todo pensando no negócio”, conta Biazini. Com o tempo, o empresário percebeu que os consumidores gostavam do modelo adotado, em que há lojas com projeto arquitetônico, e não mais aqueles “velhos fornos de tijolos aparentes”.

Foi este o momento de tirar novas ideias da cabeça e pôr em prática. A Dídio se informatizou, os entregadores passaram a atuar uniformizados e foram criadas embalagens diferenciadas e novos sabores. Você já comeu uma pizza de creme de maracujá? Esse foi um dos sabores que surgiu a partir de uma parceria com a Nestlé. E que tal uma de prestígio, feita com beijinho, chocolate meio amargo e côco ralado? Deu água na boca e vontade de pedir uma? Pois é, essa é a ideia.

 

Prospectar, pizza, ação!

Um trabalho de geomarketing demonstrou que os clientes da Dídio estão concentrados em um raio de três quilômetros. “Trabalhamos muito o marketing de vizinhança, ou seja, não saímos do alcance determinado. É realizado um direcionamento para o público que queremos atingir”, revela Biazini.

Limitar não significa, entretanto, deixar novos clientes de lado. Para prospectar, mais uma vez a criatividade foi colocada em prática: um treinamento especial é feito constantemente com os entregadores de pizzas, que os prepara para conquistar novos consumidores para a rede. “Todo treinamento é feito no local e no horário que reunimos o maior número de funcionários. É realizada uma apresentação com datashow, material impresso de melhor qualidade e forma de abordagem simpática”, explica o empreendedor.

Além de preparar, incentivar é essencial para o sucesso. Toda noite, cada unidade da rede recebe um talão de cupons, que são posteriormente distribuídos aos entregadores. Dessa forma, é realizado o controle da campanha por unidade e entregador, que é premiado com base no volume de novos consumidores prospectados por meio da ação.

 

Lar, Doce Entrega

Se de um lado os entregadores são incentivados, por outro os novos clientes também recebem estímulos. O cupom da Dídio dá ao novo freguês o direito de receber uma pizza doce ao solicitar uma salgada e ele não poderia ter um nome mais sugestivo. A Doce Entrega oferece essa vantagem aos novos clientes que recebem os cupons dos entregadores, orientados a abordar de forma gentil os vizinhos e as pessoas que estão no local de uma determinada entrega. Além de oferecer o cupom promocional, eles informam sobre os diferenciais da rede, como o acréscimo de 40% no recheio.

E as ideias não param por aí. Com o objetivo de aumentar as vendas nas quartas-feiras, tradicionalmente um dia com transmissão de futebol na televisão, o proprietário lançou a Venda Programada. Nessa promoção, as atendentes entram em contato com os clientes para oferecer o opcional de receber uma pizza com entrega programada para os intervalos da partida. Foi um gol de placa que aumentou em 30% as vendas da Dídio. Com o sucesso, o método de agendar as entregas foi estendido para as segundas e terças-feiras.

 

Fidelidade

“As ações têm em média 6% de retorno, considerado alto se compararmos com mala direta, hoje em 0,5%”, explica Biazini. Mas são os clientes fiéis que representam 80% do faturamento da Dídio, o equivalente a 20 mil pizzas por mês.

Com tanta entrega, não havia como deixar de pensar em uma tática ecologicamente correta. Assim, surgiu a ideia do papel kraft, que é a utilização desse material na confecção de um fecho, com a meta de substituir as sacolinhas de plásticos – ação que tem uma prática funcional e diferente.

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