Saudades de Mrs. Albee, Avon!

Textos e dicas rápidas para você vender mais

A Avon vai de mal a pior. David Hall McConnell, seu fundador e vendedor de livros, e Mrs. Persis Foster Eames Albee, sua verdadeira alma, ameaçam ressuscitar e despedir, com humilhação e aos berros, os gestores globais dos últimos 10 anos, e que permitiram que a empresa perdesse relevância, empoeirasse, e vivesse o pior momento de sua história mais que centenária.

McConnell, quando seus clientes de livros de Manhattan não queriam comprar mais livros, passou a oferecer como brinde um pequeno frasco de perfume. Diante do sucesso do perfume… Aí pediu socorro para Mrs. Persis Foster Eames Albee, que a Avon insiste em chamar de Florence, para convidar suas amigas para vender seus perfumes. Viúva de um senador, Albee, não saía dos trens e dos lombos dos cavalos para ajudar nos negócios de McConnell. Em menos de 10 anos conseguiu o milagre jamais superado por qualquer outra pessoa e em todo o mundo de recrutar 25 mil mulheres americanas que aderiram à causa da Avon e converteram-se em apóstolas e revendedoras. Tudo o mais é história. Estava inventado o negócio de vendas diretas, e Mrs. ALBEE é sua legítima criadora.

Corta para 2012 e a Avon quase agoniza. Corre o risco de até ser vendida antes destes comentários serem publicados. Nas últimas décadas enfiou os pés pelas mãos, e, assistiu, passivamente, o envelhecimento de seus produtos. Pela não atualização, de um lado, e pela excelência e velocidade das novas empresas. No Brasil, por exemplo, uma Natura.

Agora divulga os resultados do primeiro semestre. Uma queda de 19% nas receitas, e segundo sua CEO global, Sheri McCoy, “Nós decepcionamos revendedoras, consumidoras e investidores… a gente não manteve o ritmo nos níveis de tecnologia e serviços, e isso resultou em desafios em mercados como o Brasil”. E, adicionou: “Vamos colocar o consumidor e as consultoras no centro do nosso negócio e garantir com que nossos colaboradores estejam envolvidos e alinhados Estou confiante de que podemos transformar o negócio e chegar a um ponto de crescimento sustentável”.

Pouco provável. Serão necessários, no mínimo, 3 anos, para corrigir todos os erros – por ação ou omissão – da última década, que vão desde o portfólio de produtos e desembocam na debilidade da distribuição e logística. Demorou, muito além da conta, para demitir Andrea Jung. Pior ainda, contratou uma mais que estranha no ninho. Alguém com experiência zero em vendas diretas, egressa das torres anacrônicas, formais e burocráticas da Johnson & Johnson.

Vale comentar que nem Renew – “A Revolução Genética Anti-Idade da Avon” – rejuvenesce e salva a Avon.

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