Ultimamente, tem se falado muito de crise, problemas com faturamento, demissões em massa e queda no número de clientes.
No entanto, primeiramente, precisamos entender que, na verdade, uma crise não faz nascer falhas nas empresas, ela apenas evidencia o que já não estava funcionando muito bem. E, se nada for feito, esses períodos de crise podem acelerar e muito a queda das vendas. Por isso, é importante reconhecer, o quanto antes, os sintomas quando algo não vai bem com sua estratégia a fim de se ter mais poder e tempo de ação.
Principais sintomas que aparecem em uma crise
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Queda brusca no faturamento da empresa, principalmente quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
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Ver seus clientes dando preferência e comprando do concorrente com preço mais baixo.
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Ser alvo de pesquisas de preço sem que as pessoas prestem atenção nos benefícios dos seus produtos e serviços.
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Queda brusca na lucratividade. Às vezes, o faturamento continua o mesmo, mas o lucro no fim do mês é muito inferior.
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Desmotivação de funcionários e vendedores que acabam culpando a crise por tudo e qualquer coisa que aconteça de ruim.
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Queda brusca no faturamento –Provavelmente, há falhas na estratégia, comunicação e processo de vendas. É normal uma organização diminuir o ritmo em alguns períodos, mas isso não pode virar uma queda muito acentuada que a impeça de continuar executando suas atividades. Além disso, sempre compare seu faturamento do mês com o mesmo período do ano anterior. Às vezes, vejo manchetes alarmantes como “O consumo caiu 8% em relação ao mês anterior” sem comparar os dados com o mesmo período do ano que passou. É mais importante sabermos se nosso faturamento de fevereiro de 2009 foi maior ou menor que em fevereiro de 2008. Pois, nesse caso, estamos comparando a mesma coisa, o mesmo período, levando em consideração a sazonalidade, que é muito comum nas vendas de uma empresa.
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Clientes comprando da concorrência com preço mais baixo –Os motivadores de compra dos consumidores não estão sendo entendidos pelos vendedores. A razão pela qual um cliente compra alguma coisa tende a mudar em tempos de crise. Por isso, a empresa e seus vendedores precisam se adaptar a essa mudança. Além disso, é natural que uma parcela de seus clientes procure opções mais baratas, mas não é normal que a maioria deles faça isso, a não ser que não esteja percebendo um valor maior ou uma diferenciação entre os seus produtos e serviços e os dos concorrentes.
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Ser alvo de pesquisas de preço – Se a maioria das pessoas que procura sua empresa está apenas preocupada com quanto custa tal coisa, sem levar em consideração o que ela tem de melhor ou pior em relação às outras opções do mercado, é sinal de que a organização não possui um posicionamento definido. Se ela não tem um posicionamento forte, não é reconhecida nem lembrada pelos consumidores. Caso você seja melhor em alguma coisa (prazo de pagamento, qualidade oferecida, serviço agregado, facilidade de acesso, etc.), não será alvo de pesquisas de preço.
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Queda brusca na lucratividade – Ou a empresa vende muito menos, o que nos remete ao primeiro sintoma, ou começou a fazer muitas promoções, concedendo descontos além da conta. Um desconto dado ao cliente não diminui o custo da companhia, e sim a lucratividade dela. No fim do mês, podemos encontrar muitas vendas, mas pouco lucro ou, o que é pior, muitas vendas e prejuízo.
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Desmotivação dos funcionários – A atitude positiva é contagiante assim como a negativa. Quanto mais a crise é culpada pela perda de clientes, mais ela é culpada por uma série de outras coisas. Quando uma empresa se vê obrigada a despedir parte dos colaboradores, inevitavelmente cria-se um ambiente muito mais estressante e desmotivador, onde os funcionários ficam nervosos e com medo de serem os próximos da lista de demissões.
Se a instituição não tem uma estratégia clara e forte, os colaboradores ficam sem rumo e deixam que essa energia ruim atrapalhe a produtividade. Eu já vi vendedores que sentam na frente do cliente e ficam reclamando da vida e de como está difícil vender, em vez de investir o tempo para mostrar os reais benefícios dos produtos e serviços que vendem.
Caso acredite que uma ou mais dessas coisas possam estar acontecendo ou vir a acontecer dentro de alguns meses em sua empresa, fique alerta, pois é sinal de que você precisa começar a ser mais proativo.
Ser proativo em momentos difíceis é evitar que daqui a algum tempo você diga: “Eu deveria ter feito alguma coisa antes de chegar nesse ponto”. Tenho certeza que o único ponto em que deseja chegar é do sucesso e lucratividade para que, quando a crise passar, você esteja mais fortalecido e pronto para aproveitar os bons tempos.