Um ambiente agradável, a gente vê pelo cheiro

É comum alguém chegar e alertar o dono da casa dizendo: Está cheirando gás, não é bom verificar o que é? Quem já está naquele ambiente sente dificuldade em perceber tal cheiro, porque este começou e foi aumentando aos poucos e as pessoas foram, gradativamente, se acostumando com aquela situação. É comum alguém chegar e alertar o dono da casa dizendo: Está cheirando gás, não é bom verificar o que é? Quem já está naquele ambiente sente dificuldade em perceber tal cheiro, porque este começou e foi aumentando aos poucos e as pessoas foram, gradativamente, se acostumando com aquela situação.

Muitas vezes, ao entrarmos em lojas, escritórios e empresas, deparamo-nos com coisas que nos causam de imediato um incômodo muito grande. As pessoas que trabalham ali, no entanto, não vêem nada errado. E não é porque não se importam com o problema. É porque simplesmente nem percebem a situação.

Lembro quando tive de freqüentar por um certo tempo um consultório médico. O ambiente era dominado por um lustre de vidro vermelho, típico da década de 70. Graças a ele, uma incômoda e onipresente luz vermelha imperava em todo aquele pequeno espaço, alterando as cores de tudo, deixando o lugar avermelhado e escuro, muito parecido com uma câmara de revelação fotográfica.

Se, de repente, a assistente do médico entrasse pela porta fazendo um caliente strip-tease, a performance estaria perfeitamente em harmonia com a ambientação do consultório. O mais interessante é que, ao contrário dos pacientes, o médico e a sua assistente, que no caso era a filha dele, por já estarem acostumados, não se incomodavam com o tal lustre e nem com a radiação de luz gama vermelha que ele produzia.

No ponto extremo da escuridão abissal existem ambientes que se apresentam com claridade excessiva, como certas farmácias com suas luzes brancas apocalípticas, que espanta qualquer ser vivente. Quando se trata de uma farmácia ou um açougue, o excesso de luz branca é até perdoável. Mas o que dizer quando esse tipo de iluminação é utilizado em lojas que vendem, ou tentam vender, confecções e móveis, que têm as cores dos produtos expostos totalmente alteradas?

Além da iluminação, outro ponto que incomoda em muitos ambientes é o conforto, ou no caso, o desconforto sonoro. Com certeza, todos nós já estivemos em lojas cujo volume da música ambiente é tão alto, mas tão alto, que, para se fazer ouvir em seu interior, é necessário gritar ou fazer mímica aos vendedores. Nesse tipo de loja, onde o que rege a contratação dos vendedores é apenas a aparência visual deles, a música é utilizada para atrair o público para dentro da loja. A intenção pode ser boa, o problema é que o público, com todo aquele barulho, não consegue permanecer ali dentro por muito tempo.

Além do som, é preciso cuidar do próprio ar que se respira. Lojas, escritórios, bares e restaurantes que, para entrar, é preciso cortar uma camada espessa de fumaça de cigarro, são lugares altamente afugentadores e nos quais não se sente prazer de ficar ou permanecer no seu interior, o que dirá comprar alguma coisa neles. Certa vez, entrei em um restaurante de frutos do mar, onde avistei num canto uma sala pequenina e escura com uma placa em cima da porta informando: “Reservado a não-fumantes”. Engraçado, não deveria ser o contrário?

Na verdade, quando se passa muito tempo num determinado lugar não se sente as coisas da mesma forma que alguém que acabou de entrar ali sente. Portanto, procure descobrir se a iluminação de sua empresa é funcional e atraente, se o som ambiente contribui ou apenas incomoda (caixas de som fanhas ou rádios mal sintonizados com certeza comprometem) e também, se o cheiro nos ambientes é agradável.

Questione se não há odor de cigarro, charuto, mofo, bolor, pó, umidade, incenso ou outros maus cheiros. O ideal é desenvolver e adotar um aroma agradável e personalizado para marcar o ambiente. Desta forma, as pessoas vão reconhecer sua empresa pelo cheiro. Por meio da visão, da audição e também do olfato, sua empresa pode estar marcada positivamente, ou não, na memória das pessoas. A decisão é sua!

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