O que fazer quando seu público-alvo está diminuindo ou cada vez menos pessoas têm necessidade pelo seu produto? Esse é o dilema vivido pela fabricante de isqueiros Zippo. Seus aparelhos retangulares podem ser ícones e a empresa pode ter uma rica história, mas nada disso muda o fato de que há cada vez menos fumantes nos países desenvolvidos. E era para acender cigarros com charme que as pessoas investiam 30 dólares em um Zippo.
Para tentar mudar a queda nas vendas, a marca foi atrás de seus clientes mais fiéis. Inovou nos designs e deu um toque de colecionável a seu produto. No entanto, essa estratégia só funciona até certo ponto e, além disso, não atrai nenhum novo cliente. Então, a empresa se voltou para os gostos de um público mais jovem, acompanhe:
- Música – Talvez os homens de marketing da Zippo perceberam que, fora o fato de acenderem cigarros, os isqueiros são mais usados pela plateia em grandes shows de música. Então, passou a patrocinar shows de bandas importantes para seu público-alvo, como: Depeche Mode, Aerosmith e outros. Um hotsite foi criado em parceria com a prestigiada revista Rolling Stone.
Lição para você: aproxime sua marca de seu público-alvo, independentemente de onde ele estiver. - Lado digital – O aplicativo Zippo Virtual foi baixado mais de três milhões de vezes por usuários do iPhone. O que o programinha faz? Mostra o isqueiro que você escolheu na telinha do telefone e permite que o “acenda”. É mais uma forma de aproximar a marca do consumidor. Além disso, criou em seu site a Zona do Designer, em que as pessoas podem submeter e votar em desenhos para novos Zippos, que são lançados a cada dois ou três meses. O resultado das votações e as ideias dos consumidores ajudam a Zippo a ajustar sua linha de produtos.
Lição para você: escute o que seu consumidor diz e quer. Os isqueiros votados pela comunidade Zippo tornaram-se campeões de vendas. - Monitoração – A Zippo tem uma empresa de pesquisas cuja tarefa é buscar e identificar qualquer menção aos isqueiros Zippo em sites de terceiros, principalmente em fóruns e blogs. Isso permite que a fábrica acompanhe as inovações vindas de pessoas comuns, como um isqueiro que funciona por controle remoto, outro transformado em um lança-chamas com direito a mira laser e outras estripulias. A Zippo ainda não transformou nenhuma dessas ideias em produtos reais, mas coleciona insights inestimáveis para as horas de brainstorming.
Lição para você: aproveite as ideias espontâneas que surgem por aí. A internet tornou muito fácil descobrir como as pessoas usam seu produto ou serviço.
É assim que a Zippo procura iluminar seu futuro, mesmo que ninguém mais acenda seu cigarrinho.