Varejo com sotaque francês

Ao longo dos anos, diversas grandes corporações francesas foram desembarcando e tomando parte nas maiores redes de varejo no Brasil. Está acontecendo durante todo esse ano a grande temporada cultural do Brasil na França. Diversas iniciativas, além de eventos culturais, vários colóquios e debates sobre temas variados como literatura, televisão e agricultura familiar fazem parte da programação do ano do Brasil na França.

Um olhar mais atento à influência francesa no Brasil nos faz chegar à conclusão de que também a nossa economia, especialmente no varejo de grande superfície (hipermercados e homecenters), possui uma forte influência de sotaque francês. Esse movimento que iniciou na década de 70, com a chegada do Carrefour e se consolidou ano após ano.

Após o grande sucesso dessa empreitada pioneira no Brasil, diversas outras grandes corporações francesas foram desembarcando e tomando parte nas maiores redes de varejo no Brasil como o grupo Pão de Açúcar, Leroy Merlin, Telhanorte e a recém-chegada Decathlon (conceito de hipermercado de esportes). Se pensarmos em bandeiras, a presença é ainda mais marcante, além das já citadas temos: Champion, Extra e Compre Bem.

Considerando que a maior empresa do mundo (Wal-Mart) é americana, essa situação no Brasil pode parecer, no mínimo, curiosa. Além do know-how, ou melhor, expertise franco-brasileiro, o que diferenciou essas empresas foi justamente a sua adaptação (inerente ao pioneirismo francês nesse mercado). O Wal-Mart chegou ao Brasil quase duas décadas depois dos franceses e hoje corre atrás do tempo perdido.

Entretanto, essa adaptação não foi construída apenas com sucessos e alegrias. A maior rede de materiais de construção da França (Castorama) veio, implantou três grandes lojas, lutou por seis anos e não conseguiu espaço para desenvolver-se, deixando o País em dezembro de 2003. De qualquer forma, o saldo para a França como principal player do varejo nacional é ainda bastante amplo.

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