Se você é “das antigas”, provavelmente vai se lembrar da seção Grandes Ideias em Marketing, que durante diversos anos esteve nas páginas da VendaMais e chegou a ser uma newsletter com mais de mil assinantes. Eles pagavam mensalmente para receber, por e-mail, ideias inovadoras e disruptivas bem antes das hoje cultuadas startups entrarem em cena.
Hoje, para relembrar os velhos tempos e, quem sabe, inspirar uma possível volta da seção (você gosta dessa ideia?), reunimos uma lista com 25 inovações que estão transformando o consumo – e o mundo, e que nos ajudam a pensar no futuro.
As ideias foram extraídas de uma lista feita pelo Trendwatching, maior referência no mundo em análise de tendências. Eles reuniram as 101 melhores inovações de 2018 focadas no consumidor. Em comum entre todas as ideias há o fato de que elas contribuem para melhorar a vida das pessoas e a saúde do planeta.
Nós analisamos uma por uma e selecionamos as mais relevantes, sempre incluindo um comentário sobre a inovação para provocar sua reflexão e ação. São histórias que mostram como o propósito e causas pensadas no bem estão servindo como base para muitas inovações nos quatro cantos do mundo. Acompanhe!
1 – A escola que ensina felicidade e inteligência emocional
O Fórum Econômico Mundial apontou em um relatório recente que 65% das crianças entrando no primário hoje, no futuro, vão trabalhar em uma função que não existe atualmente.
A medida em que a tecnologia, impulsionada pelos avanços na inteligência artificial, absorve funções burocráticas e repetitivas, características humanas como a criatividade, a empatia e a inteligência emocional vão se tornar um diferencial cada vez mais relevante aos profissionais.
Esse cenário exige que tenhamos novos modelos de ensino. Na Índia, a Riverbend School é um reflexo dessa tendência. A filosofia da escola, que promete abrir as portas em 2020, é ensinar as crianças a serem felizes ao invés de priorizar um currículo de ensino tradicional. O cerne do modelo é desenvolver a inteligência emocional e social dos alunos.
Um bom exemplo que mostra que apesar de a tecnologia assustar muitos profissionais, continuaremos sendo humanos com habilidades únicas que precisam ser cultivadas.
Não é que o ser humano se tornará irrelevante. Apenas terá que desenvolver novas e, talvez inusitadas, habilidades.
2 – A cafeteria que ajuda a combater a solidão
Distúrbios mentais como depressão e ansiedade afetam milhões de pessoas. Vivemos em um cenário complexo nesse sentido, mas o tema permanece um tabu.
No mercado de trabalho, por exemplo, pouco se fala a respeito. Quem sofre com alguma condição psicológica prefere se calar por medo de parecer fraco ou até de perder o emprego. Quem percebe um colega de trabalho com algum problema não sabe bem como ajudar. No final das contas, a maioria das pessoas prefere ignorar o problema.
De olho em fazer sua parte para ajudar as pessoas a combater a solidão e minimizar os danos das doenças mentais, a rede Costa, uma das maiores cafeterias do Reino Unido, encontrou uma solução simples e efetiva.
Durante um mês a rede colocou papéis nas mesas que indicavam que pessoas sentadas sozinhas ali ficariam felizes em conversar com estranhos. Isso gerou uma boa conexão entre pessoas que nunca tinham se visto antes.
A grande lição é que inovar e fazer sua parte para um mundo melhor pode ser muito simples quando se tem o foco no cliente.
3 – “Cidades” construídas sob medida para tratar idosos que sofrem de Alzheimer
Town Square é um espaço diferente para tratar idosos que sofrem de mal de Alzheimer… A estrutura dos ambientes dessa casa de repouso criada pela associação George G. Glenner simula cidades norte-americanas dos anos 1950, com suas charmosas lanchonetes, cinemas e postos de gasolina. A ideia é que os moradores – que passam por atividades terapêuticas enquanto estão por lá – se sintam confortáveis com as memórias da juventude, período em que têm suas lembranças mais fortes.
Perceba como essa iniciativa ajuda a resolver um grande problema de idosos e de seus familiares. Se até o mercado de saúde, sempre tão tradicional e acostumado a modelos enraizados, também pode ser fonte de uma grande inovação, por que o seu não? De novo, é uma questão de foco no consumidor, sobretudo.
4 – A realidade aumentada usada para empoderar o consumidor
A varejista de moda ASOS, baseada no Reino Unido, está usando Realidade Aumentada para mostrar como uma roupa se encaixa em pessoas de diferentes pesos e tamanhos.
O uso de soluções baseadas em realidade aumentada não é novo, mas aos poucos vai deixando de ter um viés de curiosidade e entretenimento para servir a motivos mais relevantes.
A diferença aqui é que o principal objetivo da marca é atender uma demanda de consumidores que não aguentam mais ver modelos com corpos fora da realidade. A inovação é resultado de demandas coletivas por maior representatividade, empoderamento e experiência de consumo baseadas em uma tecnologia.
De quebra, com a iniciativa, a ASOS ainda está resolvendo o problema de conseguir expor seus mais de 10 mil itens em estoque sem que precise fotografá-los em modelos.
5 – Delivery em tempo recorde para itens de “extrema urgência”
Supermercados que oferecem o serviço de entrega em casa não são novidade. Mas na China, uma demanda particular dos clientes do HEMA está chamando a atenção. Eles oferecem o serviço de entrega em até 30 minutos de itens selecionados do departamento adulto da loja. Isso quando as compras são feitas a partir do app. Entre os produtos estão camisinhas, brinquedos sexuais e até testes de gravidez.
Uma forma divertida e eficiente de atender uma demanda urgente dos consumidores, cada vez mais exigentes e sedentos por entregas rápidas. Além disso, é um bom incentivo para fazer os clientes utilizarem o app da marca.
Você já pensou sobre como pode oferecer soluções rápidas para grandes demandas de seus clientes?
6 – A rede de supermercados que criou um horário específico para os autistas
Este é um dos melhores exemplos de atendimento exclusivo e customizado que você já ouviu falar.
Na Inglaterra, a rede de supermercado Morrisons criou um horário específico semanal em que o ambiente das lojas é 100% direcionado a promover o conforto e receptividade aos autistas.
Neste período, as luzes ficam mais suave e música é desligada, os comunicados por alto falantes são interrompidos, bem como os bips do caixa e outros ruídos. Além disso, o movimento de carrinhos e clientes é menor, e todos estão cientes do que está acontecendo. Inclusive, há comunicados já fora da loja que anunciam que aquela é a Hora Silenciosa.
Segundo Daniel Cadey, da National Autistic Society (Reino Unido), existem cerca de 700 mil britânicos que estão no espectro. Isso significa que eles veem, escutam e sentem o mundo diferente de outras pessoas, de uma forma mais intensa. A Hora Silenciosa é um passo importante para promover a inclusão social de pessoas que têm grande dificuldade de entrar em ambientes muito iluminados e barulhentos.
Esta ação ilustra tantos pontos positivos e boas reflexões que é até difícil resumir, mas vamos lá.
A rede acertou em cheio ao promover a inclusão e tratar com carinho e respeito uma parcela da população que ainda é mal compreendida na sociedade.
Deu um exemplo perfeito do que significa entender o cliente.
Traduziu em uma ação concreta o que significa fazer parte de uma comunidade.
O atendimento exclusivo foi elevado a níveis superiores depois dessa ação.
7 – Navegando por um continente para combater o plástico
A Ali Skanda, empresa queniana que constrói barcos, decidiu se engajar na luta contra o consumo de plástico de forma ousada e impactante. Para isso, construiu um barco utilizando 10 toneladas de resíduos plásticos, incluindo mais de 30 mil chinelos descartados no Oceano Índico em apenas um mês.
O barco vai realizar expedições pelo continente africano para promover a conscientização sobre a causa e, ainda, realizar ações para limpar praias e visitar escolas.
Vale lembrar que em 2017, o Quênia baniu a produção, comércio e uso de sacolas plásticas. Dois ótimos exemplos de um país sobre o qual pouco ouvimos falar.
Abraçar uma causa ambiental também é inovar. É mostrar que você se importa com algo maior do que o lucro. Isso cria laços com o cliente e o inspira a colaborar em causas relevantes.
8 – Um bom exemplo de como gerar valor a partir de uma inovação de outro segmento
As fazendas verticais – aquelas que podem ser cultivadas em pequenos espaços urbanos, sem a necessidade de luz solar ou terra – estão em alta. De acordo com dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial, em 2016, o mercado movimentou US$ 1,5 bilhões. Para 2023, a estimava é que as cifras ultrapassem a marca de US$ 6,4 bilhões.
De olho nisso e interessada em oferecer refeições de melhor qualidade em seus voos, a companhia aérea Emirates está construindo uma fazenda vertical gigantesca ao lado do aeroporto de Dubai. A produção será suficiente para atender a demanda de mais de 225 mil refeições servidas diariamente nos voos da empresa.
Essa história nos lembra da importância de acompanhar novidades, tendências e inovações também em outros mercados. Principalmente em áreas adjacentes ao seu negócio. A Emirates está fazendo uso de uma inovação que não está ligada ao seu mercado diretamente, mas que gera um valor extra ao cliente.
Um alerta para lembrarmos que uma boa experiência de compra não tem a ver apenas com o produto/serviço, mas com todos os pontos de contato do cliente com sua marca.
9 – A solução para a grande ideia no chuveiro
Se você é daqueles que se puder leva um caderninho de anotações até para o banho, vai gostar dessa.
Depois de descobrir que mais da metade dos seus hóspedes corporativos dizem ter suas melhores ideias no banho, um hotel da rede Marriott, situado em Irvine, na Califórnia, instalou boxes touchscreen nos chuveiros dos quartos para que os clientes possam escrever suas ideias no vidro e recebê-las por e-mail na sequência.
Enquanto a inovação pode parecer um tanto inútil e até fomentar o desperdício de água, do ponto positivo fica o fato de eles inovarem a partir de uma demanda apontada pelos próprios clientes. O que ensina muitas vezes a resposta está no simples ato de manter um diálogo permanente com quem compra de você.
10 – O robô que faz café e o (novo) papel do barista
Aqui vai um exemplo de uma profissão que será afetada pela inteligência artificial. Na China, robôs já estão trabalhando como baristas. O Ratio é uma cafeteria/bar que criou um robô com braços para substituir o barista/bartender na tarefa de preparar as bebidas.
A ideia é automatizar uma etapa operacional do processo e diminuir o tempo de espera das pessoas na fila. A proporção dos ingredientes usados pelo robô nos preparos é programada pelos próprios baristas, que, além de orientarem o robô, agora têm a função de servir o café e drinks e prestar um atendimento mais customizado aos clientes.
Essa história nos lembra de que utilizar a tecnologia para operacionalizar tarefas básicas e repetitivas e direcionar pessoas para valorizar os clientes é um caminho inteligente para se adaptar ao novo.
11 – Trocando resíduos plásticos por benefícios reais
A cidade de Surabaya, na Indonésia, criou uma ação que permite que os moradores paguem pelo transporte público com plástico. Cinco garrafas pet equivalem a um passe de duas horas para andar de ônibus.
Uma ideia importante para conscientizar, engajar e gerar valor. Você já pensou em oferecer benefícios aos clientes que se engajam em causas ambientais?
12 – Um app que mostra os perigos da poluição
A prefeitura de Seul lançou um aplicativo que permite aos moradores enxergar – literalmente – os níveis de poluição na cidade e incentivá-los a tomar medidas para evitar a emissão de poluentes.
A baixa qualidade do ar é um problema crônico nos grandes centros urbanos. Toda iniciativa que faça com que os cidadãos entendam melhor um problema que é invisível, mas perceptível, e os incentive a tomar atitudes melhores é bem-vinda.
13 – O verdadeiro ganha-ganha
Ainda da Ásia vem uma inovação muito simples, mas que ilustra bem a ideia de oferecer comodidade e conforto ao cliente.
A Grab é uma concorrente do Uber em Singapura. Por lá, as corridas costumam ser longas e demoradas em razão do trânsito.
Para ajudar os passageiros a enfrentarem esse problema, a empresa fez uma parceria com a Cargo, uma startup que oferece soluções para comércio dentro de automóveis, e passou a ofertar lanches, bebidas e itens de cuidado pessoal nos carros. Conveniência para o cliente e possibilidade de renda extra para o motorista.
Que tal pensar em formas de conectar fornecedores, parceiros e clientes para gerar valor a todo o ecossistema que envolve seu negócio?
14 – A flor que funciona como um calendário biológico
No Pará, o grupo de medicina diagnóstica Hermes Pardini fez, em parceria com o governo do estado, uma ação muito bacana para conscientizar as mulheres da comunidade amazônica que moram em locais de difícil acesso sobre a importância do exame preventivo anual.
Já foram distribuídas mais de cinco mil mudas de uma espécie de orquídea que floresce uma vez por ano. A ideia é que a floração sirva como um calendário biológico para lembrá-las de que é hora de fazer o exame anual de prevenção ao câncer no colo do útero.
Uma inovação encantadora que nos lembra que se pode muito bem inovar sem fazer qualquer uso da tecnologia.
Acesse bit.ly/flordavida-inovacao e assista ao vídeo que conta um pouco melhor essa história.
15 – Quando a marca consegue tornar bom algo ruim
Em Londres existem duas verdades: os trens atrasam com uma frequência maior do que você talvez imagine. E as pessoas adoram beber gin.
Foi essa a deixa para que a Gordon’s, uma das marcas de gin mais conhecidas por lá, criasse um movimento interessante nas redes sociais para engajar consumidores. Funciona assim: se o trem está atrasado e você tuíta algo usando a hashtag #YayDelay, algo como #ObaAtraso, quando o algoritmo da campanha detecta um número significativo de twitts em uma mesma região, ofertas são geradas para as pessoas consumirem drinks pela metade do preço nos pubs daquela área.
Para inspirar-se na ideia da Gordon’s, que informações que seus clientes possuem que o motivariam a oferecer benefícios a eles em troca dos dados?
16 – Quando a empresa surpreende e vai além da legislação trabalhista
A Microsoft anunciou que a partir deste ano vai exigir que todos os seus fornecedores ofereçam 12 semanas de licença maternidade/paternidade remunerada aos seus funcionários. Nos Estados Unidos, não há uma lei que obrigue as empresas a fornecerem o benefício – exceto em alguns casos específicos e, ainda assim, sem remuneração. É o único país desenvolvido do mundo a ter leis tão restritas.
Dev Stahlkopf, diretora jurídica da empresa disse que a Microsoft sabe que o movimento pode aumentar seus custos, mas ainda assim eles defendem a ideia e pensam que ela vale o preço.
A iniciativa abre espaço para uma reflexão importante: o que você tem feito para promover o bem-estar de sua equipe além das exigências legais? Que causas você pode abraçar em busca da construção de relações sólidas no longo prazo?
17 – Equidade salarial no esporte
Esta é uma daquelas notícias que não deveriam estar sendo compartilhadas em pleno 2019, mas o fato é que a desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda é uma realidade. Um estudo de 2018 da Catho apontou que, no Brasil, homens chegam a ganhar até 50% mais para ocupar uma mesma função.
E esse não é um problema que se restringe ao nosso país. Para combater essa questão e promover a igualdade, o time nacional de rugby da Austrália anunciou que todos os atletas (homens e mulheres) irão receber o mesmo salário. A equiparação vale desde para os níveis de categorias de base até o profissional.
Em tempos em que a transparência dita as regras do jogo, assumir posturas como essa não é só uma questão moral, mas de sobrevivência para as empresas.
18 – Por maior participação feminina na imprensa
O jornal Financial Times fez uma análise e descobriu que apenas 21% dos especialistas citados em suas reportagens são mulheres. A partir disso, criou um robô que alerta os jornalistas em tempo real caso eles não estejam dando o devido espaço às mulheres nos artigos.
A iniciativa tem o objetivo de quebrar paradigmas da imprensa tradicional e de atrair um maior número de leitoras, que passarão a se sentir mais representadas com a nova política editorial do veículo.
É algo que pode parecer sutil e até irrelevante, mas representa a mudança gerada por mulheres empoderadas que estão exigindo um espaço que lhes pertence, mas que historicamente é ignorado.
A lição aqui é identificar se sua empresa tem algum tipo de viés que favoreça os homens em detrimento das mulheres. Seja na área que for, sua empresa promove e defende a igualdade?
19 – Inteligência artificial ajudando a treinar pessoas
A Kronos, firma global de gestão de pessoas, fez uma parceria com a IBM e seu aclamado Watson e criou um coach de carreira baseado em inteligência artificial voltado a trabalhadores de escalões mais baixos de grandes organizações.
A solução, que funciona por meio de um aplicativo, oferece conselhos e treinamentos sob medida para cada pessoa, de acordo com sua necessidade. O serviço é direcionado a organizações que têm um número grande de trabalhadores que recebem salários baixos e que as empresas têm dificuldades para oferecer treinamentos constantes.
A iniciativa é interessante para mostrar como o mercado de treinamentos está mudando. Talvez você não tenha recursos para contratar a IBM para criar uma solução customizada para treinar sua equipe, mas nessa linha, muitas empresas fazem bom uso de ferramentas como o WhatsApp para treinar.
Você tem se preocupado em criar mecanismos práticos e efetivos para capacitar todas as pessoas do time?
20 – Quando o cliente é fã, traga ele para perto de você
O que você faria com um cliente que atravessou um oceano só para comprar seus produtos? A Lush, empresa de cosméticos britânica, deu um emprego a uma cliente/fã.
Nicole McRonney-Apaw é norte-americana e fã incondicional da marca há seis anos, período em que colecionou centenas de produtos. Quando decidiu ir a Londres para comprar produtos que não encontrava nos Estados Unido, Nicole entrou em contato com a CEO da Lush e deu dicas sobre marketing nas redes sociais.
Não demorou para ela ganhar um emprego em uma das lojas da rede e, na sequência, ser promovida ao departamento de comunicação. Hoje, ela é a garota-propaganda de uma nova linha de produtos.
Quem poderia falar melhor de um produto do que um fã? Ponto para a Lush que soube reconhecer uma pessoa rara: um fã incondicional e com talento para ocupar uma área importante da empresa.
E você, já pensou em recrutar clientes fãs para fortalecer seu time? Indo além, o que você pode fazer para angariar fãs para sua marca? Na era dos influenciadores digitais, quando muitas vezes tudo é tão artificial, conexões verdadeiras ganharão cada vez mais espaço. Cultive-as.
21 – Instagram Stories é para todos
O Instagram é a rede social do momento. Seu uso ganhou a atenção das marcas e hoje é consolidado como parte das estratégias de marketing. Há ali um potencial claro de engajar e melhorar o relacionamento com os clientes e com o mercado.
Parte do sucesso veio com o lançamento da ferramenta Stories, que permite que os usuários postem fotos e vídeos curtos que ficam no ar por apenas 24h.
O recurso possibilita incontáveis formas de criar conteúdo. Um bom exemplo disso vem da biblioteca pública de Nova Iorque, que lançou uma iniciativa para compartilhar trechos de clássicos literários, como Alice no País das Maravilhas, sempre acompanhados por ilustrações animadas.
Se até uma biblioteca está utilizando a rede social para interagir com sua comunidade, por que sua empresa não pode fazer o mesmo? Como você tem utilizado as redes sociais para se conectar com os clientes?
22 – Parcerias não convencionais
Quando você imaginaria que uma empresa como a Adidas faria uma parceria com o órgão de transporte público de uma cidade e criaria um tênis para celebrar os 90 anos da entidade? E, de quebra, ainda ofereceria o valor do tênis (€180) em desconto no passe anual para os clientes que comprassem uma das 500 unidades do calçado que foram disponibilizadas nas lojas da marca em Berlim?
Isso aconteceu ano passado e nos faz pensar sobre como é possível enxergar além do óbvio na hora de pensar em parcerias.
Será que não há alguma empresa completamente desconexa ao seu mercado interessada em juntar forças?
23 – Educar é melhor do que punir
Ainda há um longo caminho a ser percorrido para que a humanidade consiga superar o racismo. É uma triste realidade que assola o planeta. No futebol, por exemplo, o racismo é um problema sério – em especial na Europa, onde os episódios discriminatórios são recorrentes.
O que geralmente acontece quando torcedores são flagrados cometendo crimes de injúria racial é uma punição e banição dos estádios.
Mas, na Inglaterra, por acreditar que apenas banir as pessoas não faz com que elas mudem seu comportamento, o Chelsea FC decidiu fazer diferente. O clube passou a oferecer a possibilidade de os transgressores passarem por programas de reabilitação educacional diretamente no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
Uma solução de grande impacto para um problema de grande dimensão. A iniciativa provoca uma reflexão sobre qual é o melhor caminho para mudar uma realidade negativa. Punir ou educar? Isso vale para a sociedade e para a sua empresa também.
24 – A cervejaria que construiu um hotel
A Brewdog é uma das cervejarias artesanais mais renomadas do mundo. Já foi até pauta da VendaMais! Os caras são mestres em inovar e surpreender. A ousadia dos cervejeiros é tanta que eles costumam ir (muito) além da produção de cervejas.
A loucura mais recente foi a criação de nada menos do que um hotel anexado à cervejaria situada em Columbus, Ohio (Estados Unidos). Na DogHouse, os hóspedes têm direito à torneira de chopp dentro do quarto, seleção de cervejas no frigobar com curadoria dos fundadores, beer spa e diversos mimos pensados para o público cervejeiro.
Para entender melhor as investidas mirabolantes e de alto impacto dessa cervejaria que surgiu no interior da Escócia e ganhou o mundo, recomendamos que leia a resenha do livro Business for Punks, escrito por James Watt, co-fundador da Brewdog. Ela foi publicada aqui na VM na edição de abril de 2016. Falamos sobre o jeito Brewdog de pensar e gerir negócios. Acesse bit.ly/brewdog-vendamais e confira!
Dentre outras coisas, a Brewdog mostra como criar uma história forte e construir uma marca sólida que entende seus clientes e os surpreende constantemente. O hotel é uma peça perfeita para cativar clientes em tempos que experiências são mais valorizadas bens materiais.
25 – A última inovação deixamos para você!
Depois de tantas ideias inusitadas você deve estar inspirado. Por isso, reservamos as linhas abaixo para você registrar a sua ideia. Se estiver confiante, mande sua ideia para nós no leitor@vendamaiscom.br. Quem sabe ela aparece por aqui na próxima edição?