Em um mundo onde as vantagens competitivas se igualam em pouco tempo, o principal diferencial competitivo passa a ser o fator humano, nas empresas. Mudanças e mais mudanças. Essa tem sido uma década de grandes mudanças: nas áreas do conhecimento, nas formas de pensar, nos valores e nas relações de poder entre as pessoas. É preciso mudar para sobreviver e permanecer competitivo. Mudar os métodos de gestão empresarial, mudar os processos de gerenciamento de pessoas. Em uma sociedade em que informações surgem com uma rapidez vertiginosa, a demanda por mudanças cada vez mais velozes e capazes de gerarem diferenciais passa a ser um dos principais focos de pressão.
Na vida, sempre podemos optar entre fazer ou não fazer a diferença. Isso é consciência. Isso é o que qualifica o ser humano como um fator diferencial. É importante entender que primeiro preciso produzir, em mim, as mudanças que desejo que aconteçam nos outros e na minha empresa. Que o meu nível de consciência permita a percepção de meus limites e de minha potencialidade nos contextos em que vivo. Só quando eu me conhecer razoavelmente estarei preparado para conhecer e aceitar as potencialidades e limitações dos outros. E só então iremos interagir como pessoas plenas, motivadas por estímulos totalmente diferentes dos bem conhecidos por todos nós, hoje: medo e pressão.
É preciso ter passado pelos processos de mudança para sermos capazes de repassar aos outros nossas experiências. Na pessoa que já as vivenciou, o discurso não fica só nas palavras. Baseia-se na vivência e, por isso mesmo, lhe confere credibilidade. Essa é a diferença. É preciso, antes, dizer ?eu? para poder, com credibilidade, dizer ?nós? e ser um fator humano capaz de facilitar ou provocar a mudança em outros fatores humanos. Facilitar ao outro a consciência de suas habilidades e a percepção de suas limitações é servir de ponte entre o passado e o futuro. É preencher a figura do ser humano e profissional que gera o diferencial competitivo.
A ausência da parada necessária para reflexão sobre como as mudanças estão afetando a nós e ao ambiente onde trabalhamos ou mesmo onde vivemos, nos torna apenas meros observadores passivos, ao invés de participantes engajados nos diversos processos. Provoca a deficiência do autoconhecimento, tira-nos a visão estratégica do futuro e nos leva à falta de comprometimento e de envolvimento, atributos indispensáveis para fazer a diferença.