Os revolucionários setoriais adotam como ponto de partida todo um conceito de negócio, em vez de determinado produto ou serviço. Esses revolucionários reconhecem que a competição não mais se trava entre produtos ou serviços, mas sim entre conceitos de negócios concorrentes.

Os revolucionários setoriais não ficam só à margem; eles explodem velhos modelos de negócios e criam novos.

Na maioria das empresas, a convocação por “mais inovação” é interpretada como apelo por novos produtos ou por novas características em velhos produtos. Mas isso não é inovação de um conceito de negócio – é inovação linear, focalizada em componentes do modelo de negócio.

A noção de que estratégia é “fácil” decorre do pressuposto errôneo de que planejamento estratégico tem algo a ver com elaboração de estratégia.

Atribuir aos planejadores a responsabilidade pela criação da estratégia é como pedir ao pedreiro que esculpa algo como a Pietá de Michelangelo.

Os visionários são visionários para sempre. Poucos são capazes de imprimir sua marca numa segunda visão.

O Vale do Silício, solo fértil de revolucionários setoriais, também é o cemitério de empresas de uma só estratégia. Você é capaz de pensar além de novos produtos e novos serviços, além de inovações capazes de atender às necessidades dos clientes de maneira não convencional?

Você é capaz de imaginar formas não ortodoxas de revigorar o conceito de negócios existente? É você é capaz de ser não-linear?

A inovação do conceito de negócio parte da premissa de que a única maneira de escapar do rolo compressor da hipercompetição, pelo menos temporariamente, é construir um modelo de negócio tão diferente dos precedentes que os concorrentes tradicionais fiquem em polvorosa. Nos casos mais eficazes, a inovação do conceito de negócio deixa os concorrentes perplexos, retorcendo-se por dentro: se abandonarem seus modelos de negócios testados e comprovados, correm o risco de sacrificar seu negócio essencial para acabar em segundo lugar num jogo que não inventaram, com regaras que não compreendem; contudo, se não aderirem ao novo modelo, renunciam ao futuro. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come – essa é a inovação do conceito de negócio em sua melhor atuação.