TIMES DE ALTA PERFORMANCE NAS ORGANIZAÇÕES

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Cada vez mais, sentimos a necessidade de ampliar o alinhamento estratégico das organizações, direcionando esforços, não só para o posicionamento de produtos e mercado, mas também considerando, de forma mais verdadeira e profunda, as pessoas e sua performance para atender as metas e desafios traçados. Caderno Especial nº 02

Times de Alta Performance nas Organizações
Liderando, Desenvolvendo e Valorizando Pessoas

Cada vez mais, sentimos a necessidade de ampliar o alinhamento estratégico das organizações, direcionando esforços, não só para o posicionamento de produtos e mercado, mas também considerando, de forma mais verdadeira e profunda, as pessoas e sua performance para atender as metas e desafios traçados. Para isto, alinhar caminhos, preparar e acompanhar pessoas, numa visão integrada de resultados individuais e coletivos, têm sido desafiador para as lideranças.

Liderança de possibilidades

O líder deve ser capaz de focar a sua atuação no desenvolvimento das pessoas, levando em conta seus interesses, motivações e talentos e também direcionar esforços para metas e resultados da organização. Quão bem este alinhamento é feito, influenciará os resultados pessoais e organizacionais. E quais são as possibilidades de realização que cada membro da equipe busca para si? Este não é um desafio simples, mas é constante para os líderes – harmonizar os interesses de pessoas e negócios para atrair o melhor para ambos.

Quais são as melhores contribuições que cada um pode trazer para a organização e para a sua vida?

Empresa é um lugar de realização pessoal, como qualquer outra parte da vida de uma pessoa – escola, lar, trabalho social, comunidade religiosa, conjunto musical, etc. Como cada um pode dar a sua contribuição é uma questão de descoberta. Esta é uma importante atuação “coaching” do líder, tanto no aconselhamento de carreiras, como no acompanhamento e desenvolvimento da performance.

Num mundo de muitas pressões, prazos e cobranças, por muitas vezes, os líderes têm perdido a profundidade da tarefa de liderar pessoas e invertido a sua atuação. Parece que dirigem muito melhor as ?coisas? do que as ?pessoas?. Essa inversão tem trazido decepções e frustrações para as equipes e, aquilo que existe de mais divino no trabalhar, significando também realizar, conquistar – envolvendo o aprender, conviver, experimentar ?, algumas vezes está sendo substituído simplesmente por alcançar ou atingir. A verdade é que o realizar envolve mais porque coloca o time no papel de conquista, enquanto o alcançar ou atingir se restringem a obrigações e tarefas.

Temos ouvido algumas frases feitas, do tipo “já fiz a minha parte”, demonstrando que muitos ainda não encontraram a sua melhor forma de contribuir e, por isso, ainda estão fazendo simplesmente “a sua parte”.
Neste jogo, empresa e times estão perdendo – energia, motivação, potencial, tempo, dinheiro e possibilidades.
Os líderes de pessoas têm aprendido que, antes de tudo, é preciso encontrar em cada membro do time aquilo que faz brilhar os olhos, aquilo que chamamos motivação, exatamente o que nos faz lutar, buscar, exceder, realizar.

A organização é e pode ser cada vez mais este espaço de realização, o que não significa deixar de focar resultados, metas, mercado, clientes, significa apenas iniciar pela essência, pois tudo o mais será conseqüência.

Identificando os líderes

Por tudo isto, mais do que nunca, as empresas precisam cuidadosamente identificar seus líderes buscando perfis, muito mais relacionados a características humanas de sociabilidade do que críticos e teóricos de mercado, que muitas vezes invertem a ordem entre pessoas e “coisas”.

O que é isto? Como fazer?

Quanto uma organização é capaz de comunicar seu objetivo a ponto de fazer fluir a contribuição vital e expressiva de todos os membros de seus diversos times?

Esta vibração chega quando cada um se empenha em fazer algo significativo e que pareça extraordinário. Quando os valores de uma organização “batem”, ou melhor, coincidem com os valores pessoais da maior parte de seu público – interno (funcionários/colaboradores) e externo (mercado/clientes, etc.) ? por certo, muitos pontos de contato podem ser estabelecidos e um alinhamento de interesses acontece.

Quanto mais coerência for percebida entre o “discurso” e a “prática” diária dos valores da organização, mais fácil será de “contagiar” e seguir o exemplo. Os valores de qualquer organização são testados na prática diária e consistente da liderança. Quanto melhor e mais constantemente as metas, a visão e os valores são comunicados e discutidos, mais se tornam parte do dia-a-dia de cada um, despertando a “vibração” por fazer algo extraordinário para si mesmo (auto-realização), para os clientes (visão de mercado/foco do cliente) e para a comunidade onde a organização está inserida (responsabilidade social).

Líder que chama à paixão e não ao medo

São antigas as histórias sobre expectativas – olhar o copo meio cheio ou meio vazio, olhar a crise como ameaça ou oportunidade, sobre a venda de calçados aos indígenas, entre outras ?, mas apesar de conhecidas, o líder voltado às pessoas e suas realizações precisará, constantemente, liderar pelas possibilidades de cada membro do time, buscando suas paixões, sua identidade e não focando as restrições e ameaças.

Muitas organizações investem tempo e dinheiro em processos complexos para selecionar ou treinar profissionais, mas nem sempre se preocupam em encontrar aqueles que têm perfis pessoais de identidade com os valores, os produtos, ou os serviços que são oferecidos aos seus clientes. Isto é básico e é essência. Quando não há um alinhamento interno – dentro do indivíduo – não existe coerência, e a conseqüência fatalmente será um “sofrimento” ou um ?grandioso esforço? que não traz os melhores resultados possíveis, se não existe o “eco” interior entre o discurso e a prática. Sem um significado maior, o trabalho, a tarefa, a meta ou o projeto ficam sem sentido. Alinhar valores e trabalhar sempre com a ética é essencial.

Metas e objetivos claros, guiados por uma visão consistente

De fato, a capacidade de liderar pessoas, por si só, pode não fazer toda a diferença. As organizações que têm líderes “fortes” são aquelas que comunicam com clareza uma visão consistente, em que todos compreendem as metas e objetivos, o seu próprio papel no curto e no longo prazo e se sentem comprometidas, envolvidas e apaixonadas por isto.

As emoções que estão envolvidas na relação entre as pessoas e o ambiente precisam ser realçadas e levadas em conta. Essas emoções têm sido agrupadas numa “gaveta” chamada de espiritualidade e, numa profundidade muito menor do que o próprio termo supõe, elas podem e devem ser estimuladas em favor do trabalho, do ambiente e da relação entre as pessoas. Falamos aqui da alegria, da graça, da plenitude, da paixão, da compaixão, entre tantas.

O líder harmonizando

Como um regente de orquestra, o líder não está tocando a música, ou qualquer instrumento, mas sim, sintonizando os músicos; cada um com seu próprio instrumento – para que soem juntos de forma harmonizada. Cada um conhece bem a sua parte, treina e faz o seu trabalho, mas seu resultado só é percebido e valorizado quando em harmonia com os demais. Assim, na organização cada divisão executa suas estratégias, direciona seus planos, sem contudo perder de vista a “nota” inicial dada pelo Regente.

No momento em que todas as divisões se unem e o produto chega ao mercado, o cliente “ouve” a harmonia entre Vendas, Marketing, Publicidade e Propaganda, Supply Chain, Produção, Finanças, RH, etc. E, então, pode “saborear” ou “deleitar-se” ao som harmonioso de uma orquestra afinada.

As pessoas que têm paixão pelo “instrumento que tocam?, treinam e se aperfeiçoam a cada dia para dar o melhor de si. Cada uma espera que, no conjunto da orquestra, o seu instrumento soe em harmonia.

Paixão musical na organização

Podemos ter esta paixão “musical” na organização quando temos líderes que despertam em seus times o prazer pelo resultado, como obra final de um trabalho de cada indivíduo na realização do seu melhor, na descoberta de suas próprias possibilidades alinhadas com as possibilidades oferecidas.

Precisamos ter líderes voltados para o desenvolvimento de seus times, considerando cada vez mais as pessoas e suas possibilidades. Precisamos de organizações que tenham mais líderes de pessoas que tragam resultados e menos líderes “tarefeiros” que busquem resultados “apesar” das pessoas, não investindo em desenvolver e treinar.

Sem dúvida, alguns pressupostos básicos para as organizações precisam incluir: redefinição de seu perfil de liderança, seleção por identidade com valores, missão, visão e princípios definidos, resultados divulgados e celebrados, metas e objetivos claros – comunicados, acompanhados e avaliados, feedback e coaching constantes, avaliação e aconselhamento de performance, reconhecimento e celebração das conquistas.

Embora revestido de alguma teoria, temos concluído na prática que tudo está influenciando diretamente na performance, no clima, na cultura e nos resultados dos negócios.

Líderes, times, avaliações e resultados

Nossas observações no dia-a-dia de diversas organizações, em workshops de Team Building, com atividades mais comportamentais, ou em Programas de Avaliação de Desempenho, Treinamento de Atendimento a Clientes ou Formação de Líderes, acompanhamentos através de Coaching e outros aconselhamentos profissionais, nos fazem concluir que pessoas mais “engajadas”, mais identificadas com seu papel, fazem seu trabalho de forma alegre, bem humorada, radiante e falam com paixão e entusiasmo de suas experiências, seja com clientes, em atendimentos telefônicos, no Call Center ou pessoalmente, atendendo queixas, ou levando esclarecimentos, ou ainda fechando pedidos de vendas.

Percebemos também líderes atentos e dispostos a acompanhar, desenvolver seus funcionários em direção aos objetivos, considerando as possibilidades de cada um e o seu melhor lugar de contribuição. Essa ação de liderança é identificada e percebida nos membros da equipe e os respectivos resultados individuais e coletivos.

A preocupação em bem avaliar cada membro da equipe, considerando a sua participação no resultado geral, sem perder de vista a sua motivação, faz com que liderar não se torne uma atividade automática ou apenas burocrática e administrativa, mas lembra que existe algo bem maior que precisamos considerar, pois a forma pela qual essa liderança é exercida ou como recebemos uma liderança sobre nossa vida, influencia em muitas áreas, não só a profissional.

Estar consciente desse papel da liderança e sua amplitude faz diferença no ambiente, nos resultados, nas possibilidades de crescimento e sucesso de pessoas e organizações.

Fonte: Ana Maria Rédua Giamarino é consultora e diretora da Giamarino – Desenvolvimento e Valorização de Pessoas e professora de gestão de pessoas credenciada e homologado pelo Management Institute da Robins School of Business da University of Richmond. Atua no desenvolvimento de lideranças e alinhamento de times nas organizações.

Contatos
Giamarino ? Desenvolvimento e Valorização de Pessoas.
Homepage: www.giamarino.com.br.
E-mail: ana@giamarino.com.br.
Fone/fax: (11) 5565-2008.
TDC ? University of Richmond.
Homepage:www.tdccap.com.br.
E-mail: contato@tdccap.com.br.
Fone/fax: (11) 5083-1976.

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