A internet perdeu fôlego, as bolsas de valores estão sofrendo duras perdas, o dólar infla, corporações globais geram seus próprios números e os investidores estão fugindo com medo de serem lesados. Mesmo sob um regime democrático e um sistema capitalista, vivemos dias de incertezas. Qual é o futuro da economia global? A internet perdeu fôlego, as bolsas de valores estão sofrendo duras perdas, o dólar infla, corporações globais geram seus próprios números e os investidores estão fugindo com medo de serem lesados. Mesmo sob um regime democrático e um sistema capitalista, vivemos dias de incertezas. Então, muitos se perguntam: Qual é o futuro da economia global?
Assim como tem sido em nossa história, o dinheiro é o centro das atenções e tem movido quase tudo a nossa volta. A democracia como sistema de governo predominante no mundo adotou o capitalismo como força motriz da vida humana o que inevitavelmente concluí-se que o mundo está cada vez mais materialista.
No mundo acadêmico a economia é a disciplina que trata principalmente do cerne do capitalismo, isto é, o dinheiro. Nestes anos todos, em que estudiosos proeminentes do mundo econômico estabeleceram suas teorias econômicas, assistimos acertos e erros – o que é inerente a qualquer atividade humana. Atualmente é comum aceitar que na recente história contemporânea a economia divide-se em três grandes movimentos, a saber: primeiro a chamada economia industrial, segundo a economia de escala e terceiro a economia de redes (network).
A citada economia de redes (network) é que está mais intimamente ligada ao que conhecemos hoje como economia global ou simplesmente chamada de globalização. Desde então, vivenciamos momentos iniciais de entusiasmo, uma vez que a premissa da globalização traria uma proximidade entre todas as nações e tal conceito traria consigo inúmeras possibilidade de ampliar os negócios , uma vez que o mundo todo passa a ser um mercado único.
No entanto, na prática observamos outro comportamento, ou seja: ainda há grandes choques culturais; economias frágeis de nações subdesenvolvidas e em desenvolvimento; barreiras protecionistas de países ricos; especulação; investidores pulverizados em bolsas de valores; sistemas previdenciários falidos e insustentáveis do ponto de vista matemático-financeiro; negócios escusos; sistema financeiro lastreado em confiança e risco; entre outros componentes. A soma de todas estes componentes gera muitas variáveis e a maioria delas não possuem mecanismos padronizados de controle para evitar um colapso da economia global. Por isto, vemos gente desesperada o tempo todo para defender seu dinheiro, seja um governo, uma comunidade ou simplesmente uma pessoa. A proteção dos interesses de cada nação ou pessoa pode levar a bancarrota todo o sistema capitalista, e o pior é que isto pode acontecer como num efeito dominó.
Como em todo sistema, seja orgânico ou não, sempre temos sinais que servem de alerta para tomarmos providências. O primeiro relevante sinal foi há pouco tempo atrás com a excessiva valorização de ações de empresas de tecnologia, especialmente as de internet – havia um generalizado comportamento mecânico em acreditar que a internet resolveria todos os problemas, a bolha estourou e muita gente perdeu dinheiro. O segundo relevante sinal estamos presenciando agora com as descobertas de balanços fraudulentos de grandes corporações para valorizarem suas ações nas bolsas de valores – agora que se revela tal prática escusa, notamos o medo que cerca os investidores que mais uma vez são lesados.
Olhando para estes fatos, certamente isto gera no investidor uma desconfiança ainda maior em relação aos riscos, os calotes e o melhor lugar para se investir. Tudo isto é um comportamento humano muito próximo do desespero, da falta de rumo e até mesmo da loucura. A perda da confiança no sistema pode causar estragos de proporções muito maiores do que ocorreu no passado com a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929.
Um sistema econômico capitalista só é sustentável quando estão presentes o seguintes fatores: investimento, produção, renda e consumo. Hoje, quase todo mundo sabe disto, porém, quando olhamos para o Brasil não vemos investimentos, a produção está estagnada, a renda está mal distribuída e por isto não temos uma população com renda suficiente para o consumo. Somente este consumo pode fazer com que nossa economia cresça e gere riqueza.
Quanto ao mundo capitalista globalizado, vale a mesma regra. A única ressalva para evitar o desmantelamento do sistema é a criação de regras rígidas de controle e de participação. O mundo como um mercado global representa um grande bolo e a divisão clara das fatias pode determinar para economia um futuro de falência ou de crescimento global.
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