Por muito tempo, pessoas debateram se os líderes nascem prontos ou são construídos. E, nesse debate, entra a inteligência emocional. Por muito tempo, pessoas debateram se os líderes nascem prontos ou são construídos. E, nesse debate, entra a inteligência emocional. Certas pessoas são carismáticas, transmitem suas mensagens bem, emocionam e inspiram. Será que tais características são natas?
Ambos. Pesquisas, inclusive algumas lideradas pelo psicólogo Daniel Goleman, autor da teoria da Inteligência Emocional, indicam que sim, certas características inerentes à inteligência emocional nascem com o indivíduo. Porém, muitas pessoas também nascem com maior destreza nas mãos ou maior coordenação entre olho e mão. Isso não significa que apenas essas pessoas possam ser cirurgiãs. Ajuda, mas não é tudo.
Uma coisa porém, é certa: a inteligência emocional aumenta com a idade e a experiência. E, acima de tudo, a capacidade de aprender. Se você não costuma exercitar sua mente aprendendo algo novo periodicamente, vai se tornar mais e mais difícil mudar. Sem mudança, não há melhoria na sua inteligência emocional.
Assim como seus músculos, seu cérebro, o lar da inteligência emocional, também necessita de exercício. É função do líder fazer com que todos ? e ele mesmo ? pratiquem esse exercício, lutando contra a rotina, permanentemente desafiando todos a tentar algo a mais, algo diferente. E a palavra-chave é permanentemente, pois nada é tão chamativo ou confortável como uma boa rotina.
Aprendendo sempre. Imagine um profissional que necessita ser mais empático com seus colegas. Para desenvolver essa característica ele tem que, primeiramente, saber ouvir. Provavelmente essa pessoa está acostumada a interromper ou imaginar uma resposta enquanto os outros estão falando, entre muitas atitudes que a impedem de ouvir corretamente. É necessário mudar, mas o profissional deve querer, estar motivado para isso. Há algumas maneiras de se fazer essa transformação:
- Colocar o profissional para observar outras pessoas da empresa que, sabidamente, escutam bem;
- Combinar um sinal com um membro da equipe ou secretária para que ele saiba que está interrompendo as outras pessoas ou não ouvindo bem de alguma maneira.
Com alguma paciência e persistência, esse processo pode funcionar e aquele profissional terá sua inteligência emocional aumentada.
É importante notar que uma palestra ou um livro não vão fazer diferença se você quiser melhorar sua inteligência emocional, da mesma forma que ir uma vez a uma academia não faz ninguém ficar em forma. É preciso persistir, estabelecer um programa de mudança para aumentar sua inteligência emocional. Algumas dicas:
- Mencione à sua equipe a necessidade de mudar, de melhorar a inteligência emocional de cada um.
- Veja quem está comprometido e motivado a mudar. Você está mexendo com o que as pessoas são, não é algo que possa ser imposto.
- Arranje modelos de conduta que possam ser imitados.
- Filme uma reunião. Quando as pessoas se vêem agindo, podem mais facilmente perceber o que precisa ser mudado.
- Persista, persista. Uma melhoria só é implantada se posta em prática todos os dias.