CPID: a métrica que separa vendas rentáveis de vendas que quebram a empresa

CPID a métrica que separa vendas rentáveis de vendas que quebram a empresa

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“Você pode estar pagando comissão para vendedores que dão prejuízo.”

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Faturamento alto não significa lucro. Descontos exagerados e incentivos mal estruturados podem estar corroendo seu caixa, e você nem percebe.

Responda a este questionário rápido (10 perguntas) e descubra se sua equipe está realmente trazendo dinheiro para dentro da empresa ou apenas inflando números.

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Parece duro, mas é a realidade de muitas empresas. Pagar comissão apenas pelo volume é como premiar quem acelera um carro sem volante: parece impressionante, mas basta uma curva para tudo sair da pista.

Esse é o dilema que a maioria das empresas ignora. Continuamos incentivando vendedores pelo faturamento bruto, sem medir o que realmente interessa: quanto sobra de verdade no caixa.

A régua está errada, e é aí que entra o Cost Per Incremental Dollar (CPID).

Por que o CPID é importante?

O CPID mede o custo para gerar cada dólar adicional de receita líquida.

Não é um conceito acadêmico distante: trata-se de calcular o que custou para trazer cada real novo para dentro da empresa, incluindo descontos, incentivos e comissões.

Fórmula simples:

CPID = Custos totais de incentivo ÷ Receita incremental líquida

Exemplo: R$ 10.000 (comissões + prêmios) ÷ R$ 50.000 (receita líquida nova) = 0,20 ou 20%.

O peso disso é enorme, estudos de Harvard indicam que os custos com força de vendas representam em média 10% da receita das empresas nos EUA, podendo chegar a 40% em negócios B2B complexos, com mais de US$ 200 bilhões anuais só em remuneração (Harvard Business School, 2020).

E tem mais: a McKinsey mostrou que ajustes inteligentes em remuneração têm 50% mais impacto no crescimento de vendas do que investimentos equivalentes em publicidade. Em outras palavras, mudar a forma como pagamos os vendedores pode valer mais do que turbinar o marketing.

Sintomas de que o seu modelo está ultrapassado

Nos últimos 30 dias, talvez você tenha visto esses sinais:

  • Comportamentais: vendedores oferecendo descontos de 20% ou mais para “empurrar” pedidos no fim do mês.
  • Processuais: reuniões de forecast que celebram faturamento, mas ignoram margens.
  • Emocionais: equipes divididas entre “heróis de volume” e “defensores da rentabilidade”, sem clareza de qual perfil é valorizado.
  • Silenciosos: grandes vendas anunciadas com festa, que depois viram dor de cabeça na controladoria.
  • Financeiros: celebramos recordes de faturamento em trimestres que terminaram com lucro menor que o anterior.

Esses são sintomas de uma cultura que mede o que é fácil, não o que é certo.

Onde o volume puro erra

Premiar só o volume gera o chamado perverse incentive, quando a recompensa estimula comportamentos que prejudicam o objetivo real.

O vendedor é levado a fechar qualquer negócio, não o negócio certo.

Na prática, isso se manifesta de forma previsível:

Uma indústria de equipamentos premiava sua equipe pelo faturamento trimestral.

O resultado foi que nas últimas semanas do trimestre, aconteceu a famosa “chuva de descontos” de 25% para “fechar meta”. O faturamento subia, mas a margem evaporava.

Quando a empresa trocou o modelo por CPID, os vendedores passaram a negociar prazos, contratos de manutenção e upsell de serviços, mantendo margens e construindo relacionamento de longo prazo.

O poder dos incentivos bem desenhados

Não se trata de eliminar recompensas, mas de desenhá-las com inteligência. Dados do setor mostram que:

  • 79% das empresas atingem seus objetivos quando oferecem a recompensa certa (Extu, 2023).
  • Programas bem estruturados elevam a performance em até 44% (Extu, 2023).
  • Incentivos com viagens e experiências geram ROI médio de 112% e aumentam a produtividade em 18% (Brightspot Incentives, 2022).
  • Ainda assim, só 21% das empresas dizem estar satisfeitas com seus planos de incentivo atuais (Canidium, 2022).

Ou seja: o potencial é enorme, mas a execução é falha. A falta de métricas de rentabilidade (como o CPID) explica por que tantos programas de incentivo desperdiçam dinheiro.

Comparando os modelos

CritérioModelo Volume PuroModelo CPID (incremental)
Métrica de sucessoFaturamento brutoReceita incremental líquida
Estímulo geradoVender qualquer coisaVender o que vale a pena
Risco centralDescontos destrutivosRequer dados financeiros claros
ROI possívelDifuso e difícil de medirPrevisível (3:1 em programas robustos)
Cultura geradaHeroísmo de curto prazoSustentabilidade de longo prazo
Exemplo absurdoMedalha para quem “vende gelo” com prejuízoTroféu para quem recusa gelo e fecha água mineral com margem saudável

#parapensar: bonificação sem CPID é como dar medalha para quem correu rápido… mas na direção errada.

Aplicação prática | Desafio da semana

Teste o CPID em pequena escala. Escolha um produto, serviço ou região e:

  1. Mapeie custos de incentivo (comissão, premiações, descontos concedidos).
  2. Calcule a margem líquida das vendas naquele período.
  3. Divida o resultado incremental pelo custo do programa de incentivo.
  4. Compare com outros setores da empresa.
  5. Compartilhe os dados com a equipe, mostrando de forma transparente: “para cada R$ 1 pago em incentivo, recebemos R$ X líquidos no caixa”.

Prazo: 15 dias para coletar dados, 7 dias para análise.

Meta inicial: Baixar o CPID em 10%.

Esse exercício muda a conversa do “quanto vendemos” para “quanto realmente ganhamos”.

CPID não é só métrica, é mudança de mentalidade

No fim, a escolha é simples: continuar premiando quem traz volume sem valor, ou redesenhar o jogo para premiar quem deixa caixa.

O CPID não é só uma métrica, é uma mudança de mentalidade.

A pergunta que fica é: você vai continuar premiando velocidade sem direção, ou começar a medir o que realmente importa para o caixa da empresa?

Preencha o questionário de autoavaliação que preparamos.

Em poucos minutos, você terá um diagnóstico claro de como sua política de incentivos está impactando a lucratividade e descobrirá se está premiando vendas que geram valor ou só inflando os números.

Aqui está o link (mandarei um relatório personalizado caso tenha interesse): https://forms.gle/Z2Z6b6nAjjAhzvf28

Num ambiente competitivo como o de hoje, todos os indicadores precisam ser revisados, melhorados e alinhados.

Abraços analíticos e alinhados, boa $emana e boa$ venda$,

Raul Candeloro
Diretor
VendaMais

P.S. Caso queira receber seu relatório personalizado, preencha a pesquisa ok? Usamos ferramentas de IA com prompts que desenvolvi pessoalmente e com certeza podemos ajudá-lo a melhorar seu CPID. https://forms.gle/Z2Z6b6nAjjAhzvf28

PS2: Se está com pressa, este é um assunto crítico e já quer pular esta etapa para agir na situação: não pule esta etapa. Responda o questionário e vamos poder ajudá-lo muito mais rapidamente. (E já aprenda a parar de ficar pulando etapas!). https://forms.gle/Z2Z6b6nAjjAhzvf28

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