Cristiane R. da Costa – O lado feminino da Tupperware

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Vendedora, inteligente e bem-sucedida. Este foi o perfil que procurávamos, quando decidimos sobre a entrevista do mês de novembro, neste espaço criado especialmente para o vendedor. Encontramos, no entanto, muito mais qualidades na nossa entrevistada, Cristiane Raeder da Costa, de 23 anos, revendedora e gerente de vendas da Tupperware. Formada em Farmácia e Bioquímica, Cristiane resolveu se dedicar exclusivamente às vendas e ao acompanhamento de sua equipe. Tanta dedicação lhe garantiu uma escalada hierárquica extremamente rápida. Em apenas cinco anos, gerência uma equipe de vendas, obteve diversos prêmios, inclusive viagens, e o que é melhor, alcançou, com disse ela, “a tão sonhada independência financeira”. Por tudo isso, Cristiane preferiu tornar-se vendedora autônoma filiada à Tupperware, onde obteve rápida ascensão profissional, do que arriscar numa carreira de retorno financeiro mais demorado, como bioquímica. Conheça, nesta entrevista, o dia-a-dia desta supervendedora e saiba como ela escalou a trilha do sucesso.

Técnicas de Venda (r) – Como foi seu início na Tupperware?

Cristiane R. da Costa – Conheci a Tupperware através da minha mãe, que era revendedora executiva. Ajudava no trabalho de gerenciamento da sua equipe, e também na organização das reuniões e demonstrações do produto. Resolvi entrar como revendedora aos 17 anos, porque a possibilidade de crescimento profissional era muito grande.

Técnicas de Venda (r) – Como é o seu dia-a-dia de vendedora?

Cristiane R. da Costa – Diariamente procuro orientar a minha equipe de vendedoras e cuidar dos meus clientes marcando as reuniões demonstrativas. Procuro manter contato constante com os meus instrutores, para me atualizar sobre lançamentos, ouvir sugestões. Sempre faço uma auto-crítica sobre mim mesma, para reavaliar meu trabalho e melhorá-lo.

Técnicas de Venda (r) – Como você se organiza?

Cristiane R. da Costa – Uso constantemente o telefone para confirmar a agenda da semana, com minhas clientes. Isso facilita, e muito, o contato, inclusive, com a minha equipe. À tarde e à noite, normalmente, faço a demonstração domiciliar dos produtos, onde a cliente (anfitriã,), me recebe com suas convidadas. Acaba se tornando um trabalho em parceria.

Técnicas de Venda (r) – O que é mais difícil: vender para o público masculino ou para o feminino? Qual é o mais exigente?

Cristiane R. da Costa – Indiscutivelmente o homem é mais exigente. Muitas vezes ele questiona sua esposa por ter comprado produtos da Tupperware, e não aqueles que vendem em qualquer supermercado. Mas, quando eles entendem que a qualidade do nosso produto é muito superior aos que existem por aí, eles se tornam verdadeiros fãs da Tupperware.

Técnicas de Venda (r) – É mais difícil ser vendedora do que ser vendedor?

Cristiane R. da Costa – No Brasil, o sistema de revenda domiciliar ainda é complicado para o trabalho de um vendedor. Ainda persiste, em algumas clientes, certo constrangimento em trabalhar com homens, por causa dos ciúmes que poderiam provocar nos maridos. Já nos EUA, onde muitos tabus foram derrubados, existem vendedores trabalhando na Tupperware sem causar qualquer problema para as anfitriãs.

Técnicas de Venda (r) – Existe maior competitividade entre vendedoras ou é igual ao que ocorre entre os vendedores?

Cristiane R. da Costa – Existe bastante entre nos, vendedoras, e acho saudável que tenha, pois, no meu caso, e estimulante. Quando a competição existe, independentemente de ser entre homens ou entre mulheres, nos aperfeiçoamos para nos sobressairmos entre os demais; não há como se acomodar! E isso leva a conquista de novos clientes, sem, é claro, descuidar a atenção dos mais antigos. O cliente não tem dono, e se você o conquistou, ele será sempre seu.

Técnicas de Venda (r) – Você já se imaginou em algo fora da área de vendas?

Cristiane R. da Costa – Não consigo me imaginar em algo que não seja em vendas. Seguiria a carreira na empresa para passar a ser uma distribuidora, montando meu próprio negócio, dentro da Tupperware.

Técnicas de Venda (r) – Quais os benefícios que essa profissão ofereceu nesses cinco anos de vendas?

Cristiane R. da Costa – Experiência de vida, amadurecimento, retorno financeiro, alegrias e muitas amizades.

Técnicas de Venda (r) – A flexibilidade que a empresa oferece, quando por exemplo, permite reuniões agendadas por você, sem interferências, é positiva?

Cristiane R. da Costa – Acho extremamente positiva, principalmente porque muitas de nós têm outras atividades, além do trabalho. Para a classe feminina como um todo é um verdadeiro avanço.

Técnicas de Venda (r) – O que você diria para a concorrência?

Cristiane R. da Costa – Acho que não há concorrência no mercado – não encaro os outros produtos como meus concorrentes.

Técnicas de Venda – Que tipo de retorno você se compromete a dar à empresa?

Cristiane R. da Costa – Estabeleci uma meta: não fazer menos de seis reuniões semanais, o que significa que a cada semana cerca de 100 pessoas novas conhecem o meu produto. O que a Tupperware estabelece é um número menor de demonstrações, cerca de quatro. Mas, tendo condições de trabalhar mais, faço mais, porque sei que o retorno financeiro vai ser maior

Técnicas de Venda (r) – Quanto isso significa?

Cristiane R. da Costa – Significa ganhos de, em média, R$ 3 mil a R$ 4 mil. Isso pode aumentar dependendo do número de vendas que conseguirmos, tanto minhas quanto da minha equipe.

Técnicas de Venda (r) – Quais as maiores dificuldades com a profissão?

Cristiane R. da Costa – O que eu vejo, por exemplo, gerenciando uma equipe é que muitas pessoas não têm a força de vontade que gostaria que tivessem. Não reconhecem o esforço e o tempo gasto nelas. Como vendedora, observo que muitas pessoas ainda nos tratam como “sacoleiras”, com um preconceito absurdo, porque nossa profissão não dá “status”.
Técnicas de Venda (r) – Como você faz para motivar-se?

Cristiane R. da Costa – A minha motivação vem do próprio trabalho, do que posso conseguir com ele. O maior exemplo de motivação são meus pais, que quando pequena, ensinaram-me a buscar no trabalho a independência financeira.

Técnicas de Venda (r) – E qual orientação você dá sua equipe para motivá-la?

Cristiane R. da Costa – Procuro fazer com que elas vejam o que eu consegui com meu trabalho e o que elas podem ainda conseguir. Promovo competições entre elas, dando objetivos e recompensas – o que sempre dá resultados positivos. Mas deixo claro que, quanto mais nos unirmos, mais conseguiremos resultados satisfatórios.

Técnicas de Venda (r) – Quais as sete qualidades essenciais para um vendedor obter sucesso em sua carreira, em ordem de importância?

Cristiane R. da Costa – Honestidade, simpatia, competência, auto-confiança, credibilidade no produto, criatividade e auto-crítica.

Técnicas de Venda (r) – Que prêmios que você já recebeu?

Cristiane R. da Costa – Foram vários, desde produtos da Tupperware até eletrodomésticos, fogão, microondas; um verdadeiro enxoval. Também já viajei para outros estados, presenteada pela empresa.

Técnicas de Venda (r) – Qual o treinamento que a empresa oferece aos revendedores?

Cristiane R. da Costa – Semanalmente existem reuniões de treinamento para nos inteirarmos dos novos lançamentos e das novas promoções. Existem, ainda, seminários fechados para a empresa, e a utilização de vídeos de treinamento.

Técnicas de Venda (r) – O que você acha inaceitável em um vendedor?

Cristiane R. da Costa – Desonestidade, mesquinhez e egoísmo.

Técnicas de Venda (r) – Sendo você uma supervendedora, que qualidade você possui que levou a esse sucesso?

Cristiane R. da Costa – Simplesmente força de vontade!

TUPPERWARE BRASILEIRA É A 4ª NO MUNDO

Fabricante de produtos plásticos atóxicos para conservação de alimentos, toalete, kit de costura, “camping” e também brinquedos educativos, a Tupperware, do grupo americano Premark, é uma empresa que utiliza o sistema de revenda domiciliar. Instalada no Brasil há 19 anos, a empresa passou a ocupar a 4ª posição mundial entre os 87 países onde possui filial, perdendo para os Estados Unidos, Alemanha e Japão.

A linha de produtos para cozinha, forte da marca, possui mais de 100 itens que, segundo a distribuidora Irene Correia Meio Almeida, representam 90% da venda total dos produtos da sua região. “A qualidade do produto é insuperável, por isso somos líderes; servimos de modelo para as imitações que existem no mercado”, garante Irene. A Tupperware, presente em quase todos os estados no País, estima faturar até o final do ano cerca de US$ 200 milhões.

Motivos não faltam para explicar tamanho sucesso, mas sem dúvida a força de vendas da Tupperware, formada em sua maioria por revendedoras, é uma das razões de peso. “São 83 mil mulheres com as seguintes características mais ou menos em comum: entusiasmo, pontualidade, obstinação e positivismo”, afirma Irene. A possibilidade de ascensão na carreira é outro fator que estimula as vendas, vez que as revendedoras passam para hierarquias superiores, com ganhos também maiores.

Até o próximo ano, a empresa pretende atingir todos os estados brasileiros, num plano de expansão, segundo Irene Almeida, de proporções “gigantescas”, inclusive com o lançamento de novos produtos. Para isso, cogita-se ampliar a fábrica, localizada no Rio de Janeiro.

Presente também em ações voltadas ao menor carente, a Tupperware está lançando a campanha “Dê Uma Chance A Uma Criança”, onde cada unidade vendida da Mamadeira Anatômica Tiquititos, produto lançado em outubro deste ano, destinará R$ 0,50 à

Fundação Abrinq.

A empresa possui ainda uma linha exclusiva para o consumidor (SAC) 0800.114080, que esclarece dúvidas sobre o uso dos produtos e também atende solicitações dos clientes.

A Tupperware oferece garantia de 10 anos em seus produtos contra qualquer defeito de fabricação.

Entrevista realizada por Ana Navarro

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