Como coach e palestrante de Alta Performance, tenho trabalhado bastante o conceito do “Por quê” – o seu reasonwhy.
Comecei a prestar atenção no “por quê” depois de assistir a uma palestra do Simon Sinek no www.ted.com e de ler seu livro (Por quê, Editora Saraiva), na qual ele explica que muitas vezes falamos sobre o que precisa ser feito (What), como precisa ser feito (How), mas não falamos sobre o Why (Por quê).
Uma meta sem um por que é, invariavelmente, uma meta fraca – seja profissional ou pessoal.
Por exemplo, outro dia um amigo comentou comigo: “Inscrevi-me em um curso de inglês”.
“Que bom”, falei. “E por que decidiu falar inglês?”.
“Ah… porque precisa, né? Sem saber inglês complica, não dá”.
Não dá o que, exatamente? Complica o que, exatamente?
Quando questionei mais a fundo, essa pessoa me explicou que várias pessoas da empresa começaram a fazer inglês e que ele, para não ficar para trás, inscreveu-se também.
Note que o “reasonwhy” é muito, muito fraco. Essa pessoa tem altíssima probabilidade de desistir já no primeiro semestre do curso. Simplesmente porque não tem um grande motivo para ir para a aula.
Mesma coisa com dieta. As pessoas começam dietas sem saber exatamente por que estão fazendo aquilo. Aí não tem dieta que dure.
Se você não tem uma razão muito forte, um “por que” forte, vai desistir quando surgir a primeira dificuldade.
Outra falha que é comum e causa de baixa performance é assumir metas de outros como se fossem suas.
Por isso, metas impostas pela empresa têm baixa taxa de sucesso se a equipe realmente não se engajar no alcance da meta como se fosse SUA meta.
Se um gerente chega para dez vendedores e diz: “Pessoal, sua meta para este mês é 50.000”. Quantos de verdade vão assumir, 100% de verdade, essa meta como sua?
Dois ou três. Outros três ou quatro vão até se esforçar e tentar. Mas já de cara teremos dois ou três que vão questionar a meta, dizer que é impossível (mesmo com um colega ao lado fazendo e conseguindo), dizendo que no seu caso é diferente, etc.
Ou seja, com uma boa parte do seu cérebro trabalhando CONTRA a meta, e não a favor.
Por quê? Porque não tem um bom “reasonwhy”.
Existem basicamente seis “reasonwhy’s” na sua vida:
- Busca do ganho, do lucro, da vantagem e do benefício;
- Medo da perda;
- Medo do incômodo e do desconforto;
- Busca de status, reconhecimento e destaque;
- Realização;
- Crescimento pessoal.
Quer uma dica de Alta Performance?
Quando definir uma meta para você mesmo/a, defina sempre também um “reasonwhy” forte.
Ou seja, defina a meta e, imediatamente, defina por que exatamente você precisa atingir essa meta.
Mesmo que a meta lhe seja dada, de pronto torne-a sua com um bom “por quê”.
O que acontece de positivo se você conseguir alcançá-la? Quais os benefícios?
O que acontece de negativo se você não conseguir? Quais as consequências?
Quando você define a meta e logo em seguida um “reasonwhy” muito forte, sua chance de obter sucesso cresce muito.
Lembre-se sempre de questionar: “Por que quero isso?”. “Por que vou fazer isso?”.
E anote no papel, junto com sua meta. É uma ferramenta muito poderosa que lhe dá o foco e a persistência necessárias para lidar com qualquer dificuldade.
Uma dica simples de Alta Performance que você pode colocar em prática agora mesmo.