Eu sou um empreendedor?

Conheça as principais características do empreendedor, aquele que sabe perceber o cenário e arriscar, mas também calcular os riscos dos novos empreendimentos. O empreendedor nato sente uma oportunidade e já coloca a cabeça a funcionar, calculando e medindo as opções para determinar a validade ou não do novo empreendimento. Ou seja, ele sabe perceber o cenário, sabe arriscar, mas também sabe calcular os riscos desse novo empreendimento.

Um detalhe importante é que não “se mete” em ambientes que não conhece sem antes estar cercado de todas as informações e de pessoas que poderão ajuda-lo assessorar. Para sabermos quem é um empreendedor, devemos analisar os comportamentos empreendedores.

De acordo com José Feger, que elaborou a apostila Marketing Pessoal: Características de Comportamento Empreendedor, com base em pesquisa realizada nos Estados Unidos, é através dessas características que podemos identificar se uma pessoa age como empreendedora e quais comportamentos são mais utilizados. Com isso, é possível formar um empreendedor e melhorar as qualidades daqueles considerados natos.

Diz a pesquisa que é impossível que um empreendedor tenha todas as características ou as apresente ao mesmo tempo, porque isso depende do tipo de atividade que desenvolve e do ambiente em que atua. São características do comportamento do empreendedor:

  • Busca de oportunidade e iniciativa: sempre identificando novas oportunidades e fazendo-as sem ser solicitado ou pelas circunstâncias. Por exemplo, abrir novos pontos-de-venda.
  • Persistência: não desistir diante de obstáculos, mudando de estratégia, assumindo responsabilidade pessoal com grande empenho. Por exemplo, falta de fornecedores para a abertura de novos pontos de venda. Não espera sentado, vai atrás deles.
  • Comprometimento: fazer esforço extraordinário e até sacrifício pessoal, ajudando outros à conclusão das tarefas. Usar, muitas vezes, o tempo de lazer para a nova atividade.
  • Exigência de qualidade e eficiência: sempre encontra formas de fazer melhor, mais rápido e com custo menor, procurando sempre superar os padrões definidos ou preestabelecidos. É fazer o melhor possível com os recursos disponíveis.
  • Aceitar correr riscos calculados: avaliar as alternativas, calculando os possíveis riscos. Quando é possível interferir nos resultados, coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados. Mas somente corre riscos se tiverem condições de obter resultados.
  • Estabelecimento de metas: tem sempre metas desafiantes e com significado pessoal. Identificam seus planos com detalhes e a realização dos mesmos dá-lhes o sentimento de realização. São metas realistas e alcançáveis, mesmo com elevado grau de esforço.
  • Busca de informações: não sabendo, procuram pessoalmente as informações necessárias ao novo empreendimento, consultando pessoas que sabem mais do que eles.
  • Planejamento e monitoramento sistemático: toda atividade a ser feita, além de bem planejada, é dividida em partes, mas sempre com prazos definidos à realização delas, acompanhando sempre todas as etapas, revisando o planejamento e tendo registro financeiro, com os quais tomam as decisões durante e após cada etapa.
  • Manutenção da rede de contatos e capacidade de persuasão: sempre encontram formas de fazer novos relacionamentos, novas amizades. Quando necessário solicitam auxílio. Para conseguir esse auxílio desenvolvem capacidade de negociação e persuasão.
  • Independência e autoconfiança: pessoas firmes em suas decisões, mesmo diante de oposições ou de resultados negativos iniciais. São autônomos em relação a normas e procedimentos, mas não são teimosos, mudando de opinião caso sejam convencidos. Em muitas empresas podemos encontrar empreendedores e estes, sendo sufocados pela direção, que além de determinar ações que podem não levar ao sucesso ou ter um sucesso razoável, partem para outras empresas ou criam seus próprios negócios.

Em marketing, utilizamos a matriz FOFA (fortalezas e oportunidades; fraquezas e ameaças) para um planejamento estratégico. Um empreendedor vê à sua frente primeiramente o ambiente externo: oportunidades e as ameaças que terá para fazer um novo empreendimento. Exemplo de oportunidades pode ser dado como no sucesso de uma loja, alavanca a abertura de filiais. Já em ameaças, as filiais já estabelecidas pela concorrência. O ambiente interno tem as fortalezas e, nesse caso, pelo elevado conhecimento que o empreendedor tem sobre o assunto em questão e, como fraquezas, a falta de pessoas competentes para a implantação dessas filiais.

Na vida pessoal também encontramos empreendedores, os quais detêm o mesmo perfil acima. Casar, ter filhos e manter uma família, sem um planejamento e mudanças radicais das estratégias durante o desenrolar da vida não é mais possível e sucumbem as pessoas aos primeiros obstáculos, terminando com a família ou criando diversas dificuldades ao prosseguimento dela. Exemplo disso é ter muitos filhos e não planejar uma poupança para a educação superior, entre outros projetos como saúde.

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