Megatendências econômicas

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A globalização é apenas uma das grandes tendências macro-econômicas que a indústria de embalagem deve seguir de perto. O assunto globalização, para países em desenvolvimento como o Brasil, não é mais uma opção. Ele passou a ser um desafio no qual a indústria de embalagem está inserida e tem, por obrigação, a função de criar produtos com valor agregado, especialmente, para a exportação. Não é mais possível que um país com o potencial do Brasil ainda exporte café a granel ou suco de laranja em tanques de navio. A marca Brasil deve ser valorizada e promovida através de produtos de alta qualidade, devidamente embalados.

A globalização é apenas uma das grandes tendências macro-econômicas que a indústria de embalagem deve seguir de perto. A hipercompetição, ou seja, o aumento do número de produtos competindo em uma mesma categoria, é outro aspecto que deve ser respeitado e cuidado pela indústria de embalagem.

Cada vez mais a embalagem deve ser aprimorada para promover a competitividade dos produtos também no mercado interno. Se por um lado temos que apresentar produtos de categoria no exterior, por outro, temos que proteger nosso mercado interno com produtos igualmente bons, que não deixem a desejar frente à invasão dos importados.

Também temos que dar aos fabricantes de bebidas, alimentos, produtos farmacêuticos, cosméticos, entre outros, através da boa embalagem, fôlego para que possam, permanentemente, lançar novos produtos ou renovar itens já existentes. A rapidez destes lançamentos é outro aspecto fundamental no mercado atual. Os especialistas também garantem que o tamanho dos produtos está em franca redução. Produtos cada vez menores garantem um giro maior para o ponto-de-venda, além de poderem circular com maior facilidade em qualquer canto do planeta e exigirem um desembolso menor por parte do consumidor final. A indústria de embalagem se beneficia desta redução de tamanho pelo aumento no consumo de materiais.

Mas qualquer que seja o lançamento, sua embalagem deve sempre oferecer ao consumidor final particidade e conveniência. Já, a indústria que compra a embalagem espera que seu fornecedor o atenda com preço, prazo e qualidade.

Outra tendência que se consolida dia-a-dia é a similaridade tecnológica; tecnologia não é mais privilégio dos grandes. Mais cedo ou mais tarde, as pequenas e médias empresas acabam conseguindo produzir com uma tecnologia moderna, de ponta. E aí, o que sobra para alavancar a competitividade de um produto no ponto-de-venda?

A resposta a esta pergunta tem a ver, inclusive, com o motivo pelo qual sou o primeiro designer de embalagem a assumir a presidência de uma entidade como a ABRE, que há 34 anos é gerida por industriais.

De hoje em diante caberá ao design da embalagem ser o elemento de diferenciação do produto no ponto-de-venda. Mas, para esta receita dar certo, toda a cadeia – fornecedor, matéria-prima, de insumos e de máquinas, fabricante de embalagem e agência de design – deve estar envolvida no que chamamos de “projeto integrado”.

Este grupo deve ter sua atenção totalmente focada para o elemento mais importante de qualquer processo comercial: o cliente. E este cliente deve ser respeitado em suas peculariedades, das mais simples, como idade e sexo, às mais complexas como região em que vive, religião e estado civil.

Uma indústria como a nossa, que movimentou R$ 15,7 bilhões em 2001 (e que deve movimentar R$ 17 bilhões este ano) e que é responsável por 140 mil empregos diretos e formais, não tem o que temer. Ao contrário, ela tem é que aceitar todos os desafios impostos por estas megatendências que, a cada dia, se, consolidam mais, e fazer com que o consumo de embalagem per capta no país atinja os níveis internacionais. Hoje, o brasileiro consome, em média, por ano, US$ 51 em embalagem; a média internacional está ao redor dos US$ 185/habitante/ano.

A indústria de embalagem também é apontada como uma das que melhor reagiu aos altos e baixos do ano passado. Segundo pesquisa setorial encomendada pela ABRE à Fundação Getúlio Vargas, em Real, o valor da produção do setor foi cerca de 12% superior ao do ano 2000. O plástico foi o material com maior representatividade neste valor, com 35%. Em seguida vieram as embalagens de papelão e as metálicas, cada uma com 22% de participação. Papel ficou com 13%, vidro com 7% e madeira com 1%.

Em termos de aumento no preço das embalagens, apenas os meses de janeiro e julho apresentaram maior tensão, com aumentos, respectivos, de 2,4% e 2,23%; a média de aumento do setor, durante o ano, foi de 7,4%. As embalagens de vidro lideraram, com aumentos da ordem de 18%. Madeira aumentou seus preços em 12,53%, as embalagens metálicas em 7,10%, papel e papelão em 5,7%, plásticos em 4,91% e fibras naturais em 2,13%.

A produção física de embalagens também cresceu cerca de 2,1% no Brasil, em 2001, de acordo com o estudo da FGV. Neste caso, as embalagens metálicas foram as líderes, com o aumento de produção de 8,73%.

Algumas indústrias insistem que este aumento não é real. A FGV justifica qualquer distorção dizendo que pode ter havido um momento de demanda por latas menores, que se reflete no número de unidades, e não necessariamente no aumento de consumo de matéria-prima em tonelagem. Por estas características de performance econômica e pelos cenários expostos acima, fica claro que a indústria brasileira de embalagem está no caminho certo. E a ABRE, como entidade máxima de representação deste setor, está unindo forças e canalizando todas as suas ações para promover um desenvolvimento pleno e constante deste segmento.

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