O desafio da logística na Páscoa

Para milhares de doceiros espalhados pelo Brasil, que aproveitam essa data para produzir ovos, tortas e outras guloseimas artesanais, chega a ser um reforço ainda maior no orçamento doméstico. A Páscoa representa, para os fabricantes de chocolate, aproximadamente 40% do faturamento anual. Para milhares de doceiros espalhados pelo Brasil, que aproveitam essa data para produzir ovos, tortas e outras guloseimas artesanais, chega a ser um reforço ainda maior no orçamento doméstico.

As vendas de chocolates na Páscoa deste ano devem atingir, no nível da indústria brasileira, um total de R$ 505 milhões. Por trás do aquecimento desse setor da economia há um grande desafio: a gigantesca operação logística da Páscoa. Tudo começa entre setembro e outubro do ano anterior, quando as fábricas iniciam a produção de artigos próprios para essa festividade.

A logística se faz presente já no processo de produção, com a aquisição e estocagem da matéria-prima e contratação de mais funcionários. A partir de outubro, e até fevereiro, cerca de 22 mil pessoas são empregadas na produção e na comercialização para a Páscoa. Os processos de armazenagem e distribuição geram, ainda, empregos indiretos.

Ao final da fabricação, entra em ação a logística de distribuição. Grande parte dos clientes fazem seus pedidos com antecedência e recebem o carregamento da indústria de 30 a 40 dias antes da festividade. Devido à grandeza do território nacional, o desafio nessa fase são as distâncias que as mercadorias têm que percorrer até chegar ao ponto de venda.

Em condições de clima quente os cuidados para manter a qualidade do chocolate devem ser redobrados, pois este começa a derreter a uma temperatura de aproximadamente 25ºC. É necessário, portanto, que o produto seja transportado em veículos climatizados, garantindo a chegada ao seu destino sem nenhuma alteração.

Há, ainda, a logística realizada no ponto de venda. As lojas e supermercados procuram garantir a boa exposição dos chocolates e a variedade necessária para atender ao gosto dos clientes. O ciclo só se fecha com o chegada dos ovos a casa do consumidor. E todo esse processo de transporte e distribuição é feito num prazo de 45 a 60 dias.

O Brasil é o segundo maior produtor de ovos de Páscoa no mundo, com 18,5 mil toneladas, ficando atrás somente do Reino Unido, que se mantém próximo das 30 mil toneladas. Embora os processos logísticos sejam invisíveis aos olhos do consumidor, são parte integrante dessa festa cristã, que representa, para milhões de cidadãos, a única oportunidade do ano de saborear um chocolate.

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