Qualquer empresa necessita passar por processos de revitalização, até mesmo aquelas que se mantêm lucrativas. Qualquer empresa necessita passar por processos de revitalização, até mesmo aquelas que se mantêm lucrativas. Basicamente, uma organização pode viver três diferentes momentos ao longo de sua história.
Um deles é definido quando a empresa está em seu pico de desempenho. Nesse estágio, normalmente ela lidera o mercado e está muito bem financeiramente, mas de uma forma ou de outra procura superar constantemente seus resultados, por saber que é alvo da concorrência e que precisa permanecer em alta para não abrir mão do domínio do público já conquistado.
Em outro, a empresa não está necessariamente em dificuldade, mas já é capaz de prever problemas. Os diretores do negócio, nesse caso, percebem que aquilo que estava dando certo já não está funcionando mais. Notam que prazos são descumpridos, que há dificuldades para se conservar o padrão de vendas e que, em função de uma falta de alinhamento gerencial, existem sucessivas justificativas para os problemas. A sensação é de que somente os concorrentes estão acertando.
Outra situação possível é aquela em que a organização enfrenta grandes apuros, quando grandes dificuldades financeiras e de crédito demandam ações de curto prazo para o restabelecimento da ordem. Com o passar do tempo, normalmente o cenário se deteriora ainda mais e coloca em risco o negócio ou marca que, às vezes, já conta com décadas de tradição.
Apesar das diferentes prioridades e necessidades, conforme o estágio em que se encontram as empresas, o desafio da continuidade se torna cada vez mais premente. Diariamente surgem críticas sobre o desempenho dos negócios, acirrando cada vez mais a disputa entre gestores encarregados de gerar melhores resultados. Planejamentos estratégicos são construídos e orçamentos são constantemente discutidos e revisados. Novas técnicas são testadas, assim como processos antigos que deram certo são utilizados como benchmark e multiplicados em outras atividades.
A criatividade, por sua vez, é estimulada por ser capaz de fazer a diferença ? ela está sempre presente nos projetos que fazem sucesso. A eficiência em custos também, pois acaba representando o fator de êxito ou fracasso na hora de se apurar as margens. Por outro lado, a condução dos negócios apenas com emoção tem se tornado algo do passado, ocorrido nas empresas tradicionais, não profissionalizadas, em fase de extinção.
Em qualquer situação, o aumento da riqueza das organizações, e conseqüentemente de seus acionistas, só acontece se houver crescimento das expectativas futuras de geração de resultados. Por isso, os investidores têm sido cada vez mais pragmáticos, tornando a questão financeira cada vez mais rígida, aplicando seus recursos em ativos que lhe ofereçam melhores retornos sobre o capital.
A partir desse raciocínio, podemos concluir que algumas empresas valem mais; outras, menos ? dependendo do estágio de desenvolvimento em que se encontram. Porém, independentemente disso, só crescerão em valor aquelas que continuarem revitalizando seu modo de pensar e agir, numa busca incessante por um futuro melhor.