Em meio à crise econômica, a Rôgga Empreendimentos não freou suas expectativas e vem conquistando excelentes resultados em 2016. Vilson Buss, diretor-presidente da organização, revela o que torna isso possível e deixa excelentes lições para a sua empresa e o seu dia a dia como líder

“Quando o mercado está muito bom e todo mundo está vendendo bem, é mais fácil ser desorganizado, não estar planejando e, ainda assim, ter bons resultados. Agora, quando a coisa fica mais difícil, a competência e uma forma mais séria de trabalhar começam realmente a mostrar seu verdadeiro valor”.

Essa frase de Raul Candeloro define muito bem o segredo do sucesso da história que contaremos nesta reportagem: competência, seriedade e dedicação fazem com que, em meio à crise econômica e à instabilidade pela qual o Brasil vem passando, a Rôgga Empreendimentos, construtora de Joinville (SC), consiga enxergar oportunidades de crescimento e conquiste resultados que, para muitos, são surpreendentes. O trabalho focado na evolução constante e, claro, a liderança forte, que apoia todas as ações da organização, são dois dos principais pilares dessa trajetória vencedora. Mas não é só isso!

Quem revela mais sobre o posicionamento da Rôgga, sobre seus resultados e sua filosofia é Vilson Buss, diretor-presidente da companhia. Seu depoimento ensina poderosas lições sobre como liderar uma equipe de sucesso e como promover o crescimento por meio do trabalho centralizado na excelência e na valorização das pessoas e dos valores da organização. Acompanhe.

Metas, planos, expectativas e estratégias

Enquanto muitas empresas estão visualizando resultados negativos neste ano, a Rôgga aposta em fechar 2016 “no azul”. De acordo com Buss, as turbulências do ano passado não prejudicaram a evolução da empresa. Em 2015, a Rôgga teve um faturamento de R$ 117 milhões, apresentando um crescimento de aproximadamente 18% em relação ao ano anterior. E a meta é continuar avançando. O diretor aponta que a perspectiva é que haja uma evolução de 30% em 2016.

Buss revela que essa meta de crescimento está baseada não apenas na vontade da empresa, mas também em estudos de mercado que apontam grandes oportunidades para os próximos meses. Isso porque mesmo com a queda de lançamentos de empreendimentos, a oferta do mercado imobiliário ainda continua alta. “Pesquisas apontam que a recuperação do setor de imóveis residenciais só deve ocorrer em 2017. A fraca confiança dos consumidores está pressionando a negociação dos preços – afinal, a recessão econômica e os juros altos pesam sobre o setor. O Brasil, porém, ainda tem um déficit habitacional estimado em mais de 5 milhões de moradias. E existe um potencial imobiliário concentrado na classe média, que, em 2014, já representava 54% da população”, declara.

No entanto, apesar das boas expectativas, alguns desafios deverão ser enfrentados nesse caminho. “É extremamente necessário conhecer a fundo o público e entender seus desejos de compra através de pesquisas e avaliações do mercado. Creio que esse seja o principal desafio atualmente para todos que trabalham no setor – e também para a Rôgga”, opina Buss, que indica que as seguintes estratégias estão sendo colocadas em prática para que a empresa consiga superar os obstáculos e atingir suas metas de crescimento:

Foco na sustentabilidade

Buss conta que o modelo de negócio da Rôgga é norteado pelo desenvolvimento de empreendimentos projetados com soluções em sustentabilidade. Ele destaca que, com o apoio da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), mais de R$ 17 milhões estão sendo investidos em inovações tecnológicas para a implantação definitiva do sistema Rôgga Edifícios Sustentáveis (RES). “Com isso, já conseguimos reduzir a geração de resíduos em 80% em alguns empreendimentos”, aponta.

Foco na tecnologia

A Rôgga também investe forte em ferramentas tecnológicas, com o intuito de dar mais dinamismo e segurança às operações. A empresa é pioneira na implantação do BIM (Building Information Modeling – ou Modelagem da Informação da Construção), que é um processo colaborativo de concepção e desenvolvimento virtual da edificação, integrado ao seu ERP (sistema de gestão empresarial). “A compatibilização de projetos e a determinação da quantidade de insumos necessários para a obra produzem uma elevada taxa de assertividade do processo orçamentário. A integração permite, também, um controle efetivo do planejamento de curto, médio e longo prazo da obra”, declara Buss.

Foco na comunicação

Outro fator importante para que a Rôgga consiga alcançar seus objetivos, de acordo com o diretor-presidente, é a aproximação da marca da construtora e seus diferentes públicos. Para isso, a empresa está investindo na estratégia de marketing de conteúdo, criando canais de comunicação, como o blog Meu Imóvel Ideal (http://meuimovelideal.com.br), que traz informações sobre os empreendimentos da companhia, conteúdos sobre decoração, dicas úteis para os moradores e também notícias sobre o mercado imobiliário. “A divulgação através de outras ferramentas que facilitam o relacionamento e a propaganda (como Facebook e WhatsApp) também foi mais bem desenvolvida”, complementa Buss.

Foco no cliente

Em 2015, a Rôgga iniciou a implantação de um CRM (Customer Relationship Management ou Gestão do Relacionamento com o Cliente), que vai ajudar a empresa a conhecer melhor seus clientes, realizar um atendimento personalizado e padronizado e, ainda, centralizar todos os contatos em um único canal. Vilson Buss explica que, com essa implementação, que será finalizada este ano, a construtora passará a interagir com todos os seus clientes, conhecerá seus hábitos e criará eventos, promoções e campanhas direcionadas.

Foco no mercado

Além de conhecer bem o público consumidor, outra estratégia da Rôgga para continuar crescendo é conhecer o mercado a fundo. Para isso, anualmente, a empresa realiza uma pesquisa regional de análise de mercado com o objetivo de traçar o perfil dos compradores de imóveis (através da observação do crescimento de domicílios), a porcentagem de participação por segmento, o número de lançamentos, ofertas, vendas, entre outros fatores. Além disso, são feitas pesquisas mensais em pontos de vendas e desenvolvidos estudos sobre os empreendimentos de sucesso e todas as informações registradas no CRM são interpretadas e medidas. “Também fazemos pesquisas de entrega ao cliente e no pós-venda. Planejar com cuidado as atividades comerciais e os investimentos em publicidade e propaganda é essencial neste momento”, salienta.

A importância dos valores

Se a base dos empreendimentos que a Rôgga constrói é feita de vigas de ferro, tijolo e cimento, o fundamento que garante o sucesso da construtora vem do claro entendimento e da aplicação diária dos valores, da missão e da visão da empresa:

Missão: Melhorar o habitat humano, buscando excelência em qualidade, a satisfação dos clientes e crescimento contínuo.

Visão: Ser referência no setor pela confiabilidade, pela agilidade e pelas inovações nos empreendimentos.

Valores:

• Pessoas motivadas, éticas e com forte iniciativa.
• Clientes satisfeitos garantem nosso sucesso.
• Confiabilidade para atender toda expectativa gerada.
• Qualidade em tudo o que se faz.
• Inovação na busca de novas e melhores soluções.
• Responsabilidade financeira e social.
• Segurança total no ambiente de trabalho.
• Simplicidade na maneira de fazer.
• Agilidade em desenvolver as atividades com rapidez.
• Austeridade em utilizar os recursos disponíveis.

Esses são os pilares que fortalecem a empresa cada vez mais em busca de seus objetivos de crescimento. “Acredito que o nosso forte é a dedicação de nossos profissionais em desenvolver produtos de qualidade, que geram satisfação para os clientes e parceiros. Nossos valores estão acima tudo, pois a missão e a visão da empresa estão intrinsecamente ligados a eles”, reflete o diretor-presidente da Rôgga Empreendimentos.

Liderança apoiadora

Criar essa cultura focada nos valores da empresa exige um trabalho de liderança forte. Nesse sentido, Buss revela que, na Rôgga, é papel de todo gestor criar um ambiente de trabalho saudável, em que todos os profissionais se sintam partes integrantes e ativas do negócio. Em sua visão, o distanciamento entre gestores e os demais profissionais é um dos piores erros de liderança que podem acontecer em uma empresa. “O líder precisa conhecer quem trabalha em sua empresa, criar laços, dar feedback, administrar bem suas equipes de trabalho, ser um exemplo próximo aos funcionários. Por vezes, isso não ocorre porque a figura do líder está distante do que acontece no dia a dia da organização”, reflete.

Nesse sentido, ele indica quais são as principais tarefas do líder na empresa que comanda – e que servem de lições para o seu dia a dia:

• Ter um bom relacionamento com a equipe e estar sempre aberto a ouvir os profissionais.
• Ter uma comunicação clara e aberta com o time, sabendo evitar conflitos e desentendimentos.
• Interiorizar a missão e os valores da empresa para, assim, propagar sua cultura aos demais integrantes do time.
• Reconhecer talentos, valorizá-los e potencializar o desempenho do capital intelectual.
• Identificar os pontos fortes e fracos dos profissionais da equipe, a fim de aprimorá-los.
• Estar atento a todos os processos de negócio, conhecer a fundo todas as etapas dos processos organizacionais.
• Ter muito cuidado com a imagem da marca e sempre reforçar a cultura da empresa.
• Estar atento ao que os clientes precisam, de modo a satisfazer suas necessidades oferecendo um produto/serviço de qualidade.

Vilson Buss destaca que ele e todas as lideranças da Rôgga sempre procuram seguir essas diretrizes. Ele conta que tem como inspiração para esse modelo de liderança exemplos da própria família. “Meus pais foram as pessoas que mais me influenciaram a ter constância e persistência nas ações, a cercar-me de pessoas boas, tanto na vida pessoal quanto na profissional. E também me ensinaram a trabalhar muito para alcançar meus objetivos”, reflete.

O fator “equipe”

A resistência e a segurança dos empreendimentos construídos pela Rôgga estão intimamente ligadas à utilização de matérias-primas de extrema qualidade. Da mesma forma, para conseguir seguir esse modelo de liderança baseada em valores e confiança, a empresa precisa saber selecionar muito bem seus profissionais. Por isso, Vilson Buss destaca que, como líder, as decisões mais importantes se concentram na escolha e na preparação da equipe de trabalho.

Quanto a esse aspecto, o diretor reforça que desde a entrevista com os candidatos a vagas na empresa, a cultura e os valores da Rôgga já são trabalhados. “Vivemos em um ambiente de trabalho desafiador e em constante aprimoramento. Por isso, temos como filosofia desenvolver pessoas, oferecendo condições para a sua evolução pessoal e profissional”, aponta.

Buss destaca alguns fatores fundamentais na seleção e no desenvolvimento dos profissionais da Rôgga:

Ética e comprometimento

O diretor-presidente salienta que a empresa busca pessoas que, acima de tudo, sejam éticas e comprometidas. Segundo ele, é preciso que todos vistam a camisa da empresa e sintam que são primordiais para o crescimento da organização como um todo. “Nossos profissionais devem saber trabalhar em equipe, ser comunicativos, proativos e criativos, trazer novas ideias e perspectivas ao trabalho. Também procuramos quem tenha uma visão mais estratégica do negócio, a fim de motivar a criação de lideranças dentro da construtora”, indica.

Cultura de “dono”

Segundo Buss, para a Rôgga, uma das características que fazem um profissional se destacar é o que eles chamam de “espírito de dono”. O diretor explica que essa “cultura de dono” se baseia no fato de que a liderança pelo exemplo pessoal é o melhor guia. “Integridade, trabalho duro e consistência são a chave para construir nossa companhia. Os gestores devem selecionar pessoas com potencial para serem melhores que eles. Avaliamos nossos líderes pela qualidade de suas equipes”, comenta.

Criatividade e iniciativa

Outro fator-chave para o sucesso da Rôgga, de acordo com o diretor-presidente da companhia, é o perfil criativo e inovador de seus colaboradores. Com uma comunicação aberta e interativa, a empresa quer que os profissionais se sintam à vontade para expor suas observações e apontamentos. Um dos processos nesse sentido é o Banco de Ideias e Solução (BIS), um programa de redução de custos e otimização de processos aplicado através da implantação de ideias e sugestões de melhorias vindas dos funcionários. “Nós reconhecemos e premiamos as melhores iniciativas, motivando nossos colaboradores a terem proatividade e espírito analítico”, explica Buss.

Potencial para crescimento

Mais do que bons profissionais, a Rôgga busca pessoas com grande potencial de crescimento, que evoluam junto com a organização. O objetivo é inovar cada vez mais e, para isso, a empresa aposta na carreira profissional de seus talentos. “Queremos sempre dar oportunidades, através de treinamentos e cursos profissionalizantes, para desenvolver as melhores pessoas e formar ótimas equipes”, salienta.

Para pensar

O detalhamento da filosofia e das estratégias da Rôgga Empreendimentos mostra que é necessário somar diversos fatores para deixar a crise para trás e conquistar resultados positivos mesmo em tempos difíceis. Leia e releia esta reportagem e inspire-se nessa história para definir a sua equação de sucesso!