Todo ano, em outubro, a cena se repete. Lideranças comerciais se reúnem para falar de números, metas e previsões. PowerPoints são preparados, tabelas são projetadas, discursos inspiradores são feitos. Todos acreditam que, com isso, o próximo ano está planejado.
Mas a realidade chega rápido. Em fevereiro, o entusiasmo já se perdeu. O plano que parecia tão sólido se torna apenas uma apresentação esquecida em alguma pasta da rede.
Por que isso? Porque o erro não está no sonho — está na estratégia. Um bom PEC (Plano Estratégico Comercial) vai além de metas bonitas: ele conecta objetivos a ações, atribui responsabilidades e cria rotina de execução.
Neste artigo completo, você vai ver:
- Os 3 erros que levam muitos planejamentos a ruir logo nos primeiros meses
- Um método prático para articular metas, processos e indicadores de forma simples
- Um roteiro de 90 dias para começar a viver o plano ainda este ano
Por que tantos planejamentos não se sustentam
O planejamento falha, principalmente, por três razões:
1. Metas sem meios
Definir “vender X” é fácil. Difícil é determinar como essa meta será construída — quais alavancas vão puxar esse crescimento. Sem as alavancas, o plano vira uma boa intenção.
2. Sem donos, sem ação
Quando cada mecanismo não tem uma pessoa responsável, ninguém age. Fica tudo no “vamos ver”, e raramente algo é entregue.
3. Ausência de ritual de execução
Sem um momento fixo na semana para revisar o progresso do plano, todos voltam às urgências e o planejamento se perde. O que era estratégico vira tarefa esquecida.
Se seu PEC sofre com esses três gaps, ele estará fadado a esquecer-se com o passar dos dias.
Como articular metas, processos e indicadores (na prática)
Transformar um plano em execução exige que metas, processos e indicadores conversem entre si — e com o time. Aqui está um método prático:
- Defina metas claras e desmembradas
Por exemplo: meta anual de 50 milhões, subdividida por trimestre, por linha de produto, por equipe. - Escolha mecanismos de crescimento
Selecione de 3 a 5 alavancas que farão a diferença:
• Expansão na base ativa (mais compras por cliente)
• Reativação de clientes inativos
• Captação de novos clientes dentro do perfil ideal
• Melhoria de mix e margem
Esses mecanismos são o “como” do seu plano. - Associe processos
Para cada mecanismo, defina as etapas e comportamentos necessários: listas de clientes, cadência de contato (ligações, e-mails, visitas), critérios de avanço no funil, scripts de abordagem, etc. - Escolha indicadores-chave
Para acompanhar o que importa:
• Cobertura de funil (quanto somam os valores prospectados)
• Avanço por etapa (quantas oportunidades passaram de uma etapa para outra)
• Velocidade (tempo médio nas etapas críticas)
• Recorrência/recompra (frequência de clientes que compram de novo) - Articule tudo com o time
Metas + mecanismos + processos + indicadores precisam estar visíveis, explicados e com papéis definidos. O time precisa saber “quem faz o quê e quando mede”.
Esse modelo simples evita fórmulas complexas e transforma abstração em ação clara.
Roteiro de 90 dias (execução real, não bonito no papel)
Semanas 1–4: Diagnóstico e foco
- Escolha os 3 mecanismos prioritários.
- Atribua donos e metas trimestrais.
- Crie processos mínimos (listas, cadência, mensagens).
- Faça uma limpeza do funil (elimine oportunidades que não fazem sentido).
Semanas 5–8: Avaliação inicial e ajuste
- Coloque os mecanismos em prática com cadências definidas.
- Realize reuniões semanais curtas para revisar os indicadores: cobertura, avanço e velocidade.
- Identifique rapidamente o que não está funcionando e ajuste — não espere o mês acabar.
Semanas 9–12: Consolidação e ampliação
- Padronize o que gerou grau de acerto (modelos, roteiros, scripts).
- Expanda para outras regiões ou equipes com base nas táticas que funcionaram.
- Ajuste política comercial e proteja sua margem (evite que o plano vire concessões).
- Neste ponto, o plano não é mais um documento: ele está em ação, monitorado e ajustado.
Se você fizer esse roteiro sem falhar nenhuma semana, entra em 2026 com tração, não com dúvidas.
Conclusão
Planejamento não é sobre adivinhar o futuro. É sobre construir caminhos que tornem o futuro mais previsível.
Metas sem mecanismos são desejos. Processos sem donos viram promessas vazias. E planos sem acompanhamento se perdem diante das urgências diárias.
Um PEC bem estruturado não precisa ser complexo: basta ter clareza sobre onde crescer, responsabilidade sobre quem faz e disciplina para acompanhar toda semana. Isso transforma intenções em comportamentos, e comportamentos em resultados.
Outubro marca o início do último trimestre. É o momento certo de decidir: sua empresa vai entrar em 2026 com um plano vivo, rodando na prática, ou apenas com uma apresentação bonita guardada em alguma pasta?
Como a VendaMais pode ajudar sua empresa
- Planejamento Estratégico Comercial (PEC)
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- Comitê Comercial Mensal
Reuniões de acompanhamento com pauta fixa para garantir que o plano avance, corrigindo rota e destravando gargalos.
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