Por que as empresas preferem os otimistas?

É esse estado de espírito ? chamado de fé pelos mais místicos ? que nos dá garra, ajuda a geração de idéias, nos torna agradável aos olhos dos outros. Já houve um tempo em que criticar gerava status. Frases como “não vai dar certo”, acompanhadas de um nariz empinado, geravam respeito a quem as proferia e aliviava muitos, afinal, tudo poderia continuar do jeito que estava.

Mas, hoje, é possível não mudar? Pense bem: quando um produto tem sucesso, a concorrência copia, adapta, melhora ou vende mais barato. Assim sendo, temos de estar sempre inovando. Além disso, consumidores e clientes estão sempre atrás de novidades. Precisamos, portanto, criá-las. Pode acontecer, ainda, que nossa forma de atuar seja destruída do dia para a noite por uma nova tecnologia. Assim, as empresas são forçadas a viver em constante mutação. Mais do que isso, não existe mais uma mudança de “A” para “B”, mas sim uma mudança de “A” para alguma coisa que se assemelha a um “B”, mas que ninguém sabe ao certo o que é.

Já que temos de inovar sempre, não podemos mais eliminar os riscos, precisamos lidar com eles, monitorá-los, administrá-los. Pois bem, o melhor que se pode fazer com o pessimismo é usá-lo para evitar o risco. É por isso que ele foi aceito e valorizado por tanto tempo. Mas, para administrar o risco, precisamos de um desejo, uma visão, um objetivo e muita garra para chegarmos lá, aconteça o que acontecer. E dá-lhe imprevistos! É aí que entra o otimismo.

É esse estado de espírito ? chamado de fé pelos mais místicos ? que nos dá garra, ajuda a geração de idéias, nos torna agradável aos olhos dos outros.

Mas falemos sobre o otimismo de uma forma mais terrena: o economista Eduardo Giannetti, em seu livro Auto-Engano, dá o exemplo da pessoa que adianta seu relógio para não se atrasar. Ela sabe que o relógio está adiantado. Mas finge que não sabe toda vez que lhe é conveniente. Da mesma forma, nunca sabemos no que vai dar um novo projeto, mas se imaginarmos que ele vai dar certo, sem dúvida, influenciará nos resultados.

É por isso que hoje sobrou para o pessimismo o que ele tem de pior: pessimista virou sinônimo de derrotado, a pessoa que não quer tentar, pois não confia em sua capacidade, e que torce pelo fracasso dos outros para poder justificar os seus.

Conteúdos Relacionados

Todo bom vendedor é um Masterchef

Todo bom vendedor é um Masterchef

Recentemente, num cruzeiro que fizemos pelo Caribe, tivemos a chance de participar de um “mini programa” do MasterChef no navio.

Algumas pessoas da plateia são escolhidas, recebem uma lista de ingredientes e precisam criar pratos com os ingredientes, apresentando-os depois para serem avaliados pelo júri (no caso, o capitão do navio e dois de seus assistentes).

Continuar lendo

Pin It on Pinterest

Rolar para cima