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Uma das coisas de que mais gosto de fazer é aproveitar épocas de datas comemorativas boas para o varejo – como Natal, Dia das Mães e Dia dos Pais – para observar o comportamento dos consumidores, entender como eles decidem suas compras e ver o que tem funcionado e o que não tem no mercado.

Aproveitando que esta é a edição do “mês das mães”, resolvi aproveitar este espaço para compartilhar com você algo que observei no mesmo período do ano passado…

Andando sozinho pelo shopping em maio de 2016, consegui observar um movimento especial. Notei que as pessoas estavam andando devagar e se dedicavam a apertar os olhos para olhar mais atentamente para as vitrines. Quando se aproximavam dos produtos, tocavam-nos com atenção, preocupavam-se com seu uso efetivo, não estavam tão atentas aos preços, e sim à utilidade dos produtos; queriam saber da embalagem e da entrega, faziam mais perguntas e era perceptível que agiam movidas por alguma emoção muito forte.

Aquelas pessoas saíam das lojas pensativas e com um leve e comovente sorriso de cumplicidade com suas memórias; entendi que elas estavam embriagadas de boas lembranças e que, apesar de estarem andando, eram movidas pelo coração, não por suas pernas.

Comecei a me perguntar: “Quem seriam aquelas pessoas? Quem poderia caminhar pelo shopping com tanta leveza e interesse?”

Em pouco tempo descobri que se tratava de filhas que buscavam um presente para agradecer de forma sincera a feminilidade que receberam, a maternidade que lhes foi passada tão graciosamente, a maneira similar de se vestir, a técnica toda charmosa de andar de salto alto, as múltiplas maneiras de maquiar-se para diferentes ocasiões, as receitas especiais de sabores inesquecíveis, as dicas da vida feminina, as lições e os trabalhos da escola, as lágrimas derramadas, os abraços apertados, as brigas sérias de uma noite, a garra firme e delicada de mulher crescida; eram filhas que agradeciam os segredos de menina trocados com palavras de mulher, os vestidos emprestados, as preocupações, a felicidade e o cheiro de mãe no travesseiro.

Observei mais um pouco e descobri que também havia, naquele grupo de pessoas, filhos procurando presentes para agradecer o colo nas horas difíceis, os abraços das horas felizes, a entrada na igreja no dia do casamento, a comida de domingo, a roupa lavada e cheirosa, a torcida no futebol, os gritos, as broncas, os telefonemas fora de hora, os beijos carinhosos, as arrumações de quarto, a formatura, as tortas de chocolate deliciosas e todos os erros e acertos que tiveram juntos.

Sozinho, mas contagiado por toda essa onda de gratidão, entrei em uma daquelas lojas e procurei um presente que me proporcionasse, além das enormes lembranças, também a gostosa oportunidade de agradecer o que graciosamente recebi de minha mãe.

Apesar de não tê-la mais ao meu lado, saí da loja com uma felicidade toda especial. Voltei aos corredores do shopping, mas agora eu não andava mais sozinho. Nunca mais andei sozinho.

Sucesso e boas vendas.


Claudio Diogo é um dos palestrantes de vendas mais requisitados do Brasil, autor do livro Vender mais e melhor e diretor da consultoria Tekoare.

Visite: www.tekoare.com

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