SALIÊNCIA: O QUE REALMENTE FICOU MARCADO EM 2025

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Todos os anos eu gosto de terminar com um exercício de revisão e este ano quero lhe propor algo diferente. Vamos falar de saliência, revisar não só o que foi feito, mas principalmente o que foi marcante e importante.

Foi um ano cheio de metas, tarefas e reuniões, mas o que realmente ficou?
Se a sua cabeça parece um HD lotado e sem backup, calma.
O cérebro faz isso mesmo: apaga o que não importa e guarda o que ardeu, brilhou ou te fez rir no meio do caos.

Saliência é o nome técnico desse filtro. É o que separa o que só aconteceu do que realmente te atravessou.
Na vida, como nas vendas, nem tudo tem o mesmo peso. O cérebro não lembra do PowerPoint, mas nunca esquece daquela conversa que virou o jogo.

Alta performance é isso: dar mais espaço ao que deixou marca e menos ao que só ocupou calendário.
Então, antes de entrar em modo “planejamento 2026”, faça-se um favor:
Não revise só o que fez, reveja o que te marcou.

Use estas três lentes para distinguir o que foi apenas atividade do que virou aprendizado real.

1. SALIÊNCIA EMOCIONAL

O que medir:
Quais emoções guiaram seu 2025, medo, gratidão, frustração, orgulho, esperança?
Quais momentos ainda te pegam no estômago quando lembra?

Pra quem vive de vendas e liderança, é fácil reconhecer:
Aquela negociação que te desmontou, o feedback brutal que te fez recalibrar o pitch, a perda que doeu, mas te ensinou mais que dez fechamentos.

Sinais de baixa saliência:
Dias que somem na memória.
Rotina acelerada, mas sem faísca.
Bater meta sem sentir conquista real.
Estar “no automático”, vivendo de meta em meta como se fosse planilha ambulante.

Como aumentar em 2026:
Cultive intensidade emocional com propósito, não drama, mas presença.
Registre vitórias, mesmo pequenas; o cérebro precisa de marcos pra entender que valeu a pena.
Dê mais atenção aos momentos que te energizam (aquela reunião em que o cliente disse “você entende nosso negócio melhor que nós”) e menos aos que drenam (relatórios que ninguém lê e todo mundo finge que importa).
Faça pausas conscientes pra sentir, não só pensar.

Alta performance emocional é escolher o que merece sentir e parar de dar palco pro que só consome energia.

2. SALIÊNCIA SOCIAL

O que medir:
Quem foi combustível este ano?
E quem foi peso extra no foguete?
Quem te fez crescer e quem te fez duvidar de si?

No jogo comercial:
Quais clientes te fizeram pensar diferente?
Quais colegas te desafiaram de forma boa?
E quais reuniões foram puro teatro corporativo com zero conexão genuína?

Sinais de baixa saliência:
Relações mornas.
Grupos onde você precisa “performar” pra caber.
Feedbacks plásticos.
Ambientes que esgotam mais do que inspiram.

Ninguém performa bem em lugares sem oxigênio emocional.
Cultura é o ar que se respira e alguns escritórios estão tóxicos demais pra crescer.

Como aumentar em 2026:
Fique perto de quem te faz pensar maior.
Afaste-se, sem culpa, de quem suga energia e não entrega evolução.
Procure círculos que causem desconforto produtivo, o tipo de desconforto que te puxa pra cima.
Troque quantidade de conexões por qualidade de conversa.

Alta performance social é curadoria de energia humana.

3. SALIÊNCIA ESTRATÉGICA

O que medir:
Quais decisões realmente mudaram seu resultado?
Onde você trabalhou muito e aprendeu pouco?
Quais ações deixaram rastro e quais evaporaram?

Exemplo real:
Você fez 50 reuniões de prospecção que não viraram nada (baixa saliência), mas três conversas mudaram completamente sua forma de vender (alta saliência).
Uma delas mostrou que seu diferencial não era preço, era como você traduzia o técnico pro prático.
Essa vale ouro. Onde você colocou energia pra replicar isso?

Em vendas, é simples: menos pitch decorado que some no vento, mais conversa que o cliente ainda comenta meses depois.

Sinais de baixa saliência:
Agenda cheia, progresso raso.
Projetos bonitos no papel, vazios na prática.
Muito fazer, pouco lembrar.
Follow-ups eternos, aprendizados nulos.

Como aumentar em 2026:
Priorize o que tem impacto emocional e resultado mensurável.
Um vendedor top descobre o momento exato em que o cliente pensa “esse cara é diferente” e transforma isso em método.
Reforce hábitos de efeito composto: pequenas vitórias que se somam, tipo documentar objeções novas pra aprimorar o discurso.
Feche ciclos antes de abrir outros, aquele follow-up de seis meses atrás já virou ruído.
Reduza burocracia inútil e aumente intencionalidade.

E se você lidera um time: pare de medir só números.
Pergunte: “Qual foi a conversa mais marcante com um cliente este mês e o que aprendeu com ela?”
Essa resposta vale mais do que qualquer dashboard.

Alta performance estratégica é manter foco no que deixa marca, não no que só preenche agenda.

CONCLUSÃO

Antes de planejar 2026, pause.
Pergunte:

O que ficou saliente o suficiente pra mudar quem eu sou, não só o que eu faço?

Essas são as pistas do crescimento real.
O resto é barulho de fundo.

Em 2026, dê saliência ao que importa.
O que você foca, expande e o que ignora, se repete.

Que venha um ano com mais faíscas, menos ruído e várias histórias que realmente mereçam ficar.

Esta é a última e-zine do ano.

Abraço de todo o time VM, boa$ festas e um excelente 2026. Nos vemos em janeiro, prontos para mais um ano de alta performance, motivação e conhecimento.

Raul Candeloro

Diretor

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