?A felicidade não provém de terdes muito, mas sim, de serdes muito. Pois sendo muito, evidentemente, possuireis tudo o que desejardes?. ?A felicidade não provém de terdes muito, mas sim, de serdes muito. Pois sendo muito, evidentemente, possuireis tudo o que desejardes?. Com essa frase brilhante de Lourenço Prado, um estudioso do psiquismo e do desenvolvimento humano, pode-se refletir sobre o tipo de objetivo que as pessoas têm ao longo da vida. É possível almejar situações distintas: ter ou ser, e ainda, ambas. Via de regra, boa parte da população deseja ter, coisas de um modo geral. E, para tal, despende-se uma enorme quantidade de energia, haja vista os esforços que são necessários para se concretizar os desejos freqüentes de consumo.
No entanto, quando a pessoa possui conhecimento, experiência e sabedoria, torna a aquisição das coisas em geral, muito mais fáceis, planejamos melhor e obtemos os resultados do que pretendemos na vida. E, aqui especialmente, incluem-se outros tipos de aquisição, além dos objetos: amizade, simpatia, adaptação, compreensão, admiração etc. Para tanto, precisamos muito mais ser do que ter.
A medida em que se avança nessa direção, cada qual a sua maneira, faz-se mais portas se abrirem. As pessoas que crescem em ser são percebidas em virtude de sua atmosfera atraente. Assemelham-se a um imã, cujo magnetismo atrai e prende. Dessa forma, o seu jeito diferente de ser cria novas formas de se relacionar e, conseqüentemente, amplia-se as chances de ser mais bem aceito e admirado.
Ser é um estado que dá trabalho também, mas vale qualquer esforço, uma vez que se adquire algo permanente, e não passageiro como os objetos. Assim, tem-se um tesouro que atrai outras riquezas, com solidez e segurança. Além, é claro, de aumentar o desenvolvimento pessoal, a auto-estima, o poder social etc. Deseje as duas condições para si próprio, priorizando o que fundamenta a ordem das coisas: ser para ter.


