SHIMON DOLAN

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Doutor pela Carlson Graduate School of Management (Universidade de Minnesota), o Professor Shimon Dolan, que também é diretor de pesquisas da Escola Superior de Administração e Direção de Empresas de Barcelona (ESADE), professor titular de Psicologia do Trabalho e Gestão de Recursos Humanos da Universidade de Montreal e autor de 24 livros, estará no Brasil de 6 a 10 de setembro para oferecer um treinamento em gestão por valores e qualidade de vida. Acompanhe esta entrevista exclusiva.

Doutor pela Carlson Graduate School of Management (Universidade de Minnesota), o Professor Shimon Dolan, que também é diretor de pesquisas da Escola Superior de Administração e Direção de Empresas de Barcelona (ESADE), professor titular de Psicologia do Trabalho e Gestão de Recursos Humanos da Universidade de Montreal e autor de 24 livros, estará no Brasil de 6 a 10 de setembro para oferecer um treinamento em gestão por valores e qualidade de vida. Acompanhe esta entrevista exclusiva.

L&S – Por que o senhor diz que tanto a gestão por instruções (Management by Instructions – MBI) quanto o gerenciamento por objetivos (Management by Objectives – MBO) apresentam resultados inadequados para a realidade atual?
Shimon Dolan:
Esse modelo antigo de gerenciamento, comum no século XX e baseado no controle hierárquico dos funcionários, precisa inquestionavelmente ser substituído por uma nova maneira de pensar e de fazer as coisas no mundo corporativo – em direção a uma nova cultura. Essa cultura deve, é claro, manter os mecanismos efetivos de um monitoramento de resultados “de cima para baixo”, mas é esperado dos líderes que façam uma escolha estratégica, não mais controlando, e sim, desenvolvendo o potencial profissional e pessoal de cada membro da equipe.

L&S – Quando o conceito de gerenciamento por valores (Management by Values – MBV) surgiu?
SD:
O termo Gerenciamento por Valores (MBV) foi criado em 1997 por mim e pelo professor Salvador García, no mesmo ano em que surgiu a obra dos americanos Ken Blanchard e Michael O'Connor, Managing by Values. Desde então, ele é considerado uma nova forma de encarar o gerenciamento nas empresas.

L&S – O que significa exatamente o MBV e porque ele pode ser visto como uma ferramenta estratégica de liderança?
SD:
Ele significa simplesmente a identificação e compartilhamento dos valores essenciais comuns em uma organização, bem como a escolha dos mecanismos adequados para que eles sejam alcançados através de uma definição clara da visão e da missão da empresa. Como ferramenta estratégica, o MBV pode ser utilizado em vários níveis, porém, basicamente ele apresenta uma proposta tripa: simplificar, absorvendo a complexidade organizacional criada pela necessidade constante de adaptação frente às mudanças na empresa; guiar, sintonizando uma visão estratégica focada no futuro da companhia; assegurar o comprometimento interno, o que envolve uma integração com as políticas de recursos humanos, com o objetivo de desenvolver o comprometimento de cada funcionário de forma a alcançar uma performance melhor a cada dia.

L&S – Como o MBV pode estar relacionado com a famosa “Teoria do Caos”?
SD:
Muitos empresários e homens de negócios ficarão aliviados em saber algo bastante curioso: as organizações comerciais são excelentes representações do que em física e matemática são conceituados como “sistemas caóticos ou complexos”. Isso não é ruim. Na verdade, é no limite do caos que o melhor da criatividade acontece, sem muita ordem ou rigidez. Mas o fato é que as empresas possuem características de um sistema verdadeiramente caótico: abertura, dinamismo, dissipação, não-lineariedade, capacidade de auto-organização e imprevisibilidade. E através do MBV, temos que os valores serviriam como organizadores da desordem, o que na “Teoria do Caos” corresponderia a equações representadas por configurações geométricas regulares diferenciadas que predizem o comportamento de um sistema complexo a longo prazo.

L&S – Quais são as principais dificuldades enfrentadas num processo de implantação do MBV?
SD:
A principal é a falta de uma liderança corajosa, disposta a facilitar o processo de definição e compartilhamento de um certo número de valores essenciais na empresa, além de dar uma atenção especial aos eventuais conflitos entre os valores e aos procedimentos de gerenciamento e sistemas de incentivos, que certamente dão suporte aos valores.

L&S – É possível descobrir se os valores de uma equipe são diferentes dos valores da empresa? E se são, é possível modificar a situação?
SD:
Sim. Nós conseguimos desenvolver uma metodologia específica para isso, que é capaz de produzir os efeitos desejados. Vamos apresentá-la e discuti-la no próximo seminário no Brasil, em setembro.

Para Saber Mais: Treinamento em Gestão por Valores e Qualidade de Vida, de 6 a 10 de setembro, no Blue Tree Conventions (SP). ABQV-Nacional – Informações e inscrições: (11) 5017-4228 ou (11) 5017-8099, ou www.abqv.org.br.

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