Sites de bancos: bonitos, mas ordinĂ¡rios

A nĂ£o-valorizaĂ§Ă£o dos sites na internet por parte de bancos e outras instituições financeiras HĂ¡ algum tempo, era comum haver diferenças entre o que uma empresa fazia e o que seus clientes queriam. Hoje, o problema Ă© interno. HĂ¡ uma diferença muito grande entre o que as empresas querem e o que elas precisam.

Foi o que descobriu a IBM, ao encomendar uma pesquisa realizada em 72 grandes bancos, seguradoras e outras intituições financeiras com significativa presença on-line nos Estados Unidos. Sem nenhuma surpresa, a maioria dos pesquisados ignora o quanto a internet pode os ajudar a baixar os custos e a atender bem o consumidor. Por exemplo:

» 95% dos sites nĂ£o oferecem respostas a perguntas simples e corriqueiras, por exemplo: se hĂ¡ uma taxa para se cancelar um cheque.
» 67% nĂ£o respondeu satisfatoriamente via e-mail.
» Somente 6% ofereciam a possibilidade de escolha de atendimento, por telefone ou e-mail.

Em suma, muito design, poucas soluções Ăºteis para os clientes. Marchai Bruchey, um dos responsĂ¡veis pela pesquisa, diz que nenhum cliente leva a sĂ©rio um banco que diz que oferece mĂºltiplos canais, sites, chats, opções para os clientes, mas exige que vocĂª passe por cinco telas ou mais atĂ© chegar ao que deseja.

Calor humano ? A pesquisa tambĂ©m mostrou que o cliente dedica a mesma seriedade a qualquer interaĂ§Ă£o com a marca, seja por telefone, site ou e-mail. E que, sim, se nos for dada a opĂ§Ă£o, muitos de nĂ³s vĂ£o preferir pagar as contas e transferir dinheiro via internet. PorĂ©m, para operações mais complexas, mesmo aqueles que estĂ£o acostumados com o ambiente virtual procurarĂ£o um contato com outro ser humano. O melhor, sugerem os analistas da pesquisa, Ă© colocar os serviços mais simples e mais acessados com destaque, logo na primeira ou segunda tela. Serviços mais complexos podem vir acompanhados de um nĂºmero de telefone ou um formulĂ¡rio simples para agendar a visita de um agente ou vendedor.

Seguro? ? A pesquisa tambĂ©m mostrou que o setor bancĂ¡rio tem algo que o diferencia de outros: uma experiĂªncia ruim nĂ£o Ă© suficiente para o correntista trocar de banco. Se vocĂª tem uma experiĂªncia ruim com um produto, Ă© sĂ³ passar a comprar de um concorrente. Igualmente em um posto de gasolina. No mĂ¡ximo, esperarĂ¡ dois ou trĂªs dias atĂ© que o tanque esvazie para começar a fazer negĂ³cios com outros. Agora, no caso dos bancos, Ă© diferente. NĂ£o Ă© tĂ£o fĂ¡cil fechar uma conta, transferir todos os seus dĂ©bitos e aplicações para outra instituiĂ§Ă£o (sem falar que vocĂª corre o risco de perder o rendimento de seus investimentos), etc. EntĂ£o, damos mais uma segunda e terceira chance a bancos, para nĂ£o termos de nos incomodar.

Mas o que fazemos Ă© evitar que outras pessoas abram contas lĂ¡. A pesquisa revelou que 54% dos clientes insatisfeitos reclamam com amigos e parentes, fazendo com que eles nem comecem a fazer negĂ³cios com aquele banco. E, com o aumento dos sites pessoais e blogs, aumenta tambĂ©m o alcance dessas experiĂªncias.

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