Daniel Rodrigues e Simone Lucena não trabalham na mesma empresa. Muito pelo contrário, as organizações que rep
resentam são de segmentos completamente distintos. Ele é diretor da CCLi Consultoria Linguística (http://www.cclinet.com.br/). Ela, sócia-proprietária da Execute Tecnologia (http://execute.com.br/). Em comum, ambos têm o desejo de fazer suas empresas serem excelentes, o fato de já fazerem parte do grupo “Small Giants” e serem presenças confirmadas no Fórum VendaMais, que acontece em São Paulo nos dias 09 e 10 de outubro (mais informações você encontra no fim desta matéria).
Nossa equipe bateu um papo com os dois para saber como ser um Small Giant ajuda no dia a dia da CCLi e da Execute, quais as lições aprendidas por eles desde que entraram para o grupo e, claro, para poder adiantar um pouco sobre a participação deles em nosso evento. Acompanhe, aprenda com esses pequenos gigantes e comece a traçar o caminho da sua empresa rumo ao sucesso.
VM: O que é ser um Small Giant para você?
Daniel Rodrigues – Para mim, um Small Giant é um empresário que busca a excelência acima de tudo. Que prefere ser o melhor em seu segmento, e não o maior. Que prefere focar e reforçar seu vínculo com a comunidade local em que está inserido e se tornar relevante para seus clientes a ponto de tê-los como defensores de sua perenidade. Que foca a sustentabilidade do negócio com um clima interno que permite um ambiente de trabalho agradável e mais produtivo do que a maioria das empresas no seu segmento. Que gera a empresa pelo seu propósito, por sua missão, amparando-se sempre na sua visão e seus valores para as tomadas de decisões.
Simone Lucena – Ser um Small Giant para mim é ter a capacidade de planejar, executar e colher os frutos desejados, conforme o planejado.
De que forma vocês trabalham os pilares Small Giants (Liderança, Equipe, Clientes, Reponsabilidade Social, Paixão e Modelo de Negócio) na sua empresa?
DR: Temos programas específicos para cada um dos pilares.
Liderança: Realizamos uma reunião semanal com toda a equipe da empresa que é conduzida diretamente por mim com o objetivo de tornar a liderança próxima e participativa. É aqui que são trabalhados os valores na prática e realizado o alinhamento da equipe com nosso quadro de missão, visão e valores. Também temos a reunião do “triunvirato”, que é composta pelas 3 principais lideranças da CCLi: eu, diretor, representando a área administrativa; a gerente pedagógica; e o coordenador de atendimento, representando cada um suas áreas. Essa tríade tem como objetivo buscar o alinhamento das metas com os processos e equipes das outras áreas das quais dependem, direta ou indiretamente, para que as metas e os planos de ações desenvolvidos no planejamento estratégico sejam alcançados e realizados de acordo com o previsto. Existem duas outras reuniões setoriais em que cada um dos líderes da área pedagógica e de atendimento treinam suas equipes semanalmente para que atinjam seus objetivos. Esses treinamentos contínuos ajudam muito a exercermos uma liderança ativa e com foco no propósito.
Equipe: Além do que já falei sobre o nosso modo de liderar, também chamamos os membros da nossa equipe de “clientes” e buscamos aplicar a todos os mesmos critérios que aplicamos aos clientes externos. Temos muita união, cooperação e várias iniciativas propostas por todos – quer seja para resolução de problemas, quer para melhoria de processos e serviços.
Clientes: Nossa meta é alcançar o resultado almejado por cada um dos nossos clientes em seus projetos de idiomas em nossa empresa. Por isso, monitoramos 4 metas importantes relacionada aos clientes: satisfação, frequência, renovação de contratos e indicações de clientes. 90% das nossas vendas são geradas por indicações, principalmente daqueles que estão satisfeitos. Realizamos eventos mensais nas quais participam clientes e não-clientes, a fim de para proporcionar maior interação entre eles. Temos foco no marketing de relacionamento e todas as ações criadas na empresa são embasadas na geração de valor ao cliente final.
Responsabilidade Social: Temos uma colaboradora que é a “madrinha da responsabilidade social”. Essa função foi criada após a aplicação do Decálogo do Cliente e, de termos percebido que, embora a empresa fizesse inúmeras ações sociais, os clientes não percebiam isso na prática. O papel da madrinha é fazer a ponte entre os responsáveis pelos projetos sociais em desenvolvimento, a assessoria de comunicação e a equipe interna, divulgando e contando com maneiras de solicitar colaboração e engajamento dos clientes também. Apoiamos projetos de educação como o da Fundação PESCAR, fazemos reciclagem de todo papel, plástico e alumínio utilizados, apoiamos ações do Rotary Club e também do Fundo de Solidariedade Municipal.
Paixão: A paixão é o que nos move e é o que proporcionou a criação da empresa em si pois, no início, foi um movimento muito mais focado na minha paixão pela área do que na busca de um negócio lucrativo que me desse muito dinheiro. Ao longo de todos esses anos, procuramos contratar colaboradores que tenham essa capacidade de se apaixonar pela empresa e de se sentirem co-proprietários desse sonho que materializamos diariamente. Fazemos ações pontuais de reflexão sobre nosso propósito, pois é por ele que somos apaixonados.
Modelo de Negócio: Hoje, o modelo de negócio está muito bem definido, especialmente pela contribuição das discussões do grupo Small Giants a respeito dos indicadores de performance. Foi a primeira vez que percebi a necessidade de a paixão ganhar indicadores técnicos que preservassem a lucratividade. Temos um dashboard de indicadores que ajudaram a elevarmos a lucratividade da empresa.
SL: Os 6 pilares fazem parte do DNA da Execute, pois hoje é líder no mercado em que atua, pratica o empowerment com seus colaboradores – o que dá mais agilidade nas decisões do dia a dia, lida com equipes bem definidas e focadas em suas metas e indicadores de desempenho, procurando sempre uma maior proximidade com o Cliente com base nos seus valores e em sua forma especial de atender. O programa de responsabilidade social, chamado Execute o Bem, trabalha com base nos “Objetivos do Milênio – 8 Jeitos de Mudar o Mundo”, programa lançado pela ONU para melhorar o mundo. Escolhemos o jeito 2 – Educação – para termos como foco principal, atuando em escolas públicas e privadas com um programa de educação no uso da Internet.
Quais são os benefícios de fazer parte da Small Giants Community?
DR: O principal efeito é ter um grupo de empresários que compartilham da mesma visão de negócios que tenho e poder trocar boas práticas corporativas dentro deste contexto de enfoque aos valores da empresa nas estratégias de gestão. Além disso, o sentimento de pertencimento a um grupo sempre nos dá, psicologicamente falando, mais força para perseverar no caminho em que se acredita que é o melhor para o seu negócio, especialmente em momentos difíceis ou de quebra de paradigmas internos.
SL: Fazer parte da SGC nos coloca em contato com empresas que se diferenciam no mercado com práticas inovadoras, e isso nos dá a oportunidade de criar network de qualidade, o que sem dúvida gera mais oportunidades de negócio e de crescimento para todas as empresas envolvidas.
Quais mudanças aconteceram nas suas respectivas empresas desde que vocês se tornaram um Small Giant?
DR: A principal e melhor mudança que posso mencionar está diretamente relacionada à implantação da visão de sustentabilidade e lucratividade do modelo de negócio da empresa. Isso fez com que a organização pudesse realizar um realinhamento, colocando todas as suas estratégias e seu quadro de missão, visão e valores a serviço de resultados financeiros, que, anteriormente, eram tidos apenas como mera consequência do negócio, sem que houvesse um plano de ação para preservar e ampliar margens com a melhoria da prestação de serviços. A empresa tem feito seu faturamento crescer cerca de 20% nos últimos 3 anos e, finalmente, o ritmo de crescimento das despesas tem sido menor do que o do faturamento, pois o modelo de negócio definido com os indicadores ajudou a enxugar processos e a aumentar a eficiência.
SL: A principal mudança foi o Foco no Negócio. Após a definição do modelo de negócio que iríamos adotar, tudo ficou mais simples de decidir e mais fácil de gerir. Quando sabemos para onde queremos ir, tudo fica mais simples, pois reconhecemos qual o caminho a ser percorrido.
Quais são as lições aprendidas na Small Giants Community que você leva para o seu dia a dia? Como você as aplica?
DR: Sempre tive muita paixão pelo negócio, mas muitas vezes me achava um pouco piegas por falar sobre paixão no negócio. A comunidade me ajudou a ver esse sentimento como um dos pontos mais fortes do negócio e a criar mecanismos para que ele pudesse circular livremente, alicerçando-se no modelo de negócios da empresa. Além disso, já tínhamos o quadro de missão, visão e valores criado de forma participativa com os colaboradores da empresa, mas passamos a focar cada vez mais em ações de disseminação dos propósitos do quadro e trazer para o nosso dia a dia, forjando uma cultura corporativa que nos engrandece e encanta nosso cliente.
SL: Não basta crescer e ser uma empresa referência no mercado. Esta vitória deve ser compartilhada e retribuída para a comunidade naqual a empresa atua sob diversas formas, desde a responsabilidade social até a mudança de cultura dos clientes e colaboradores, visando a melhoria das relações pessoais e profissionais.
O que o público pode esperar da sua apresentação no Fórum VendaMais?
DR: Acho que minha principal contribuição para o público será tornar possível conhecer um pouco sobre a cultura Small Giant vivida plenamente na prática no meu dia a dia. Pretendo dar uma visão geral sobre os pilares do grupo, mas também explicar como usamos os pilares para gerar valor na empresa para nossos clientes, internos e externos.
SL: A experiência como Small Giant fez com que a Execute Tecnologia profissionalizasse sua gestão, me dando hoje a oportunidade de falar para as pessoas, como palestrante e coach de líderes, sobre as diversas maneiras de conquistar a sua Auto Liderança, de fomentar Os 5 Hábitos do Líder de Sucesso, bem como ser o gestor de sua própria vida!
Quais são suas dicas para quem quer seguir os passos da sua empresa e ser uma Small Giant?
DR: Minha dica é sempre buscar maneiras de poder trocar ideias, experiências e boas práticas com outros empresários que tenham visão convergente com a sua. Essa interação é essencial para que as empresas possam inovar, crescer e se sustentar em mercados tão competitivos como os de hoje.
SL: Tenha foco em tudo o que faz, seja cauteloso no planejamento e rápido na ação, não corra perigo, prefira os riscos calculados (mesmo que sejam ousados) e tenha fé!
Serviço:
Fórum VendaMais
Quando? 09 e 10 de outubro
Onde? Espaço APAS – São Paulo
Saiba mais: www.forumvendamais.com.br