“Está na hora de assumirmos a responsabilidade pelo mundo que estamos criando. Está na hora de colocarmos humanos antes dos negócios. Está na hora de substituirmos a retórica vazia de ‘construir um mundo melhor’ por um comprometimento com ações reais. Está na hora de organizar tudo. E de responsabilizar uns aos outros.”
Este é um trecho da Carta de Copenhague (The Copenhagen Letter), documento que nasceu em 2017, durante o Techfestival – evento criado para encontrar respostas humanas para as grandes questões da tecnologia –, e que contrapõe tudo o que o Vale do Silício acredita e representa.
Os autores da Carta defendem a tese de que precisamos reconhecer os erros ligados à tecnologia e reconstruir nosso ideal de futuro a partir de uma nova visão. Para isso, apresentam cinco questões que são um ótimo ponto de partida para o encerramento da primeira edição de 2019 da VendaMais. Acompanhe!
A tecnologia não é superior a nós
A tecnologia deveria ser governada por todos nós, pelas nossas instituições democráticas. Deveria respeitar as regras de nossas sociedades. Deveria servir nossas necessidades, individuais e coletivas, tanto quanto nossos desejos.
Progresso é mais importante que inovação
Nós somos construtores de coração. Deixe-nos criar o novo Renascimento. Nós vamos abrir e nutrir diálogos honestos e públicos sobre o poder da tecnologia. Nós estamos prontos para servir nossas sociedades. Nós vamos aplicar os meios à nossa disposição para mover nossas sociedades e suas instituições adiante.
Deixe-nos construir a partir da confiança
Permita-nos construir para a verdadeira transparência. Precisamos de cidadãos digitais, não meros consumidores. Todos nós dependemos de transparência para entender como a tecnologia nos molda, que dados compartilhamos e quem tem acesso a isso. Tratarmos uns aos outros como commodities para extrair o máximo valor econômico é ruim não apenas para a sociedade como um complexo interconectado, mas para cada um de nós.
Design aberto para o escrutínio
Precisamos encorajar uma reflexão contínua, pública e crítica sobre a definição de sucesso que dita como construímos e criamos para os outros. Precisamos buscar criar junto com aqueles para quem estamos criando. Não toleraremos o design pensado para viciar, decepcionar ou controlar. Precisamos criar ferramentas que iríamos amar que as pessoas que amamos usem. Precisamos questionar nossa intenção e ouvir nosso coração.
Deixe-nos mover de um design centrado no ser humano para o design centrado na humanidade
Nós somos uma comunidade que exerce grande influência. Precisamos proteger e nutrir o potencial de fazer o bem com isso. Precisamos fazer isso com atenção à desigualdade, com humildade e amor. No fim, nossa recompensa será saber que fizemos tudo o que podíamos em nosso poder para deixar o jardim mais verde do que encontramos.
Apesar de a Carta de Copenhague ter sido escrita por e direcionada para profissionais de tecnologia, os conceitos são universais. Que eles nos inspirem a evoluir para negócios mais humanistas e voltados ao que realmente importa neste ano e sempre!
Gostou da Carta de Copenhague e quer assiná-la? Acesse copenhagenletter.org.
Até Mais!