Nem todo mundo tem coragem de admitir que errou, consegue identificar suas próprias falhas e assume que precisa mudar seus comportamentos se quiser mudar o rumo de sua vida. Mas levando a valentia no nome, não era de se esperar nada menos do que isso de Alexandre Valente.
“Eu sou de uma pequena cidade do interior de São Paulo, Lençóis Paulista. Lá mesmo, aos 12 anos de idade comecei a ajudar meu pai numa pequena lanchonete. Com 17 abri meu primeiro negócio, também uma lanchonete. Tinha um funcionário e contava com a ajuda da minha mãe. O negócio começou a prosperar e em poucos anos chegamos a ter 15 colaboradores trabalhando aos finais de semana. Com o passar dos anos, abri outros negócios – choperia, distribuidora de chope e madeireira – e, aos 24 anos, sabia que estava tudo indo bem. Até que as coisas começaram a ruir e eu ‘quebrei’. Perdi tudo o que tinha e até mesmo o que não tinha. A principal razão foi o orgulho”, conta.
Valente assume que o sucesso financeiro o tornou arrogante e orgulhoso. “Não escutava as principais pessoas que haviam me ajudado, meus pais. Então, aos 27 anos, com muitas dívidas e sem um diploma acadêmico de peso (sou formado em administração), me deparei com um dilema: o que fazer da vida?”, lembra.
O ponto da virada
Acostumado a ter boas retiradas financeiras, Valente se assustou com os salários oferecidos pelas oportunidades de emprego que surgiram quando ele voltou a olhar para o mercado de trabalho.
Procurando uma saída, ele decidiu, então, entrar na área comercial, e conseguiu uma oportunidade de se tornar representante de um site de ofertas coletivas que era comandado pelo irmão. “Meu trabalho consistia em prospectar e fechar contratos. Na teoria, parecia ser muito fácil. Na prática, porém, não foi bem assim”, avalia.
Era o auge dos sites de ofertas coletivas. Como se deve imaginar, a concorrência era enorme, e os maiores players do país estavam na cidade – Bauru (SP). “Como não tínhamos relevância alguma e eu não tinha as habilidades necessárias para vender, apenas muita vontade, meus resultados eram inexpressivos. Porém, eu tinha atitude. Visitava muitos prospects, fazia porta a porta dia e noite. Terminava as jornadas de trabalho sem resultados, mas com uma certa dose de felicidade, causada pela falsa sensação de dever cumprido devido ao trabalho duro das visitas”, conta.
No entanto, não demorou muito para que a sensação de alegria desse lugar a um desânimo muito grande. Além de o trabalho extenuante já não dar prazer, a falta de resultado começou a pesar, e Valente começou a “entregar os pontos”. Até que uma ligação fez com que o rumo das coisas começasse a mudar.
Do outro lado da linha estava a coordenadora do Peixe Urbano em Bauru. Ela queria convidá-lo para uma entrevista de emprego. “Ainda sem habilidade, mas com muita vontade, conquistei a vaga! Lá, tive bons resultados, o que fez com que eu me achasse um excelente vendedor”, declara.
Foi lá que Valente conheceu Thiago Concer – hoje um dos palestrantes de vendas mais requisitados do Brasil e um dos fundadores do IEV (Instituto de Especialização em Vendas). Na época, Concer também era vendedor do Peixe Urbano, e os dois se tornaram amigos.
Poucos meses depois, porém, Concer saiu do Peixe Urbano para assumir a gestão comercial de um canal de TV. Desempenhando a nova função, o ex-colega chamou Valente para fazer parte da equipe de vendas. “Achei que seria fácil e que arrebentaria”, lembra, aos risos. No entanto, em três meses Valente não vendeu nada. E decidiu pedir demissão.
Quando foi comunicar sua decisão a Concer, ouviu algo que provocou o início de uma revolução em sua vida. O então chefe lhe disse:
– Alexandre, eu precisava deixar você “quebrar a cara”. Por causa do seu orgulho, você não deu ouvidos ao que eu queria ensinar sobre vendas. Vender é uma ciência, que deve e precisa ser desenvolvida, e agora você está pronto para começar a aprender a vender.
“Aquela conversa me fez entender que meus bons resultados no Peixe Urbano não foram possíveis pela minha habilidade, mas sim pelo produto que todos queriam anunciar e pela empresa, que era muito conhecida e de confiança. Ou seja, a habilidade não era importante no processo”, assume.
Mas Valente sabia que dali em diante não poderia mais ser assim. Por isso, passou a estudar de verdade o mundo das vendas.
O resultado não demorou a aparecer. “Logo me tornei o melhor vendedor do canal de TV, e quando Thiago Concer saiu da empresa, assumi seu lugar na gestão comercial. Ocupando um cargo de liderança e conhecendo um pouco sobre o CHA das vendas, comecei a formar outros bons vendedores, o que fez com que a empresa expandisse para outras cidades”, lembra.
Jogo rápido
VendaMais – Como você define um supervendedor?
Alexandre Valente – Supervendedores são pessoas que fazem o exercício da autoconsciência com frequência, que conseguem reconhecer seus erros, que desenvolvem constantemente seus conhecimentos e habilidades, que têm objetivos bem definidos e que mantêm constância em suas atividades.
Você se considera um supervendedor?
Sim. A razão primordial é Deus. Ele me deu o fôlego de vida e me dá força todos os dias. É meu farol. A partir dai é comigo. Aprendi a tomar a dianteira da minha vida e da minha família, na medida do possível tento fazer com que coisas boas aconteçam em minha vida e não fico esperando. Estudo muito, trabalho muito, mantenho uma rotina de exercícios físicos, tento sempre manter o foco no lado positivo e ser grato. Incrível como a partir destes pontos a vida melhora.
Quais são suas dicas para quem quer ser um supervendedor?
Defina seus objetivos, leia bons livros, estudo, faça exercícios físicos, siga pessoas de sucesso e mantenha a disciplina para executar as tarefas que precisam ser feitas para te levar ao resultado.
Qual é o papel do líder/dos líderes na sua carreira?
O líder é aquele que te direciona, é quem você segue. Líderes precisam ser inspiradores, motivadores, precisam ter valores e ser de confiança. Devo muito do meu crescimento profissional e pessoal ao Victor Vieira e ao Thiago Concer, que são diretores do IEV junto com o Raul Candeloro e Marcelo Caetano. São pessoas em que posso confiar, que estão a todo momento inovando e melhorando. O que mais posso querer… ser liderado pelos melhores do Brasil, ter ao meu lado pessoas em quem confio, manter a alta performance e ainda ter um propósito alinhado e satisfação financeira?
O caminho no IEV: de vendedor a superfranqueado
Em junho de 2014, junto com Victor Vieira, Thiago Concer fundou o Instituto de Especialização em Vendas (IEV), que nasceu com a missão de transformar o mundo através das vendas.
Pouco tempo depois, os dois convidaram Alexandre Valente para ser vendedor do instituto, em Bauru. “Aceitei o convite com muita alegria. Acabara de nascer dentro de mim um novo propósito de vida: ajudar as empresas a venderem mais e melhor através da educação. Eu sou prova de que estudar vendas ajuda a melhorar a vida, e quero levar essa transformação para o maior número de pessoas, quero melhorar a vida do maior número possível de vendedores”, declara.
De vendedor, logo Valente passou a ser um dos professores dos cursos de Gestão de Equipes Comerciais e de Especialização em Vendas do IEV, além de gestor da unidade de Ribeirão Preto (SP). Com o crescimento do Instituto e o processo de expansão com o modelo de franquias, em setembro 2017 Valente assumiu a franquia de Campinas (SP).
Segundo Valente, o principal desafio de ser franqueado do IEV é tirar o empresário que pode vir a ser seu cliente do que ele chama de inércia. “Olha que incongruência: todas as empresas vivem de vendas, mas poucas têm interesse em desenvolver sua força motriz. Assim como eu lá trás, grande parte das pessoas que vivem de vendas acham que vendas é jeitinho, mas não é”, frisa. “A boa notícia é que tirar o empresário da inércia também é uma habilidade que nós aprendemos e desenvolvemos no IEV”, completa.
Além disso, Valente também considera desafiadora a missão de não se acomodar quando os primeiros resultados positivos surgem. “Pela formatação do negócio, com oito meses você tem uma boa situação financeira e com renda recorrente, o que leva a não se empenhar tanto quanto poderia. Ou seja, há o risco de entrarmos na zona de conforto. Para superar a inércia dos empresários eu estudo e trabalho muito, agora, para não entrar na zona de conforto, eu sempre me coloco grandes objetivos e também contratei uma hunter cuja função é marcar reuniões para mim. Assim, eu não tenho como não visitar”, explica.
A consciência desses dois desafios, a busca pelo aperfeiçoamento constante e o desejo de se destacar geraram resultados positivos. No ano passado, a franquia comandada por Valente vendeu mais de R$ 1 milhão ao longo do ano, o que rendeu a ele o prêmio de um carro Corolla zero quilômetro.
Satisfeito com o que já conquistou, Valente revela a próxima meta: “quero me tornar master franqueado de Campinas e poder ajudar outros franqueados a ajudarem mais empresas e seus vendedores. Hoje no IEV trabalho com propósito, tenho minha estabilidade financeira e me desenvolvo muito constantemente”, conclui.
Uma boa história, não é mesmo?
Que ela o inspire a continuar lutando por seus objetivos e buscando ser um profissional cada vez melhor. Seu futuro depende disso!
Quer saber o que você precisa fazer para ser um franqueado do Instituto de Especialização em Vendas? Acesse bit.ly/franquias-iev.