Uma questão de competência (e de caixa)

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Quando o frei Luca Pacciolli registrou, na Idade Média, os fundamentos da contabilidade moderna, não imaginava certas complicações que mais tarde surgiriam com o desenvolvimento das ciências contábeis. Quando o frei Luca Pacciolli registrou, na Idade Média, os fundamentos da contabilidade moderna, não imaginava certas complicações que mais tarde surgiriam com o desenvolvimento das ciências contábeis. Sendo a contabilidade freqüentemente taxada de complicada e inacessível, tanto quanto importante, são muitas as dúvidas nas mentes dos não iniciados nos meandros da área. Uma delas diz respeito à discussão princípio de caixa x competência, dilema que um enorme contingente de empresários desconhece, embora vivencie nas operações diárias de seus negócios.

E do que estamos falando? Quando operamos no regime de caixa, o registro das variações no resultado e no patrimônio ocorre somente quando há desembolso ou recebimento. Por exemplo, se tenho uma loja de confecções e vendo uma calça, pelo regime de caixa só registro a venda no momento em que o cliente efetua o pagamento. Da mesma forma, se devo essa calça ao fornecedor, só registrarei a dívida no momento em que fizer o desembolso e esse fornecedor receber meu dinheiro.

Se, por outro lado, a mesma operação ocorre pelo regime de competência, no momento em que fechei a venda da calça, mesmo que vá receber seu pagamento daqui a 30 dias, registro a venda como uma receita e como um direito a receber. O valor devido ao fornecedor está registrado como um passivo (obrigação) e, por ocasião da venda, como um custo. A vantagem de se usar esse sistema é que se conhece de antemão o resultado das operações e se obtém uma posição realista do patrimônio, o que não é possível conseguir usando o regime de caixa – o qual, muitas vezes, registra os fatos bem depois de eles aconteceram.

Trocando em miúdos: as informações obtidas pelo regime de caixa sempre estarão “atrasadas” em relação às que se pode obter pelo critério da competência. Portanto, elaborar demonstrações pelo regime de competência, do ponto de vista gerencial, é muito mais vantajoso. Todavia, adotar um regime de caixa, em paralelo, pode trazer vantagens fiscais em algumas situações, já que a gestão do caixa não deixa de ser fundamental para o bom funcionamento do negócio.

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