O excesso de regulamentação e a volatilidade das moedas são as principais ameaças ao crescimento dos negócios na América do Sul, na opinião de 250 líderes empresariais do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Peru e da Venezuela. O ambiente regulatório é considerado a principal ameaça no momento, citado por 72% dos entrevistados na 1ª Pesquisa de Líderes Executivos da América do Sul, conduzida pela PricewaterhouseCoopers. Em seguida, aparece a instabilidade cambial, 62%, e o elevado custo de capital, 53%.
A constatação mais surpreendente, entre os fatores que ameaçam os negócios, é o elevado temor em relação ao terrorismo, apontado por 14% dos CEOs sul-americanos. Esse percentual adquire ainda maior relevância quando comparado às respostas dos líderes norte-americanos: apenas 8% manifestaram preocupação com o terrorismo, conforme a 7ª Pesquisa Global de Líderes Executivos (7th Global CEO Survey), divulgada pela PricewaterhouseCoopers durante o último Fórum Econômico Mundial.
Os líderes sul-americanos, assim como os da Ásia, demonstraram considerável preocupação com as questões de governança corporativa. Esse fato decorre da exigência de maior transparência e da necessidade de acessar mercados de capitais com custos menores. “Valorizamos, oferecemos transparência total e buscamos nos comunicar de forma clara com os acionistas. Estamos no mercado há 40 anos e devemos nosso sucesso à confiança dos acionistas”, afirma Jorge Gerdau Johannpeter, do grupo Gerdau, cuja entrevista está publicada na íntegra no relatório final da pesquisa (acesse www.pwc.com/southamericanceosurvey).