2006: o ano que já começou…

Eleições. Crise política. Câmbio. Juros. Até os preparativos para a Copa do Mundo de 2006 já podem estar influenciando seus negócios. E o que você está fazendo para se prevenir dos eventuais efeitos da economia ou para planejar suas vendas? Você pode achar que é cedo, mas a hora de pensar no Natal e programar as férias já passou. É preciso garantir as colheitas futuras.

O problema é que planejar sempre implica em um paradoxo comum: todos sabem que fazer planejamento é importante, mas ele nunca é feito, porque falta tempo ou simplesmente alguns têm alergia a essa palavra. E o pior é que a “incerteza crônica brasileira” não ajuda. Alguém já disse: “Este é o nosso País. A incerteza é tanta que até o passado é indeterminado.”

Só que fazer um bom planejamento ainda é o único caminho para realizar seus projetos sem tantos sobressaltos, aprendendo a lidar com as leis, escritas ou não, que regem a economia e o mercado brasileiro. Por isso, nós da revista VendaMais estamos lançando, pelo segundo ano consecutivo, um relatório especial, chamado Tendências Brasil 2006, repleto de informações interessantes, e que reúne opiniões de grandes especialistas em áreas como: economia, exportações, marketing e varejo, que vão facilitar o seu trabalho ao traçar a melhor rota para percorrer em 2006. Confira alguns trechos:

· “Em 2006, o Congresso vai continuar funcionando, apesar das CPIs e das crises. Além disso, há provas empíricas de que o governo vai continuar fazendo com que as taxas de juros caiam. O que é fundamental, porque a valorização do real até já era esperada, mas em conjunto com taxas de juro altas e meta de inflação apertada, acaba afetando profundamente o mercado exportador e o próprio crescimento.”

Antônio Delfim Netto, ex-ministro, economista e deputado

· “Do ponto de vista do preço nominal, o valor atual do petróleo já configuraria um terceiro choque, maior do que na década de setenta. Porém, do ponto de vista inflacionário, ainda não. De qualquer forma, os efeitos serão mais visíveis no ano que vem.”

José Roberto Mendonça de Barros, economista e ex-secretário da Fazenda

· “A crise política vai afetar pouco o mercado, mas vai adiar decisões de investimentos. As incertezas políticas atrasam a melhora do ‘rating’ do País. Oportunidade para reformas só em 2007.”

Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central

· “Lula sai enfraquecido da crise, mas não será carta fora do baralho. Com o PT na defensiva, a luta ideológica se reequilibra em 2006.”

Bolívar Lamounier, cientista político

· “Tudo indica que, em 2006, a safra deve ser menor que em 2005 – que já foi baixa. Se houver essa redução, os mercados interno e externo estarão afetados.”

José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil

· “Estamos produzindo petróleo praticamente nos volumes exigidos pelo consumo interno e registrando superávit em nossa balança comercial. A auto-suficiência, de forma sustentável, será atingida em 2006, quando produziremos cerca de 1 milhão e 900 mil barris por dia.”

José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras

Então é isso. Lembre-se de que é nos momentos de incerteza que a importância do planejamento aparece. Além disso, precisamos parar de fazer tudo sem pensar. Cada um tem de fazer a sua parte para melhorar o País – afinal de contas, o Brasil não é apenas um território, mas a soma de todos nós.

Abraço e Feliz Natal!

Raúl Candeloro

Editor

P.S.: Não perca tempo, a edição é limitada. Garanta o seu exemplar e tenha nas suas mãos tudo que precisa saber sobre o próximo ano, com 12 meses de antecedência.

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