A educação fundamental

O assunto liderança está em evidência dentro das empresas, mas será que esse conhecimento só é importante para os principais executivos de Administração e Recursos Humanos? O assunto liderança está em evidência dentro das empresas, mas será que esse conhecimento só é importante para os principais executivos de Administração e Recursos Humanos?

Tenho visto muitas pessoas desconfiadas, por acharem essa tal “liderança” muito distante do seu dia-a-dia. Parece que têm medo de assumir novos papéis ou se julgam incapazes de crescer como indivíduos.

De onde vem tanto receio? Da infância. São crianças e adolescentes que não tiveram espaço para desenvolver suas convicções fortalecedoras. Hoje, falta-lhes crença em si para promover as mudanças que gostariam.

Infelizmente, a maioria dos brasileiros foi treinada para obedecer ordens e temer o risco. Qualquer criatividade ou ambição sadia foi prontamente ofuscada pela dureza dos fatos que presenciaram na fase mais importante de suas vidas.

Pais desempregados ou ameaçados pela insegurança do mundo exalam seus temores nos mais simples gestos. O ambiente dentro de casa é tenso, sem dinheiro, sem tempo ou direito a lazer em família. Para a criança, resta apenas um olhar de incerteza que não transmite confiança a ninguém. E o que ela aprende com isso? A ter medo.

O pai não tem tempo de jogar bola com o filho? Deveria. A mãe trabalha o dia todo e depois fica vendo novela? É uma pena que seja assim. Quem alimenta o caráter do seu filho? Não me diga que é a televisão, por favor!

Os meios de comunicação, o professor, a babá e todos os colegas da escola o ensinam apenas a lutar para vencer, comparando desempenhos em um clima de competição voraz. Está certo, a vida é mesmo uma guerra, mas será que estamos preparando bem nossos novos soldados ou os estamos jogando aos leões muito jovens? Será que respeitamos o tempo de plantar e de colher?

Mais importante do que ganhar é aprender princípios e valores com um campeão que não precisa competir. O filho não tem vergonha do pai, que é seu ídolo. Por isso, é capaz de experimentar, errar e aprender. A vitória é de ambos!

Por outro lado, quando está longe dos pais, o filho não tem esse direito. Quem erra é humilhado e posto como exemplo de inferioridade perante os outros.

Percebendo as regras de um jogo desigual, o filho se limita a fazer apenas o que sabe e, ainda jovem, sabe muito pouco. Ou seja, o medo da rejeição fecha as portas do aprendizado. Ele é obrigado a vencer sem praticar.

O que estamos ensinando para nossos filhos? Competição e vitória a qualquer custo? Medo de experimentar o novo? Todos são adversários? Depois vamos falar de trabalho em equipe. Que equipe? A vida é ensinada como um jogo solo.

Como desenvolver, então, as características da liderança? Auto-confiança com medo de inovar? Parcerias em que levamos sempre vantagem? Delegar responsabilidades exigindo resultados para ontem? Motivar a criatividade pelo medo? São paradoxos que só podem vir de pais desnaturados!

Por isso, pergunto: você, pai, está sendo bom para seus filhos? Você, chefe, tem sido coerente em formar novos profissionais? Liderança é amor. E amor se aprende em casa.

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