A força magnética da integração

Desenvolver relacionamentos melhores e mais fortes é fundamental tanto para a vida pessoal quanto profissional. E uma boa forma de conseguir isso é entender a diferença entre duas palavras: integração e interação.

Integrar, segundo a definição do Dicionário Aurélio, é tornar inteiro, completar e juntar. Integração, portanto, é algo que vai muito além de interagir, que significa ação recíproca de dois ou mais corpos. Quando nos integramos temos condições de conhecer melhor as pessoas e, assim, criar laços mais duradouros. A integração é uma força impulsora que aproxima as pessoas e interfere nas relações. Imagine várias peças de metal espalhadas sobre uma mesa. Nessa situação isolada nada acontece, contudo se um imã for colocado próximo a elas, as peças serão atraídas para cima dele e todas ficarão muito próximas umas das outras. Com a integração é assim, as pessoas se unem como se houvesse um imã.

Entretanto, é mais comum vermos pessoas interagindo umas com as outras, seja no ambiente de trabalho, em casa ou durante o lazer, do que se integrando de verdade. O psicólogo Armando Correa de Siqueira Neto afirma que pesquisas apontam para uma constante reclamação dos profissionais em relação a falta de integração no ambiente de trabalho. “As pessoas só se integram em decorrência de seus interesses pessoais, ou seja, querem se tornar interessantes para o outro, obter melhores resultados, gerar confiança e crescer. Gratuitamente, ninguém se preocupa com ninguém.” E esse descaso generalizado impede que as pessoas se conheçam melhor, se entendam mais, convivam em harmonia e consigam os resultados que buscam.

4 passos para se relacionar melhor

Cada pessoa deve buscar meios de se integrar tanto com colegas como com clientes ou possíveis compradores. Confira algumas dicas:

1. Antes de formar a sua opinião sobre os outros, conheça-os melhor. A partir do momento em que se conhece alguém com mais intensidade, muitas coisas passam a fazer sentido, entendemos porque agem de determinada forma. Portanto, o primeiro passo da integração é se interessar mais pelas pessoas à sua volta. O que elas fazem, do que gostam e do que não gostam.

2. Perry Wood revela em seu livro, Os Segredos da Comunicação Interpessoal, que para fazer com que as pessoas se interessem por você e pelo que fala é preciso despertar a atenção delas. Chamar a atenção não é fácil, mas você não precisa subir na mesa e gritar para despertar o interesse dos outros. Utilize algumas técnicas:

» Não fale muito rápido. Mantenha um ritmo que dê tempo suficiente para que quem estiver ouvindo processe as informações.
» Fale em um tom que não dificulte o entendimento, pois falar baixo ou alto demais causa desconforto.
» Organize as palavras antes de proferi-las. Comunicar-se com eficácia ajudará a não causar mal-entendidos.
» Escute as idéias dos outros, respeitando o ponto de vista por mais absurdo que possa parecer.

3. Tenha empatia. Colocar-se no lugar do colega ou do cliente permite um entendimento mais claro de como as pessoas sentem-se ou o que faria alguém comprar seus produtos ou serviços. Quanto mais capaz você for de se colocar no lugar do outro e perceber o que ele pensa, sente, vê e ouve, maior empatia você terá. Isso permite compreender por que a pessoa está agindo de forma questionável e insensível. Além de impulsionar sua empatia se colocando no lugar do outro, você pode se posicionar como observador. Essa é uma forma de ver o que está acontecendo, como se você estivesse vendo a conversa de fora.

4. Às vezes, a integração parece impossível em decorrência das inúmeras diferenças entre você e os outros. Quando isso acontecer, Perry sugere que você faça uma análise dos limites da relação. Limites são uma forma educada de mostrar ao outro como se comportar conosco de um modo que nos convenha e vice-versa. É uma maneira de dizer: “Isso considero aceitável” ou “isso não considero aceitável”. Durante uma negociação, por exemplo, o vendedor deve tomar cuidado para não ultrapassar os limites do cliente, sendo indiscreto ou tocando em assuntos que o incomodam. Em casa, os filhos devem saber em que volume podem ouvir música, no trabalho é importante saber até que ponto vai sua liberdade com cada colega, etc. Estabelecer e respeitar os limites é importante para não causar atritos que impedem a integração necessária para um bom relacionamento.

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