O poder da imagem que criamos em nossas cabeças é forte o suficiente para nos motivar a empreender e realizar o que pretendemos. Ao fazer uma breve análise a respeito de várias coisas que já desejamos e obtivemos, será fácil concluir que somos mais capazes do que supomos. Ou seja, há em nós uma imensa capacidade de concretizar os desejos e planos que fazemos. Pena que agimos de maneira duvidosa em tantos outros casos. Tudo é possível, todavia, é preciso consultar a própria experiência, confiando nela como guia para as novas possibilidades.
Um exemplo clássico desse tipo de situação é quando desejamos comprar um bem que temos em mira, como uma televisão. Sabemos que nem sempre o dinheiro está disponível para que se entre numa loja de eletroeletrônicos, escolha-se o modelo preferido e pague-se por ele. Via de regra, há contas que aguardam por pagamento, comprometendo o salário: prestação de casa ou aluguel, compras de supermercado, luz, água. Mas mesmo assim, caso a vontade de possuir a televisão seja muito forte e embora a matemática financeira nos mostre que é uma situação impossível, damos um salto, superando-a.
Pedimos para fazer hora extra em nosso trabalho. Aceitamos colaborar com trabalhos extras da vizinhança. Exigimos maior economia dentro de casa, para evitar o desperdício. Cada centavo vale o seu real valor e é somado a outros até formar uma nova e importante quantia, dessa forma, valoriza-se ao invés de desprezar o que outrora não despertava atenção. Nos motivamos a buscar mais dinheiro e a controlá-lo melhor. Cavamos daqui, apertamos dali. Juntamos e compramos o que queremos. O que era impossível torna-se possível. Ultrapassamos os limites daquilo que se mostrava limitante. Provamos possuir o poder para realizar desejos, sonhos e planos.
Para isso, dois aspectos importantes estão presentes nesse fenômeno: vontade e imaginação. Um alimenta o outro. Enquanto se quer muito determinada coisa, seja um bem material, uma amizade ou um romance, nos imaginamos, por várias vezes, vivendo a situação de posse. Enquanto desejamos muito comprar um bem, além de acharmos meios de pagar por ele, imaginamos possuí-lo e mostrá-lo a nossos conhecidos.
Em outra situação, quando queremos nos aproximar de alguém para formar uma amizade ou construir uma vida amorosa, nos imaginamos conversando com essa pessoa, tocando-a, ouvindo-a, enfim, convivendo com ela. Tais imagens que fazemos em nossos pensamentos, banhados pelas emoções, nos motivam, muitas vezes, a prosseguir na luta de concretizar os sonhos e planos traçados.
O poder da imagem que criamos em nossas mentes é forte o suficiente para nos motivar a empreender e a realizar o que pretendemos. Ele é fundamental nesse processo de conquista, porque nos dirige, por meio dos comportamentos, aos objetivos estabelecidos. Ele nos dá força e sustentação, mesmo diante de empecilhos que se apresentam ao longo da jornada. Ou seja, criamos uma imagem constante dentro de nós e apesar de tantas dificuldades, cremos mais na imaginação do que nos entraves. A nossa fé na imagem construída é superior aos obstáculos. Cria-se uma força poderosa através das imagens e aumentam-se as chances de se ter sucesso nas realizações.
Contudo, em alguns casos não seguimos esses passos que nos conduziriam ao êxito dos empreendimentos. Não cremos nas possibilidades, antes mesmo de tentar. Fugimos da raia. Abandonamos o campo no primeiro tempo. Desistimos. É como se não existisse qualquer experiência anterior que nos comprovasse as glórias obtidas. Travamos e não reiniciamos. O medo e a descrença são maiores. Porém, se recorrermos às nossas memórias, detalhadamente, sobre como já superamos situações aparentemente impossíveis, podemos encontrar fôlego e nos motivar a iniciar uma nova conquista. Não há como apagar o que já foi um fato concreto, resta-nos a sua boa utilização, para que troquemos o medo pela tentativa e a descrença pela fé.
Recorrer às imagens poderosas das realizações é um recurso valioso. Ele está disponível em todos nós. Não é um privilégio de poucos. A imagem criada nos força a agir e a atingir objetivos. Não obstante, temos que tomar cuidado acerca das imagens negativas que construímos. Elas nos dirigem a sua finalidade também. Se crermos que não será possível conquistar uma determinada coisa, assim procederemos em relação a ela, dificultando de diversas maneiras o seu sucesso. Não nos damos conta a esse respeito porque não prestamos atenção. No entanto, temos uma escolha, desde que nos dediquemos a ela. Que escolha desejamos a nós mesmos?
