A informação vale ouro na logística

Estamos na era do relacionamento e não poderia a informação não ser pertinente nessa afirmação. Estamos na era do relacionamento e não poderia a informação não ser pertinente nessa afirmação. Ao longo de décadas, tivemos várias fases: desde a Revolução Industrial até o momento. Tem-se toda a informação disponível atualmente, ou seja, a informação está globalizada. Todos têm acesso de alguma maneira. A velocidade é impressionante! Traduzindo toda essa velocidade para o dia-a-dia organizacional, vamos verificar mudanças velozes em todos os sentidos.

A informação é vital em todos os segmentos; na logística é imprescindível. Hoje, o capital social das empresas é a informação que ela consegue gerar e produzir constantemente. Portanto, a informação vale ouro e, sendo assim, é um bem precioso para o sucesso e a vitalidade de uma organização. A empresa que não consegue gerar e produzir informação a respeito do seu core business estará com problemas para globalizar-se às novas necessidades de mercado, conseqüentemente, terá sua competitividade ameaçada. Com a globalização da logística e operações globais dos negócios isso passou a ser uma exigência real e trouxe algumas mudanças:

  • Respostas rápidas ao mercado.
  • Modernização de hardware e softwares específicos ao atendimento das necessidades.
  • Informações disponíveis ao cliente (site na Internet, call centers).
  • Capacidade de produzir e desenvolver produtos globalizados.

A informação está envolvida em todos os processos da empresa de forma integrada e sustentada na capacidade que ela tem de distribuir todo esse conhecimento. A distribuição da informação faz-se necessária em todos os segmentos de uma empresa; na logística essa distribuição está intrinsecamente voltada ao Supply Chain Management, em que a troca de informações entre os parceiros da cadeia é vital.

Dentro do Supply Chain, precisamente no atendimento aos clientes/consumidores, verificamos um custo que a empresa tem, o qual denominamos de custo de oportunidade. Para ter a informação disponível, muitas vezes, é necessário investimentos a médio e longo prazo em algumas áreas: força de vendas, telemarketing, site na Internet, serviço de atendimento ao consumidor, logística de distribuição. Todas essas questões são investimentos que a empresa deve disponibilizar ao seu cliente. Para especificar esse custo de oportunidade de maneira mais precisa, abordaremos a questão do site na Internet. Ter uma empresa globalizada está diretamente ligado a estar com seu negócio na Internet; então é preciso desenvolver um site específico para a sua atividade. O retorno desse investimento é de médio e longo prazo, porém faz-se necessário. Numa economia globalizada esse investimento é um caminho sem volta; é uma obrigação. As pesquisas mostram que o percentual de volume de compras ainda é tímido (com relação ao Brasil), mas isso explica-se quando verificamos que ainda é insignificante a quantidade de computadores nas residências tornando o acesso à Internet como algo secundário e também a questão cultural do nosso País (as pessoas gostam de ir às lojas e conversar com o vendedor). Ainda há uma desconfiança no ar por parte do consumidor (questões sociais). Quando falamos em segurança na rede, os números de fraudes assustam e intimidam as negociações. De acordo com o Fórum Mundial de Segurança (São Paulo, 2004) de dez hackers, oito são brasileiros.

No exemplo acima, fica claro o custo de oportunidade que a empresa tem ao oferecer informações (Internet) ao seu cliente. Quanto mais informação, mais valor agregado aos produtos e serviços e mais conhecimento envolvido. Um outro fenômeno que acontece ao redor da informação disponível na Internet é que todos têm acesso: clientes e outras empresas. A distribuição da informação é para todos!

Essa preocupação está sendo vista como algo negativo pelas empresas, pois como conseqüência, pode trazer um efeito contrário em relação ao produto ou serviço ofertado: preços não proporcionais ao mercado, infidelidade dos consumidores, desconfiança na qualidade dos produtos e serviços. Há sites de empresas especializadas em tomadas de preços e o acesso é para todos (consumidores e empresas concorrentes). É preciso pensar em estratégias para essas questões, como por exemplo, investir no atendimento no ponto-de-venda, campanhas explicativas no site, estruturação de serviços aos consumidores. Essas são algumas estratégias para evitar o lado negativo.

O caminho logístico da informação encurta o ciclo de vida dos produtos e serviços, levando as empresas cada vez mais às atualizações (upgrades). Nota-se atualmente no mercado global um boom de novos produtos e serviços. Há alguns anos atrás era preciso muito tempo entre o desenvolvimento, processamento e lançamento de um produto no mercado global e muitos deles demoravam a chegar no mercado brasileiro. A maioria das empresas adotava a seguinte estratégia: quando o ciclo de vida do produto entrava em declínio em outros mercados (países desenvolvidos) é que elas introduziam nos mercados de países emergentes. Esse tempo entre o declínio de um ciclo e o inicio de outro ciclo refletia sempre em produtos e serviços fora de linha nestes países. Hoje, apenas algumas empresas mantêm esta estratégia, uma vez que, a informação é acessível a todos , dificultando a utilização da mesma. A velocidade da informação e dos mercados exigem das empresas resposta rápida para essas questões, porque os consumidores já estão absorvendo essa velocidade.

É necessário ofertar produtos e serviços globalizados, observando os mercados: consumidores emergentes, peculiaridades regionais, costumes e cultura de outros países (internacionalização da empresa). Toda a informação possível faz a diferença na hora da negociação. Um exemplo bem atual foi a Missão Brasil/China que ocorreu no mês anterior, em que houve todo um planejamento de meses para a viagem, inclusive da editoração de um manual de como agir em determinadas situações no país a ser visitado. São detalhes que precisam de muita informação para ter êxito em qualquer planejamento estratégico.

Portanto, a informação é o maior capital de uma empresa. Se uma empresa consegue absorver e produzir informações a respeito de seus produtos e serviços, estará assim aumentando sua capacidade de permanecer no mercado e conseqüentemente será sempre lembrada como uma marca inovadora.

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